segunda-feira, 21 de março de 2005

Governador versus governante

Dá ideia que Vítor Constâncio está um pouco esquecido dos seus deveres enquanto Governador do Banco de Portugal. As suas recomendações e alertas deverão ser sempre tidos em conta. Mas o próprio Governador também deverá ter conta naquilo que diz.
Aprofundar, como fez, a matéria dos aumentos dos impostos poderá ser aproveitado para que se descredibilize o Governo como não sendo capaz de encontrar as soluções. Não deve falar como Ministro das Finanças ou como assessor do Primeiro-Ministro para a área financeira. O momento político é de iniciativa governativa, é este o tempo próprio para as definições do novo Governo.
Convirá que Vítor Constâncio se recorde disso para que prossiga o seu, até aqui, exemplar serviço.