quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Fado

O desemprego, ao contrário do prometido, cresce.
O sentimento de insegurança continua, apenas não é tão falado na televisão porque abrandou a onda de assaltos violentos. Abrandou, não acabou.
O novo Tratado Europeu, fundamental que era para a Europa e, por isso, para os europeus, cujo referendo foi prometido, como não é entendido pelos europeus (para além de portugueses também somos europeus, dizem), e pelos vistos também não será entendível - logo de nada vale explicá-lo -,tudo está preparado para o mesmo não ser, afinal, sujeito a consulta popular.
A floresta arde em "incêndios fora de época" e os meios disponíveis - por ser fora de época - não são os necessários. As queimadas continuam, a prevenção notoriamente não existe, e a vigilância também não.
Aos alunos deixou de ser exigida assiduidade para efeitos de avaliação, isto num país de forte abandono escolar e de défice qualitativo escolar - esse sim perigoso.
Altera-se a lei criminal no sentido de se estender a figura de "crime continuado" a quem viola repetidamente o mesmo menor (ou seja pratica um só crime).
Promove-se o não recurso à Justiça, e não resolução efectiva e célere dos litígios.
Enquanto isso, como que à margem do país, no Parlamento, o debate mensal é usado pelo PSD e PS para um espectáculo de ajuste do contas. Debate onde, curiosamente, o grande assunto levado pelo Governo foi a saúde oral.