segunda-feira, 14 de fevereiro de 2005

Notas avulsas [II]

1 - Qualquer pessoa que siga a campanha apenas pelos canais de televisão, fica com a ideia clara que a campanha se resume a troca de piropos e de acusações. É este o serviço de informação que temos, em que jornalistas fazem queixinhas e denúncias do que os outros andam a dizer, na busca de uma réplica que sirva de falatório. Esta atitude generalizada dos canais de televisão não pode ser mera coincidência.
2 - José Sócrates ainda não percebeu que só ajuda Santana Lopes falando dele. Réplicas e tréplicas apenas servem para fazer o jogo do adversário de modo a que seja dada relevância não ao que está mal e ao que é necessário fazer, mas antes às "bocas" e aos exercícios de "vitimização". Fazer o jogo do adversário, alimentando a fome da comunicação social por "tricas e dicas" é, lamentavelmente, revelador.
3 - O falecimento da Irmã Lúcia foi divulgado pela Igreja Católica com especial sobriedade e reserva. Em vão.
4 - Militantes e simpatizantes do PSD que eu conheço, revelam uma particular tendência para reafirmar o seu voto naquele partido desde o regresso de António Guterres à lide pública. Porque será?
5 - Nos EUA os jornais declaram publicamente o seu apoio aos candidatos presidenciais. Assim foi nas últimas eleições norte-americanas. Em Portugal os jornais não apoiam candidatos ou partidos, pugnando por uma posição de neutralidade e de dever de informação objectiva. Mas estranhamente surgem notícias falsas que atingem directamente ou partidos ou candidatos, transformando convicções / suspeitas, em factos.