Notas de Segunda
1 - Estas eleições foram uma derrota para a Esquerda, um desafio à identidade do PS e uma vitória inequívoca de Cavaco Silva. Como foram, também, um tónico para quem ainda acredita que há espaço na República para a iniciativa do cidadão, e não se deixa infectar pela lógica castradora e clientelar dos partidos políticos.
2 - Valem também para denunciar a verborreia mentirosa e hipócrita de José Sócrates a separar estas eleições de qualquer castigo ao Governo. Bem como a sua postura ordinariamente baixa em fazer uma declaração em tempo de, propositadamente, interromper a declaração de Manuel Alegre. O poder sobe mais facilmente à cabeça dos mais fracos, é sabido.
3 - Dão, ainda, uma leitura clara do alcance [maldito para muitos] da candidatura de Manuel Alegre, e desfez um mito chamado Mário Soares renegado para um inexpressivo terceiro lugar.
4 – A percentagem de abstenção e os resultados obtidos por Manuel Alegre demonstram, claramente, que há cada vez mais portugueses fartos de partidos políticos. E que a obtenção da vitória à primeira volta por parte de Cavaco Silva é também um sério castigo às políticas deste Governo, feito à custa do esquecimento do que foram as políticas cavaquistas.
5 – Se Manuel Alegre não se tivesse candidatado, a abstenção seria ainda maior, pois muitos que nele votaram, jamais votariam no candidato oficial do partido do Governo ou em Cavaco Silva. Pelo que se houve responsabilidade na derrota da Esquerda, ela deverá começar por ser investigada no rumo que a actual direcção do PS está a delinear.
6 – José Sócrates pode dormir descansado: de todos os cenários, este é menos mau para a linha política que o seu Governo tem vindo a seguir, ainda para mais Cavaco Silva irá exercer o mandato de modo cauteloso rumo a uma reeleição a acontecer só depois das próximas eleições legislativas.
7 – Mas para ter mesmo descanso, no interior do PS, terá de gerir com muito cuidado o erro de “casting” que foi a opção por Mário Soares, face a um Manuel Alegre que arrecadou, sem máquina partidária, um milhão de votos.
j.marioteixeira@sapo.pt
2 - Valem também para denunciar a verborreia mentirosa e hipócrita de José Sócrates a separar estas eleições de qualquer castigo ao Governo. Bem como a sua postura ordinariamente baixa em fazer uma declaração em tempo de, propositadamente, interromper a declaração de Manuel Alegre. O poder sobe mais facilmente à cabeça dos mais fracos, é sabido.
3 - Dão, ainda, uma leitura clara do alcance [maldito para muitos] da candidatura de Manuel Alegre, e desfez um mito chamado Mário Soares renegado para um inexpressivo terceiro lugar.
4 – A percentagem de abstenção e os resultados obtidos por Manuel Alegre demonstram, claramente, que há cada vez mais portugueses fartos de partidos políticos. E que a obtenção da vitória à primeira volta por parte de Cavaco Silva é também um sério castigo às políticas deste Governo, feito à custa do esquecimento do que foram as políticas cavaquistas.
5 – Se Manuel Alegre não se tivesse candidatado, a abstenção seria ainda maior, pois muitos que nele votaram, jamais votariam no candidato oficial do partido do Governo ou em Cavaco Silva. Pelo que se houve responsabilidade na derrota da Esquerda, ela deverá começar por ser investigada no rumo que a actual direcção do PS está a delinear.
6 – José Sócrates pode dormir descansado: de todos os cenários, este é menos mau para a linha política que o seu Governo tem vindo a seguir, ainda para mais Cavaco Silva irá exercer o mandato de modo cauteloso rumo a uma reeleição a acontecer só depois das próximas eleições legislativas.
7 – Mas para ter mesmo descanso, no interior do PS, terá de gerir com muito cuidado o erro de “casting” que foi a opção por Mário Soares, face a um Manuel Alegre que arrecadou, sem máquina partidária, um milhão de votos.
j.marioteixeira@sapo.pt
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