Manuel Cabral – Escultor [1930-2006]
[Quadro da autoria do Escultor Manuel Cabral]
Se fosse vivo, o Escultor Manuel Cabral [ Manuel Carlos Pinto Cabral ], faria hoje 76 anos. Mas lamentavelmente não está. Quem o conheceu e com ele conviveu, sente a diferença causada pelo seu recente desaparecimento. A saudade. Eu sinto.
Sinto falta da nostalgia dos fins de tarde na varanda do seu apartamento, a contemplar o por-do-sol sobre a barra do Douro; de acompanhar os seus trabalhos de escultura em que, aos poucos, dava forma e identidade a um monte de barro; de assistir ao seu traço firme e característico dos desenhos que compunha; de apreciar a sua vasta colecção de arte sacra.
Fica a saudade – um daqueles sentidos da vida mais tipicamente lusitano - do seu sorriso exuberantemente contido, da sua expressão inquietantemente calma. Do seu humor humildemente inteligente.
Fica a saudade dos seus relatos de estudante dos tempos em que a Escola de Belas-Artes congregava os cursos de arquitectura, escultura e pintura. Da convivência de diferentes sensibilidades artísticas e até mesmo de gerações.
Fica a saudade de o tratar por Mestre, como o tratava por admiração e carinho.
Como sempre fica a obra, no caso de escultura e pintura. Ficou também a marca de um professor que leccionou durante mais de 30 anos, de Vila do Conde a Chaves, terminando a sua carreira no ensino em Matosinhos, após passar pela Escola Soares dos Reis, no Porto.
Quem o conheceu ficou mais pobre com o seu desaparecimento. E o próprio país ficou também mais pobre, mas neste último caso, como em tantas outras perdas, poucos sabem disso.
Até sempre, Mestre.
Sinto falta da nostalgia dos fins de tarde na varanda do seu apartamento, a contemplar o por-do-sol sobre a barra do Douro; de acompanhar os seus trabalhos de escultura em que, aos poucos, dava forma e identidade a um monte de barro; de assistir ao seu traço firme e característico dos desenhos que compunha; de apreciar a sua vasta colecção de arte sacra.
Fica a saudade – um daqueles sentidos da vida mais tipicamente lusitano - do seu sorriso exuberantemente contido, da sua expressão inquietantemente calma. Do seu humor humildemente inteligente.
Fica a saudade dos seus relatos de estudante dos tempos em que a Escola de Belas-Artes congregava os cursos de arquitectura, escultura e pintura. Da convivência de diferentes sensibilidades artísticas e até mesmo de gerações.
Fica a saudade de o tratar por Mestre, como o tratava por admiração e carinho.
Como sempre fica a obra, no caso de escultura e pintura. Ficou também a marca de um professor que leccionou durante mais de 30 anos, de Vila do Conde a Chaves, terminando a sua carreira no ensino em Matosinhos, após passar pela Escola Soares dos Reis, no Porto.
Quem o conheceu ficou mais pobre com o seu desaparecimento. E o próprio país ficou também mais pobre, mas neste último caso, como em tantas outras perdas, poucos sabem disso.
Até sempre, Mestre.
1 Comments:
ERA MEU PADRINHO E TIO IRMÃO DE MINHA MÃE POR INCRÍVEL QUE PAREÇA NUNCA ME DERAM NOTICIA DA SUA MORTE, SENDO SOBRINHA DIRECTA E AFILHADA FIQUEI MUITO CHOCADA PAZ A SUA ALMA AMÉM
MANUELA CABRAL MARIZ
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