segunda-feira, 11 de abril de 2005

Os profetas da desgraça...

... afinal de contas são os defensores do "Sim" à Constituição Europeia:
"Paris, 11 Abr (Lusa) - O primeiro-ministro francês, Jean-Pierre Raffarin, advertiu hoje que uma vitória do "Não" no referendo francês à Constituição Europeia poria termo à "casa Europa", ao falar do debate televisivo pelo "Sim" que o presidente, Jacques Chirac, realizará quinta-feira com jovens.
"Devemos levar a construção europeia até ao fim. Não devemos acreditar que é possível outra Europa. Se pusermos termo ao que as gerações precedentes construíram, levaremos muito tempo a reconstruir a casa Europa", afirmou Raffarin num encontro com responsáveis municipais e regionais em Antibes (sudeste de França).
Perante as sondagens, que, desde meados de Março, dão o "Não" como vencedor, o chefe do executivo conservador quis confrontar cada eleitor com as suas responsabilidades, ao afirmar que a decisão que tomarem no referendo de 29 de Maio não pode ser "leviana".
Raffarin, que esgrimia um exemplar da Constituição Europeia, pediu um "sim do coração", enquanto enunciava mais uma vez tudo o que, de acordo com os seus partidários, o tratado constitucional traz à Europa e a França.
O referendo, reiterou, "não é um plebiscito" e não é sobre "alternância".
Entretanto, em Rennes (noroeste de França), o ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Joschka Fischer, juntou-se ao seu homólogo francês, Michel Barnier, para fazer campanha pela Constituição, advertindo que, "se se ficar com o tratado de Nice (2000), é o fim da União Europeia".
"A decisão francesa é muito importante. Não tem um carácter interno. O futuro da Europa depende desta decisão", disse o chefe da diplomacia alemã, enquanto Barnier defendia, na mesma linha, não se tratar de um debate "franco-francês, mas sim europeu
".
[...]
[in Lusa]
Está visto que se houver chumbo é o fim do mundo. É o retorno ao que temos agora e, pelos vistos, o que temos agora é o fim. Isto parece um parodoxo, um dogma, mas isso é normal nas profecias da desgraça. E o pior é que já se esgotaram os segredos de Fátima [ou será que não?...].
Está fora de hipótese rever o processo que levou à redacção da "bendita" Constituição Europeia. Nada disso. Para a frente é que é o caminho, não importa para onde ele nos leva.
Já só falta vir a Igreja e dizer que votar "Não" é pecado, é sacrilégio
Não se admirem: a génese da Constituição Europeia é paradigmática.