sexta-feira, 24 de dezembro de 2004

A Oriente tudo de novo [IV]

Assistindo ao corrupio das compras de Natal, entre grandes superfícies e o comércio tradicional, é fácil de ver que a maioria das opções de compras dos portugueses assenta naquela etiqueta que anuncia o preço, acompanhada pelo respectivo código de barras. Comparando este e aquele produto. O primeiro olhar, ainda que velado, é para os preços anunciados nas bordas das prateleiras, servindo como primeiro filtro à escolha, depois, sim, olha-se para o produto.
Nas secções de brinquedos, carros comandados e bonecas feitos no oriente não dão hipótese aos brinquedos europeus. Até mesmo porque pelo preço de um ou dois brinquedos europeus compra-se, do oriente, tudo para filhos e sobrinhos. Tal como nos electrodomésticos, os leitores de DVD/CD/CDR/MP3 a 50,00 Euros pulam dos escaparates para as malas dos carros, envoltos em papel da quadra com o nome da loja.
Nestes momentos, a teoria formatada da aposta na qualidade para vencer os desafios do futuro, ganha contornos de ridículo.

j.marioteixeira@sapo.pt