Estatística [3]
O Senhor "X", de 75 anos, aposentado, vive no Distrito do Porto, e devido a problemas pulmonares, tem de fazer inalação terapêutica de oxigénio todos os dias durante longas horas.
Para possuir um aparelho que lhe permita fazer tal terapêutica em casa, carece de receita médica que tem de ser renovada a cada 30 dias, caso contrário não tem direito á comparticipação.
O seu médico, em consulta particular (pois carece de um acompanhamento que o SNS não lhe garante), emite-lhe prescrição em triplicado, valendo assim por 3 meses. Depois, o Senhor "X", que no seu posto médico encontra-se no lote chamado de "recurso" (não tem médico de família, fica numa espécie de lista de vagas), tem de pagar a taxa moderadora de € 3,50 todos os meses para que lhe seja emitida a prescrição que lhe possibilite a comparticipação do oxigénio do qual precisa para viver, porque no posto médico já não se emitem receitas em triplicado.
Na prática o Senhor "X" tem uma avença com o posto médico. Na prática o encargo com a saúde em sede de taxas moderadoras - sem contar com os aumentos - triplicou.
Há muitos mais portugueses para além do Senhor "X" a quem lhes aconteceu o mesmo. Aguarda-se por estudo estatístico, quando for oportuno...
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