sexta-feira, 18 de março de 2005

Escolham

Não chove, não há água. Não há água, há seca. Há seca, o perigo de incêndios em larga escala aumenta. Conclusão óbvia: este ano tem de haver maior vigilância/ patrulhamento das florestas e, simultaneamente, maior limpeza de matos.
Assim sendo, será de esperar deste Governo medidas efectivas e concretas [bem mais do que aquelas previstas no seu Programa], sugerindo-se desde já duas tão simples:
1 – Destacar patrulhas militares [terrestres e aéreas] para as zonas florestais, diurnas e nocturnas, em número e meios que permitam garantir quer a vigilância quer a detenção imediata de eventuais incendiários.
2 – Aproveitar a mão-de-obra da comunidade prisional para compor equipas de limpezas de matos e abertura de corta-fogos nas zonas florestais, bem como promover o voluntariado ocupacional para as mesmas tarefas ou outras conexas.
Com estas duas medidas não se tem a chave da resolução do problema, mas temos um auxílio. Bem melhor que as teses gerais e abstractas de “reforços de meios” e de “coordenações eficazes” que valem tanto quanto as palavras de circunstância de pesar e de lamento perante as cinzas.
Está na hora de optar: ou se age ou se carpe.
Escolham.

j.marioteixeira@sapo.pt