sexta-feira, 8 de abril de 2005

Demo Grafia

Há sinais claros e evidentes de que urge fazer uma reformulação dos pressupostos e mecanismos da Segurança Social. A tendência é para o aumento dos idosos e a queda da população activa.
Mas isto não é só um sinal claro e evidente em sede de Segurança Social. É também sinal que o conceito de família se começa a perder por entre custos e encargos.
"Bruxelas, 08 Abr (Lusa) - Portugal será um dos países da União Europeia (UE) com maior percentagem de idosos e menor de população activa em 2050, segundo dados do Eurostat que apontam para um aumento de portugueses até 2018.
As projecções da população 2004-2050, divulgadas hoje em Bruxelas, traçam um cenário em que a percentagem de idosos portugueses praticamente duplicará entre 2004, em que representavam 16,9 por cento da população, e 2050, em que chegarão aos 31,9 por cento.
Segundo o Departamento de Estatística da UE, os países do sul da Europa registarão as percentagens mais elevadas de pessoas com mais de 65 anos a partir do meio do século, bem como a menor quantidade de trabalhadores.
Em 2050, Portugal será o quarto país da UE a 25 com maior percentagem de idosos, só ultrapassado pela Espanha (35,6 por cento), Itália (35,3) e Grécia.
"Os países mediterrânicos continuarão a verificar uma baixa taxa de natalidade, conjugada com uma esperança de vida longa e com saúde", justificou em conferência de imprensa o director da unidade de Demografia do Eurostat, Konstantinos Giannakouris.
A natalidade, mortalidade e os fluxos migratórios são precisamente os factores tidos em conta para as projecções europeias, que o Eurostat analisa com "precaução", atendendo ao longo período de análise.
Em termos de população activa (jovens e adultos entre os 15 e os 64 anos), Portugal será, em 2050, um dos três países com a menor percentagem (de novo com a Espanha e Itália), na ordem dos 55 por cento da população, cerca de 12 pontos percentuais menos do que em 2004
". [...]
[in Lusa]