"Francez Sem Mestre"
O livro é antigo, data de 1941, está embrulhado em papel vegetal grosso, acastanhado e ensebado pelo tempo. Nas suas primeiras páginas, o seu autor informa:
“O Francez Sem Mestre, pronuncia, grammatica, conversação, correspondência, literatura, ao alcance de todas as inteligências e de todas as fortunas, adequado ao uso dos portuguezes e dos brasileiros, por Joaquim Gonçalves Pereira, premiado com medalha de ouro na exposição do Rio de Janeiro de 1908” [sic].
“Sétima edição, consideravelmente melhorada” [sic].
É daqueles livros que valem quer pelo conteúdo quer pelo que significam.
O conteúdo reporta-se a lições de francês, em que o leitor é orientado na aprendizagem daquela língua, sem necessidade de acompanhamento por um mestre. O título diz tudo.
O que ele significa é muito mais do que isso. Significa que um homem em Janeiro de 1941, aos 41 anos, achou por bem adquiri-lo para apurar os seus conhecimentos de francês. Estivera a trabalhar em França nos anos vinte, em Pas de Callais, durante a reconstrução após a 1ª Guerra Mundial. Trabalhou, aprendeu, aforrou e regressou a Portugal para se lançar na construção civil por sua iniciativa. E assim fez. Quis ir mais longe do que o exame da quarta classe ou as origens proletárias, alguma vez lhe poderiam sugerir.
As anotações estão lá, em forma de breves glosas, datadas, lição após lição, exercício após exercício.
Hoje o livro, depois de passar pelas mãos daquele homem e pelas mãos do seu filho, repousa na estante do escritório do neto. É mais do que um livro, é um ponto de partida para memórias, recordações, que encerra mais de sessenta anos de histórias. Como tantos outros livros. Um livro que dá especial orgulho em cuidar.
“O Francez Sem Mestre, pronuncia, grammatica, conversação, correspondência, literatura, ao alcance de todas as inteligências e de todas as fortunas, adequado ao uso dos portuguezes e dos brasileiros, por Joaquim Gonçalves Pereira, premiado com medalha de ouro na exposição do Rio de Janeiro de 1908” [sic].
“Sétima edição, consideravelmente melhorada” [sic].
É daqueles livros que valem quer pelo conteúdo quer pelo que significam.
O conteúdo reporta-se a lições de francês, em que o leitor é orientado na aprendizagem daquela língua, sem necessidade de acompanhamento por um mestre. O título diz tudo.
O que ele significa é muito mais do que isso. Significa que um homem em Janeiro de 1941, aos 41 anos, achou por bem adquiri-lo para apurar os seus conhecimentos de francês. Estivera a trabalhar em França nos anos vinte, em Pas de Callais, durante a reconstrução após a 1ª Guerra Mundial. Trabalhou, aprendeu, aforrou e regressou a Portugal para se lançar na construção civil por sua iniciativa. E assim fez. Quis ir mais longe do que o exame da quarta classe ou as origens proletárias, alguma vez lhe poderiam sugerir.
As anotações estão lá, em forma de breves glosas, datadas, lição após lição, exercício após exercício.
Hoje o livro, depois de passar pelas mãos daquele homem e pelas mãos do seu filho, repousa na estante do escritório do neto. É mais do que um livro, é um ponto de partida para memórias, recordações, que encerra mais de sessenta anos de histórias. Como tantos outros livros. Um livro que dá especial orgulho em cuidar.
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