segunda-feira, 11 de abril de 2005

Notas de Segunda

1 – Acerca do congresso do PSD acho que já foi tudo dito: tivemos a eleição de um líder de transição chamado Marques Mendes; um D. Sebastião [com ares de estrela de cinema] chamado António Borges; e, por fim, um partido unido à volta de malditos de outrora. Pelo meio, o discurso redondo [com excepção de Filipe Menezes que ainda foi o único a assumir compromissos concretos], o debate morno e uma moção dita genial reduzida a lugares comuns. A crise está instalada no PSD, confortavelmente, dominando o aparelho, e marcando passo até ao assalto ao poder.
2 – Por detrás dos espectáculos mediáticos do funeral de João Paulo II, do casamento de Carlos e Camila e do Congresso do PSD pouca atenção tem sido dada ao desempenho do Governo, excepção feita a alguma distorção do projecto apresentado pelo Ministro da Saúde. Prevalece, para já, muito ruído.
3 – O FCP abriu mão da faixa de campeão nacional. A questão que ainda fica é a de saber a favor de quem.
4 – As candidaturas a candidatos passam, cada vez mais, pela comunicação social. Desta feita foi Ribeiro e Castro, no CDS-PP. O método é óbvio e simples: anunciar a disponibilidade para se avaliar a receptividade.
5 – O avanço da construção do Muro semita, declarada ilegal pelo Tribunal Internacional de Justiça, é só mais uma manifestação da real indisponibilidade de Israel em chegar a qualquer acordo de paz com a Palestina. Tudo com a bênção do Capitão América.

j.marioteixeira@sapo.pt