segunda-feira, 19 de dezembro de 2005

Notas de Segunda

1 – A negociação do Orçamento da União Europeia e respectivo Quadro Comunitário de Apoios, demonstrou que a Política Agrícola Comum enquanto não for revista serve de arma de arremesso negocial onde pouco conta o Projecto Europeu e mandam as vantagens de cada Estado.
2 – Seria bom que o nível de satisfação com os montantes conseguidos para apoios a Portugal tivesse tradução no nível de racionalidade e de controlo quanto ao seu destino.
3 – O PS começa a mostrar desespero de causa, tão cedo em relação ao dia das eleições. Depois do inoportuno apelo de Jorge Coelho, veio o mesmo com a doutrina do aviso chantagista: “depois não digam que não avisei”. A Democracia está-lhes mesmo no sangue.
4 – O anunciado aumento do parqueamento automóvel nas grandes cidades, como medida de combate ao tráfego automóvel e à poluição, é de uma descarada demagogia para esconder o verdadeiro objectivo: ir buscar ao bolso do cidadão aquilo que a administração central não dá.
5 – Usar o argumento de que existe um grande número de armas ilegais para reduzir a emissão de licenças de uso e porte de arma de defesa é um autêntico exercício de estupidez: com o aumento da criminalidade é preferível haver armas legais do que promover a sua procura no mercado negro.
6 - Triste, mesmo muito triste, foi o aproveitamento que fez o Ministro Vieira da Silva em estar presente na entrega de cabazes de Natal a idosos, num almoço na Obra Social Padre Miguel. Já era tempo de estarmos libertos destes oportunismos políticos à volta da miséria e dos velhinhos.

j.marioteixeira@sapo.pt