A mulher de César
A opção do Governo em indicar o nome de Guilherme d`Oliveira Martins para Presidente do Tribunal de Contas não é a melhor. Não pela pessoa, mas porque tratando-se de um destacado deputado do PS, estará sob o signo da suspeita política no exercício daquele cargo.
O Tribunal de Contas controla a actividade do Governo, designadamente em matérias da maior sensibilidade como a gestão do erário público nas suas mais diversas formas. Significa que quem vai presidir àquela instituição que controla os gastos públicos será um deputado do partido político cuja maioria absoluta sustenta o Governo.
Há, claramente, ingredientes de desconfiança e de polémica que o Governo poderia ter evitado nesta sua receita. Tanto mais que à Oposição as oportunidades são sempre de aproveitar, obviamente.
Diz-se que à mulher de César não basta ser séria, é preciso que também pareça.
A questão não é pessoal, é antes, sim, uma questão de oportunidade política. E é em sede de oportunidade política que falta parecença de seriedade: não à pessoa escolhida mas à opção de escolher um destacado deputado do PS.
Tanto mais que a seriedade da pessoa em causa é, tanto quanto o meu conhecimento pode atestar, intocável. E se estou certo que se dedicará àquela função com a competência e a integridade que o cargo exige, também é verdade que sempre estranhei como é que não fora já antes chamado por este Governo para exercer funções de maior relevo.
O Tribunal de Contas controla a actividade do Governo, designadamente em matérias da maior sensibilidade como a gestão do erário público nas suas mais diversas formas. Significa que quem vai presidir àquela instituição que controla os gastos públicos será um deputado do partido político cuja maioria absoluta sustenta o Governo.
Há, claramente, ingredientes de desconfiança e de polémica que o Governo poderia ter evitado nesta sua receita. Tanto mais que à Oposição as oportunidades são sempre de aproveitar, obviamente.
Diz-se que à mulher de César não basta ser séria, é preciso que também pareça.
A questão não é pessoal, é antes, sim, uma questão de oportunidade política. E é em sede de oportunidade política que falta parecença de seriedade: não à pessoa escolhida mas à opção de escolher um destacado deputado do PS.
Tanto mais que a seriedade da pessoa em causa é, tanto quanto o meu conhecimento pode atestar, intocável. E se estou certo que se dedicará àquela função com a competência e a integridade que o cargo exige, também é verdade que sempre estranhei como é que não fora já antes chamado por este Governo para exercer funções de maior relevo.
Resta desejar a Guilherme d`Oliveira Martins a melhor das sortes no exercício do seu cargo, pois os restantes elementos creio que já os possui. E uma pequena nota pessoal de lamento porque possivelmente irá suspender o seu blogue do Parlamento. Dos contos à Constituição Europeia, muito haverá para concordarmos e discordarmos. Que surjam as oportunidades, aqui ou noutro lugar.
j.marioteixeira@sapo.pt
j.marioteixeira@sapo.pt
ADENDA: por erro, no fim do quarto parágrafo constava o termo "militante" tendo sido corrigido para "deputado".
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