Alternância
Findo os debates, onde cada um teve a oportunidade de explanar as suas ideias, de assumir compromissos perante a generalidade dos portugueses, assumo aqui a minha desilusão perante o PS. Certo sendo que só se desilude quem iludido está. Mas não posso deixar de lamentar que este PS está muito longe do que seria exigível a um partido de Esquerda com naturais ambições governativas, nas actuais circunstâncias. E muito, muito longe de quaisquer “novas fronteiras”. A fórmula além de repetida está gasta e sem crédito. O PS continua a ser alternância ao PSD e não alternativa, o que se manifesta por diversos sinais, tais como:
- PS e PSD, são os principais responsáveis pela governação dos últimos 25 anos, onde se permitiu a criação e sustentação de interesses corporativos e de monopólios que envergonham o carácter e a aspiração da nossa Constituição, que importam distorções num mercado que se deseja saudavelmente concorrencial, violando os direitos do cidadão enquanto consumidor. Qualquer um de nós para ter serviço fixo de telefone e/ou Internet não tem outra alternativa senão contratar com a PT. O mesmo se diga de quem quer ter energia eléctrica, tendo de contratar com a EDP. Acresce manutenção dos privilégios corporativistas das farmácias, cujo sistema de atribuição de alvarás continua a permitir autênticos caciques de clientelismo, à custa do sacrifício das populações. Em plena Europa do Mercado Livre!
- Ao PS e ao PSD deve-se a actual situação de falta de médicos em Portugal, pelo número exíguo de licenciaturas em medicina e a consequente falta de profissionais nos hospitais públicos, onde médicos espanhóis são contratados para disfarçar as carências. Em “compensação”, a prática privada da medicina vai muito bem.
- Ao PS e ao PSD deve-se a desadequação do Sistema de Ensino ao mercado de trabalho. A organização e hierarquização do ensino com vista ao equilíbrio entre a realização pessoal e as necessidades na nossa sociedade, não existem. Proliferam licenciaturas saturadas e estrangula-se as deficitárias.
O PS e o PSD, com os seus anos de governação ora separada ora conjunta, criaram e sustentaram [e sustentam] monopólios e distorções antidemocráticas, faltam à verdade e agem com inércia concertada, num claro desrespeito pela consciência e memória colectivas. E sobre isto, o silêncio a que se remetem indicia a ausência de autêntica mudança.
j.marioteixeira@sapo.pt
- PS e PSD, são os principais responsáveis pela governação dos últimos 25 anos, onde se permitiu a criação e sustentação de interesses corporativos e de monopólios que envergonham o carácter e a aspiração da nossa Constituição, que importam distorções num mercado que se deseja saudavelmente concorrencial, violando os direitos do cidadão enquanto consumidor. Qualquer um de nós para ter serviço fixo de telefone e/ou Internet não tem outra alternativa senão contratar com a PT. O mesmo se diga de quem quer ter energia eléctrica, tendo de contratar com a EDP. Acresce manutenção dos privilégios corporativistas das farmácias, cujo sistema de atribuição de alvarás continua a permitir autênticos caciques de clientelismo, à custa do sacrifício das populações. Em plena Europa do Mercado Livre!
- Ao PS e ao PSD deve-se a actual situação de falta de médicos em Portugal, pelo número exíguo de licenciaturas em medicina e a consequente falta de profissionais nos hospitais públicos, onde médicos espanhóis são contratados para disfarçar as carências. Em “compensação”, a prática privada da medicina vai muito bem.
- Ao PS e ao PSD deve-se a desadequação do Sistema de Ensino ao mercado de trabalho. A organização e hierarquização do ensino com vista ao equilíbrio entre a realização pessoal e as necessidades na nossa sociedade, não existem. Proliferam licenciaturas saturadas e estrangula-se as deficitárias.
O PS e o PSD, com os seus anos de governação ora separada ora conjunta, criaram e sustentaram [e sustentam] monopólios e distorções antidemocráticas, faltam à verdade e agem com inércia concertada, num claro desrespeito pela consciência e memória colectivas. E sobre isto, o silêncio a que se remetem indicia a ausência de autêntica mudança.
j.marioteixeira@sapo.pt
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