segunda-feira, 10 de julho de 2006

A vida não custa a esta gente?

Assisto, quase todos os dias, a pessoas usarem, tal como eu, a Via Verde. Ultimamente, tem havido a tendência de colocar lombas, para obrigar os condutores a reduzir a velocidade, nas áreas da portagem. As ditas lombas são estupidamente exageradas, susceptíveis de provocarem danos nas viaturas que sobre elas passam rotineiramente, ainda que circulem abaixo da velocidade limite.
Se querem evitar que haja gente a passar a alta velocidade na Via Verde – o que se exige por evidentes razões de segurança – basta que ponham radares: quem abusar, leva castigo. É fácil, é óbvio e os lucros que a Brisa, a Aenor e companhia limitada obtêm com a exploração – em sentido bem lato – das auto-estradas bem que davam para custear os detectores.
Mas o que me impressiona ainda mais – bem mais do que a lógica do tubérculo do recurso às lombas que, exageradas como são, penalizam todos – é que há gente que passa como se nada fosse. Não lhes importa a violência que infligem às suspensões do carro, não lhes interessa que a direcção fique afectada, a transmissão, etc. Parece que não dão qualquer importância aos custos de oficina.
Por estas e por outras, por vezes pergunto a mim mesmo: a vida não custa a esta gente?

j.marioteixeira@sapo.pt