terça-feira, 19 de junho de 2007

Pela punição ao terrorismo ambiental

"Seis especialistas de algumas das mais prestigiadas instituições científicas dos Estados Unidos alertam hoje numa publicação britânica que a civilização está ameaçada pelas alterações climáticas".
Urge abordar o combate ao terrorismo ambiental. Aquele que é tantas vezes praticado, seja por acção ou omissão, até por paladinos da democracia, dos direitos humanos e afins.
As potências do G8 têm responsabilidade acrescida na matança do nosso planeta, quer pelas indústrias devastadoras que possuem quer pelos seus interesses na indústria e no comércio de armamento.
Não há maior terrorismo do que a vista grossa que EUA, Rússia e China - para falar nos principais - fazem face aos apelos e alertas de perigo eminente lançados por cientistas de todo o mundo.
Porque é que se responde por crimes de guerra, por genocídio, por terrorismo, e se invade países por tais razões, mas não se tipifica internacionalmente o crime de terrorismo ambiental, responsabilizando pessoalmente os infractores?
Se se pode acusar, julgar e condenar com pena efectiva de prisão – incluindo a perpétua - por genocídio ou crimes de guerra, então também deveria estar sujeito à mesma repressão punitiva quem colabora na aniquilação do planeta em que vivemos.
Que bom seria se ao banco dos réus não fosse só parar os tiranos que matam – isto é: mandam matar - pela bala ou pela bomba, mas também os que matam o suporte natural das nossas vidas. O terrorismo ambiental é deveras maior, em termos de consequências globais, do que qualquer tragédia humana do passado, incluindo o horrendo nazismo. Todavia não parece chocar da mesma maneira, e compreende-se: ainda não chegamos ao ponto de podermos comparar materialmente. Mas quando pudermos, dificilmente servirá perceber a diferença.