“Info Society” [os sinais dos tempos]
As eleições norte-americanas de 2 de Novembro, revelam algo um pouco desconcertante para aquilo que é hoje designado como a “sociedade de informação”. Mais do que nunca o acesso à informação nunca foi tão amplo quanto hoje, com dois grandes pólos: comunicação social e internet. Daí que na nova ordem económico-social mundial se aponte como um dos grandes princípios o da simultaneidade de informação: a globalização da informação, do tráfego da mensagem ou mensagens.
E o que é que as eleições norte-americanas revelam de desconcertante nesta nova ordem?
Atendendo que a informação é partilhada a um tempo quase real, a notícia corre célere e torna-se domínio público de modo quase instantâneo. Pelo que é fácil e global o aceso à informação mais diversa. Entre ela: que a invasão do Iraque foi ilegal, que o Iraque nada tinha a ver com o 11 de Setembro de 2001 ou a Al Qaeda; que no Iraque não há armas de destruição massiva; que hoje há menos segurança e mais ódio anti-americano no Iraque do que antes; que as garantias sociais dos cidadãos norte-americanos foram reduzidas ao mínimo por reorientação das políticas sociais [fruto do corte radical com as políticas sociais de Bill Clinton, por banda da actual administração Bush]; que as contas públicas norte-americanas apresentam um crescente défice, mercê dos custos financeiros da guerra e do aumento dos preços energéticos [crude].
Isto é que é desconcertante: após uma guerra injusta e ilegal, após o fracasso [por ausência] das políticas sociais, após a denúncia pública da mentira metódica por banda de uma administração, mesmo assim, o combate eleitoral, a acreditar na informação que chega até nós, está renhido, assistindo-se como que a um empate técnico nas sondagens.
A quantidade de informação, o modo como ela chega a cada um de nós e os seus efeitos directos e reflexos, trata-se de um fenómeno cuja abordagem sociológica e comportamental importa aprofundar, de molde a que se perceba um pouco melhor a verdade que se esconde por detrás deste cenário idílico com que somos convencidos “na” e “da” dita “sociedade de informação” dos dias hoje.
j.marioteixeira@sapo.pt
E o que é que as eleições norte-americanas revelam de desconcertante nesta nova ordem?
Atendendo que a informação é partilhada a um tempo quase real, a notícia corre célere e torna-se domínio público de modo quase instantâneo. Pelo que é fácil e global o aceso à informação mais diversa. Entre ela: que a invasão do Iraque foi ilegal, que o Iraque nada tinha a ver com o 11 de Setembro de 2001 ou a Al Qaeda; que no Iraque não há armas de destruição massiva; que hoje há menos segurança e mais ódio anti-americano no Iraque do que antes; que as garantias sociais dos cidadãos norte-americanos foram reduzidas ao mínimo por reorientação das políticas sociais [fruto do corte radical com as políticas sociais de Bill Clinton, por banda da actual administração Bush]; que as contas públicas norte-americanas apresentam um crescente défice, mercê dos custos financeiros da guerra e do aumento dos preços energéticos [crude].
Isto é que é desconcertante: após uma guerra injusta e ilegal, após o fracasso [por ausência] das políticas sociais, após a denúncia pública da mentira metódica por banda de uma administração, mesmo assim, o combate eleitoral, a acreditar na informação que chega até nós, está renhido, assistindo-se como que a um empate técnico nas sondagens.
A quantidade de informação, o modo como ela chega a cada um de nós e os seus efeitos directos e reflexos, trata-se de um fenómeno cuja abordagem sociológica e comportamental importa aprofundar, de molde a que se perceba um pouco melhor a verdade que se esconde por detrás deste cenário idílico com que somos convencidos “na” e “da” dita “sociedade de informação” dos dias hoje.
j.marioteixeira@sapo.pt
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