quarta-feira, 9 de maio de 2007

DGCI

A substituição de Paulo Macedo, vem por o fim a um debate politicamente incómodo: a lógica das remunerações no Estado.
Parece-me no entanto que o caso de Paulo Macedo é um falso caso: nunca antes nenhum Director Geral das Contribuições e Impostos tivera os mecanismos actuais ao seu alcance e – principalmente – um Governo tão empenhado no combate à evasão fiscal [melhor dizendo: à cobrança de receita]. Nos tempos de Cavaco Silva e, principalmente, de António Guterres os escândalos de dívidas ao Fisco prescritas sucederam-se, até mesmo por força de uma ideia absurda de sustentação de empresas e respectivos postos de trabalho por força da vista grossa do Estado [além de outros eventuais interesses mais obscuros...].
Daí que outro Director Geral, com os mesmos meios e com um Governo exigente, terá também bons resultados. Tudo tem a ver com o que se exige e o que se disponibiliza.
j.marioteixeira@gmail.com