"AS DUAS CAUSAS"
É o título do post de Guilherme D`Oliveira Martins, na Casa dos Comuns, de onde retiro a seguinte passagem:
"É preciso que não haja vontades endurecidas nem intenções doentes. Afinal, os princípios da subsidiariedade e da proporcionalidade terão de permitir que só se faça na União Europeia o que não possa fazer-se bem noutro nível de decisão, abrindo-se mesmo caminho às devoluções que se justifiquem (da União para os Estados, dos Estados para os poderes locais, dos poderes públicos para a sociedade civil). Eis o debate que não se ouve, na ânsia de acenar apenas com os fantasmas retrógrados."
Ou seja não há lugar a questionar os métodos, os procedimentos e as opções rumo à sua idealizada Europa. Ou se está a favor ou se está contra, é tudo a preto e branco, os bons e os maus.
Continuar a centrar o debate europeu em torno do que é utópico e ideal, fazendo visto grossa ao que se vai desenrolando na prática, ao mesmo tempo que se rotula e classifica quem pensa de modo diferente, além de desvirtuar aquilo que deveria ser algo esclarecido, participado e, acima de tudo, resultado de vontades expressas e de representatividades efectivas, cria um outro perigo: transformar o Projecto Europeu numa nova espécie dogma político perante o qual se está a favor ou contra. Como se de um processo revolucionário se tratasse, em que se está com ou contra a revolução.
Como passou de modo a classificação de "reaccionário" ou "situacionista", temos agora a nova versão do iluminismo vanguardista: "soberanistas", "nacionalistas", "euro-cépticos", etc.
Não é estar contra uma Europa coesa e solidária ou de cidadania. É estar contra, sim, os métodos e procedimentos com que, alegadamente, se visa atingir aquelas metas. E isto não é agitar fantasmas, é falar muito clara e objectivamente, no que está mal na construção do Projecto Europeu, e já foi por demais denunciado.
Ou seja não há lugar a questionar os métodos, os procedimentos e as opções rumo à sua idealizada Europa. Ou se está a favor ou se está contra, é tudo a preto e branco, os bons e os maus.
Continuar a centrar o debate europeu em torno do que é utópico e ideal, fazendo visto grossa ao que se vai desenrolando na prática, ao mesmo tempo que se rotula e classifica quem pensa de modo diferente, além de desvirtuar aquilo que deveria ser algo esclarecido, participado e, acima de tudo, resultado de vontades expressas e de representatividades efectivas, cria um outro perigo: transformar o Projecto Europeu numa nova espécie dogma político perante o qual se está a favor ou contra. Como se de um processo revolucionário se tratasse, em que se está com ou contra a revolução.
Como passou de modo a classificação de "reaccionário" ou "situacionista", temos agora a nova versão do iluminismo vanguardista: "soberanistas", "nacionalistas", "euro-cépticos", etc.
Não é estar contra uma Europa coesa e solidária ou de cidadania. É estar contra, sim, os métodos e procedimentos com que, alegadamente, se visa atingir aquelas metas. E isto não é agitar fantasmas, é falar muito clara e objectivamente, no que está mal na construção do Projecto Europeu, e já foi por demais denunciado.
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