Ontem à noite
Assisti, tal como muitos, certamente, ao admirável exercício de António Lobo Xavier na defesa quixotesca contra moinhos de vento a favor do governo, na Quadratura do Círculo. Isto é, a favor da coligação. Compreende-se. Mas a atitude de António Lobo Xavier, contrasta com a sua habitual prudência, lucidez e mordacidade, tornando o que era o seu estilo numa pálida sombra da sua actual retórica.
São os sinais dos tempos que vivemos, de um governo sustentado num P.R. auto-manietado pelo fundamentalismo da estabilidade, num mediatismo que substituiu o pragmatismo, e de um partido minoritário da coligação que cura do seu espaço eleitoral e se agarra ao poder como um náufrago à bóia. São os tempos do espalhafato e da adaptação, dos cenários e dos vazios, dos compassos e dos adiamentos.
j.marioteixeira@sapo.pt
São os sinais dos tempos que vivemos, de um governo sustentado num P.R. auto-manietado pelo fundamentalismo da estabilidade, num mediatismo que substituiu o pragmatismo, e de um partido minoritário da coligação que cura do seu espaço eleitoral e se agarra ao poder como um náufrago à bóia. São os tempos do espalhafato e da adaptação, dos cenários e dos vazios, dos compassos e dos adiamentos.
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