quarta-feira, 21 de março de 2007

Honras de Panteão Nacional para Aquilino Ribeiro


Assim foi decretado, pela Resolução da Assembleia da República nº 11/2007, publicada no Diário da República n.º 55, Série I de 2007-03-19.

Olhando em redor, vejo que a notícia quase não foi notícia. Assim anda desprezado um dos mais emblemáticos intelectuais portugueses, e um dos mais ilustres opositores a Salazar e às lógicas do Estado Novo. Porque Aquilino Ribeiro não suportava opressão política nem fanatismos ideológicos.

Aquilino Ribeiro foi mais do que um grande escritor, foi um estudioso da língua portuguesa e um combatente político, ideológico e intelectual de Salazar. Quando o Estado Novo achou por bem conter as manifestações de desagrado da classe intectual, Salazar não poderia ter sido mais revelador: "Comece-se por Aquilino".

Finalmente Aquilino Ribeiro, o "Obreiro das Letras", terá as merecidas honras de Panteão. Tudo quase em silêncio, ao qual não escapou a própria blogoesfera [lendo blogues de "referência"].

É pena que assim seja, mas não é estranho.