segunda-feira, 29 de novembro de 2004

Chega!

Pedro Santana Lopes vai de mal a pior. Primeiro pediu que se acreditasse no governo indigitado. Depois reclamou um “estado de graça” ao qual achava que tinha direito. A seguir veio à televisão dizer que tudo ia bem com a governação e que não se ligasse ao barulho que por aí se fazia. Agora, compara o seu governo a um bebé numa incubadora alvo de bofetadas.
Pedro Santana Lopes caiu no mais baixo que podia em matéria metafórica, crucificando-se como mártir, vítima da sacanice de toda a gente. Por que ele é bom, é puro, é bem intencionado, mas os crápulas, os sanguinários dos adversários, querem fazer-lhe mal.
Pedro Santana Lopes praticou o mais grotesco e populista acto político de amuo. Demonstrou, pela enésima vez que não é político para o cargo que ocupa nem é homem para a responsabilidade que tem.
Doravante, recuso-me a referir à sua pessoa como Primeiro-ministro, pois o cargo e a responsabilidade não merecem semelhante ultraje.
Quem tiver estômago para tratá-lo como Primeiro-ministro, fechar os olhos e sorrir-lhe, pois que continue.

j.marioteixeira@sapo.pt