quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

O Tono (2)

O repórter aborda Tono, afim de saber o que acha de semelhante tiroteio no seu bairro.
- Acho mal: incomoda-se as pessoas e quem trabalha...
- Quem trabalha?
- Sim, pois, claro. Quem trabalha: está com tudo preparado para fazer um assalto e vem a bófia dar cabo de horas de trabalho de preparação.
- Mas tratava-se de um assalto...
- É trabalho, chefe. Eu queria ver se a bófia gostava que a gente lhes fizesse o mesmo.
- Como assim?
- Olhe, que chegassemos àquelas bancas que eles fazem com o material que apreendem tipo notas, armas e munições, que eles põem muito bem arranjadas, que não há gajo da vandoma que saiba fazer uma banca assim, e chegar lá e dar cabo daquilo. Eles iam gostar? Não iam...
- Mas não o preocupa este aumento da violência?
- Claro, por isso é que acho que a bófia não devia ter armas: havia menos tiroteios e confusões.
- Uma última pergunta: o senhor o que faz?
- Neste momento eu estou na minha hora de descanso... mas olhando bem para o relógio que você tem no pulso, acho que terminou o intervalo.
- Tem de regressar ao trabalho?
- Exactamente. Por isso manda para cá o relógio e a carteira.
- Mas o que é isso? E porque está a apontar-me uma arma?
- Para evitar problemas: a maior parte dos assaltos que correm mal, acontecem por falta de colaboração. Manda pra cá o "cuco" e o alforge, e desmarca-te daqui pá...

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Assim vai capitulando a República

No meio das febres "Obama" e "Freeport", regadas com a crise financeira e as rigorosas condições climatéricas, ficou a saber-se que o modo que o Ministro da Justiça encontrou para resolver o problema dos assaltos às caixas de multibanco dos tribunais foi mandar retrirar as caixas de multibanco dos tribunais.
Trata-se de (mais) uma vergonhosa capitulação da República face à ladroagem.
Um dia, o Estado irá aconselhar o cidadão honesto a esvaziar a casa ou mesmo a não sair de casa, para que não seja vítima de assalto.
Uma vergonha,ou pior: uma falta de vergonha. Própria de uma sociedade que se tem especializado, por força da falta de competência, honestidade e de coragem de responsáveis políticos, a fugir dos problemas ao invés de os resolver.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

O homem e o santo

Mesmo para aqueles que por cá olham para os EUA como o berço de todos os males, há sempre uma tendência para demandar àquele país a resolução de todos os males do mundo.
Os EUA ora metem-se onde não devem ora deviam e não o fazem.
Para Obama, cujo dicurso não se afasta da clássica lógica norte-americana de potência líder, são esperadas muitas coisas. Talvez coisas a mais. Mesmo porque o seu primeiro esforço, árduo e moroso, terá de ser a busca de soluções para os problemas criados e sustentados pela administração de George Bush.
Se Obama conseguir tal feito neste seu primeiro mandato, já será um ganho extraordinário não só para os EUA e sua imagem no mundo, como para o resto do globo.
Haja, no entanto, o cuidado de ter em atenção que Obama é humano. Ele irá errar. Saibamos olhar para ele como homem e não como santo milagreiro.

Perspectivas (fumeiro)




Depois do trabalho, o orgulho na obra feita.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Aviso à navegação [actualizado]

Este blogue regressa às publicações a 26 de Janeiro.