São rosas, Senhores! [2]
Portugal está no Mundial da Alemanha, qual epopeia histórica. Por cá anda tudo muito orgulhoso e contente, a envergar bandeiras nas varandas e janelas ou a decorar a chapeleira do automóvel. Seria bom saber quantos estariam dispostos a lutar num campo de batalha pela égide da bandeira, onde estaria o orgulho lusitano.
Até os senhores deputados alteram o horário de trabalho para poderem assistir aos jogos da selecção nacional, porque essa coisa da produtividade, do serviço público, do exemplo do Estado, são regras que comportam excepções. E o futebol é também isso: uma excepção, uma daquelas excepções em que se baseia o nosso atraso em relação ao resto da Europa, ao nosso progressivo afastamento económico e social. Porque o que se prega e apregoa não é o que se faz, porque o que se defende não se pratica. A produtividade pode esperar, o exemplo de rigor e de sacrifício também.
Pelo meio, as propaladas reformas nunca são levadas até ao fim, fica sempre algo por fazer, evidenciando clara incapacidade do Estado em prosseguir o interesse público sobre os interesses particulares. O caso da pseudo-liberalização das farmácias disso é exemplo.
Mas cuidemos do que é importante: Portugal está no Mundial da Alemanha e anunciam-se descontos principescos na compra de electrodomésticos caso a campanha corra bem. Pode-se mesmo ficar com o plasma e o DVD de borla se formos campeões. Sonhemos, pois, paremos para sonhar um pouco, todos nós, operários e patrões, políticos e povo, juntos. Porque é importante sonhar, ainda que se pague mais tarde o preço de se andar a dormir.
Até os senhores deputados alteram o horário de trabalho para poderem assistir aos jogos da selecção nacional, porque essa coisa da produtividade, do serviço público, do exemplo do Estado, são regras que comportam excepções. E o futebol é também isso: uma excepção, uma daquelas excepções em que se baseia o nosso atraso em relação ao resto da Europa, ao nosso progressivo afastamento económico e social. Porque o que se prega e apregoa não é o que se faz, porque o que se defende não se pratica. A produtividade pode esperar, o exemplo de rigor e de sacrifício também.
Pelo meio, as propaladas reformas nunca são levadas até ao fim, fica sempre algo por fazer, evidenciando clara incapacidade do Estado em prosseguir o interesse público sobre os interesses particulares. O caso da pseudo-liberalização das farmácias disso é exemplo.
Mas cuidemos do que é importante: Portugal está no Mundial da Alemanha e anunciam-se descontos principescos na compra de electrodomésticos caso a campanha corra bem. Pode-se mesmo ficar com o plasma e o DVD de borla se formos campeões. Sonhemos, pois, paremos para sonhar um pouco, todos nós, operários e patrões, políticos e povo, juntos. Porque é importante sonhar, ainda que se pague mais tarde o preço de se andar a dormir.
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