Referendo do aborto [1]
Quem defende a manutenção do actual regime jurídico-penal, ou seja os defensores do “não”, acabam por querer impor uma lógica, uma moral e uma concepção aos outros, uma vez que o que a Lei passa a fazer é descriminalizar o aborto em certas circunstâncias, não o torna obrigatório.
Trata-se de um questão de consciência. E este argumento de se tratar de uma questão de consciência é o mesmo que leva os partidos políticos a defenderem a liberdade de voto e de expressão dos seus militantes.
Todavia, aqueles que usam o argumento de se tratar de uma liberdade de opção com base na consciência, ao serem defensores do “não” estão a impedir que essa mesma liberdade de consciência sustente a opção de abortar ou não.
A consciência livre vale para decidir sobre os outros, mas já não sobre nós próprios.
j.marioteixeira@sapo.pt
Trata-se de um questão de consciência. E este argumento de se tratar de uma questão de consciência é o mesmo que leva os partidos políticos a defenderem a liberdade de voto e de expressão dos seus militantes.
Todavia, aqueles que usam o argumento de se tratar de uma liberdade de opção com base na consciência, ao serem defensores do “não” estão a impedir que essa mesma liberdade de consciência sustente a opção de abortar ou não.
A consciência livre vale para decidir sobre os outros, mas já não sobre nós próprios.
j.marioteixeira@sapo.pt
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