segunda-feira, 21 de março de 2005

Notas de Segunda

1 – A par dos excessos que são cometidos nas esquadras em Portugal, é notório que a PSP tem, também, muito de que se queixar: formação, protecção e meios. Um dos agentes assassinados este fim-de-semana acabara a sua formação há cerca de seis meses e logo foi destacado para uma zona de risco.
2 –A reacção de António Costa ficou muito aquém do que seria de esperar de alguém com a sua experiência governativa. Falar em recato e serenidade no imediato é compreensível e recomenda-se. O erro foi projectar declarações ou decisões de maior fundo para daqui a semanas. Mesmo porque há declarações ou decisões que não carecem de tanto tempo, e tempo é algo que já se gastou muito sem soluções.
3- A caminho de casa descubro que numa rua recentemente pavimentada [entre 3 a 4 meses], foi aberta uma vala para resolver um problema da EDP pendente há cerca de 2 anos. Ainda hoje isto acontece: pavimenta-se e depois esburaca-se. Até quando se irão manter estes sinais de “terceiro mundo”?

4 – Pelos piores motivos, fiquei a saber este fim-de-semana que o hospital de Vila Nova de Famalicão não possui maquinaria que permita fazer um TAC, sendo necessário reencaminhar os paciente [urgências incluídas] para o hospital de São Marcos, em Braga. É nestas alturas, que pensamos quanto há de vazio em tanta propaganda à volta da melhoria dos cuidados de saúde.
5 – É patente a deficitária saúde de João Paulo II. Pela primeira vez durante o seu pontificado, não presidiu à missa de Domingos de Ramos. Tão preocupante como o seu estado de saúde é o modo como o Vaticano tenta fazer crer que o Santo Padre está bem. Por quanto mais tempo poderá a imagem da Igreja Católica suportar-se em acenos?

j.marioteixeira@sapo.pt