Reflexão curta (e maldizente)
Num país de constante somatório de escândalos, em bom rigor, até hoje, só tivemos um caso com impacto social que sintetizou a fórmula investigação/julgamento/condenação: foi o de Vale e Azevedo.
Isto ou porque os processos se arrastam, ou porque existem decisões mirabolantes (ou não existem decisões pura e simplesmente), ou porque afinal, ao fim de tanto tempo e logo quando decorre um processo crime mediático, o crime afinal não existe porque a lei é (será) inconstitucional (como se passa agora em relação ao caso “Apito Dourado”), etc.
Não mais, em concreto, a nossa Justiça (Administração Interna incluída) conseguiu dar mostras de acção e eficácia. Com fenómenos de corrupção ou indolência selectiva a piscarem sinais um pouco por todo o território (curiosamente com especial incidência nas áreas de maior especulação imobiliária, como é evidente), na verdade vê-se muito pouco trabalho por parte do Estado (Parlamento, Governo e Tribunais). Pior: vê-se muito mau trabalho.
Há uma espécie de dormência, de tranquilidade que vai minando a confiança nas instituições. Uma falta de confiança que é duplamente perversa: faz os cidadãos voltar as costas ao Estado e, assim, fica este a salvo dos olhos daqueles.
j.marioteixeira@sapo.pt
Isto ou porque os processos se arrastam, ou porque existem decisões mirabolantes (ou não existem decisões pura e simplesmente), ou porque afinal, ao fim de tanto tempo e logo quando decorre um processo crime mediático, o crime afinal não existe porque a lei é (será) inconstitucional (como se passa agora em relação ao caso “Apito Dourado”), etc.
Não mais, em concreto, a nossa Justiça (Administração Interna incluída) conseguiu dar mostras de acção e eficácia. Com fenómenos de corrupção ou indolência selectiva a piscarem sinais um pouco por todo o território (curiosamente com especial incidência nas áreas de maior especulação imobiliária, como é evidente), na verdade vê-se muito pouco trabalho por parte do Estado (Parlamento, Governo e Tribunais). Pior: vê-se muito mau trabalho.
Há uma espécie de dormência, de tranquilidade que vai minando a confiança nas instituições. Uma falta de confiança que é duplamente perversa: faz os cidadãos voltar as costas ao Estado e, assim, fica este a salvo dos olhos daqueles.
j.marioteixeira@sapo.pt
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