Professor Mestre Doutor
Andamos nós a perder tempo com debates, choques tecnológicos, e afinal há quem, sabiamente, resolva os nossos problemas mais complicados.
Além de que ficamos a saber que, por exemplo, para amarrar uma mulher demora mais tempo do que para amarrar um homem (como se pode constatar pelo texto na imagem), uma diferença de 7 dias. Ora, se falarmos de amarração física, tipo com uma corda, então fica provado que a mulher tem mais habilidade em espernear e a dificultar a vida aos outros quando lhe convém. Se for amarração no plano sentimental, fica provado que os homens são muito menos complicados em questões românticas (aliás uma diferença de sete dias atesta uma maior apetência romântica e sentimental ostracizada ao longo dos séculos).
Depois temos a solução para tudo o que é a base do nosso mal-estar nacional: “mau olhado” (de muita gente que não nos grama pela nossa história); “negócios” porque a economia está complicada; “Justiça” porque os tribunais não se despacham e são caros; e a “inveja” que é um dos grandes males deste povo que o leva a querer, sem poder, ter tudo o que os outros têm.
Além de que consegue ainda saber o passado, o presente e o futuro de cada um, para que todos saibam a resposta a uma trilogia dos maiores mistérios da vida: de onde vimos, quem somos e o que será de nós.
Este texto publicitário é de quem se apresenta, legitimamente face a tais poderes prodigiosos, como “Professor Mestre Doutor”. E é de gente assim que precisamos, e não destes meros letrados que nos têm governado nos últimos 150 anos!
j.marioteixeira@sapo.pt
Além de que ficamos a saber que, por exemplo, para amarrar uma mulher demora mais tempo do que para amarrar um homem (como se pode constatar pelo texto na imagem), uma diferença de 7 dias. Ora, se falarmos de amarração física, tipo com uma corda, então fica provado que a mulher tem mais habilidade em espernear e a dificultar a vida aos outros quando lhe convém. Se for amarração no plano sentimental, fica provado que os homens são muito menos complicados em questões românticas (aliás uma diferença de sete dias atesta uma maior apetência romântica e sentimental ostracizada ao longo dos séculos).
Depois temos a solução para tudo o que é a base do nosso mal-estar nacional: “mau olhado” (de muita gente que não nos grama pela nossa história); “negócios” porque a economia está complicada; “Justiça” porque os tribunais não se despacham e são caros; e a “inveja” que é um dos grandes males deste povo que o leva a querer, sem poder, ter tudo o que os outros têm.
Além de que consegue ainda saber o passado, o presente e o futuro de cada um, para que todos saibam a resposta a uma trilogia dos maiores mistérios da vida: de onde vimos, quem somos e o que será de nós.
Este texto publicitário é de quem se apresenta, legitimamente face a tais poderes prodigiosos, como “Professor Mestre Doutor”. E é de gente assim que precisamos, e não destes meros letrados que nos têm governado nos últimos 150 anos!
j.marioteixeira@sapo.pt
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