quinta-feira, 30 de junho de 2005

Quem disse?

Quem foi que disse que pelo facto de ser Besta não se pode ser útil aos nervos de alguém?

j.marioteixeira@sapo.pt

Na calha


A 12 de Julho, Willie Nelson vai lançar o seu mais recente trabalho, “Countryman”. Um álbum que combina country, reggae e gospel.
Para mais informações sobre o álbum, ir até aqui.
j.marioteixeira@sapo.pt

Adeus a Emidio Guerreiro













Morreu um combatente, um Guerreiro. Um homem de ideais, de convicções. Um dos últimos românticos de uma casta que desaparece e que não tardará a fazer falta.
Opositor ao fascismo, guerrillheiro da Resistência Francesa ao nazismo, combatente político da liberdade da Revolução de Abril.
Estamos mais pobres. Podemos não dar por isso, mas estamos. Já estávamos antes. Sejamos capazes de, pelo menos, guardar a riqueza dos valores que formam o seu legado. Pelo menos isso.

j.marioteixeira@sapo.pt

Lembrando


Há 71 anos dava-se início à “Noite dos Longos Punhais” ou “Noite da Purga Sangrenta”, do Partido Nazi. Na noite de 30 de Junho de 1934, a ala nacionalista liderada por Adolf Hitler levou a cabo uma operação de assassínio dos membros do Partido Nazi da ala socialista. Oficialmente terão sido assassinados cerca de 77 militantes.
A cadeia de comando de toda a operação foi levada a cabo por Hitler, Göering e Himmler.
j.marioteixeira@sapo.pt

Alma lusa

"Andar num torniquete": estar muito atarefado/a.

j.marioteixeira@sapo.pt

Perspectivas [Ribeira IV]



















Assim se alinham os prédios na Praça da Ribeira.

j.marioteixeira@sapo.pt

quarta-feira, 29 de junho de 2005

Lembrando


[Fonte: Saint-Exupéry]
Há 105 anos nascia em Lyon, França, Antoine Marie Roger de Saint-Exupéry.
Começou por estudar arquitectura, mas optou pela aviação da qual fez paixão. Foi aviador fazendo serviço postal aéreo entre Toulouse e Dakar. Mais tarde alistou-se como piloto de guerra na Força Aérea Francesa, contra os alemães. Posteriormente emigrou para os EUA onde se alistou para combater nas Forças Aliadas. Naquela que seria a sua última missão de guerra, a 31 de Julho de 1944, Antoine de Saint-Exupéry perdeu a vida.
Mais do que o seu passado de combatente dos ares, ficou a sua obra, com especial relevo para o eterno ”Le Petit Prince” (1943).
j.marioteixeira@sapo.pt

Reagan é o maior!

"O ex-presidente dos EUA Ronald Reagan, falecido no ano passado aos 93 anos de idade, foi eleito o maior americano de todos os tempos, pelo menos é o que revela um estudo realizado nos EUA pelo canal de televisão Discovery e pelo site AOL.
De acordo com a pesquisa, Reagan ficou à frente do presidente que aboliu a escravidão nos EUA, Abraham Lincoln, e do defensor de direitos civis, Martin Luther King, que ficaram, em segundo e terceiro lugar, respectivamente
".
Aqui está um sinal pacificador para George "War" Bush quanto ao seu legado histórico.

Alma lusa

"Morder nas canelas de alguém": maldizer ou censurar uma pessoa.

Perspectivas [Ribeira III]

Chegados à Praça, descendo a Rua de S. João.

terça-feira, 28 de junho de 2005

Lembrando


[Fonte: Philosophy Pages]
Há 293 anos nascia em Genebra, Suiça, um dos mais marcantes pensadores de sempre: Jean-Jacques Rosseau.
O seu pensamento político e social influenciou quer a Revolução Francesa quer posteriores movimentos ideológicos como o comunismo e o socialismo.
Ícone do seu legado é a premissa do “O Contrato Social” segundo o qual o Homem embora nasça livre encontra-se sempre aprisionado de alguma forma, porque existe um pacto pelo qual entrega parte da sua liberdade pela segurança da ordem social.
Muitas são as suas citações, como “Finança é uma palavra de escravos”. Hoje, não é difícil de perceber o seu sentido.
Faleceu em 1778.
j.marioteixeira@sapo.pt

RTP sem restrições orçamentais é outra coisa!

"Lisboa, 27 Jun (Lusa) - A grelha de Verão da RTP1 para este ano será marcada por apostas cinematográficas, operações especiais e pela ausência das repetições de formatos, divulgou hoje a direcção de programas do canal público num encontro com jornalistas.
"Este ano conseguimos fazer uma planificação que reduz o número de repetições de programas ao longo do Verão", afirmou o director de programas do canal Nuno Santos, relembrando que em anos anteriores as opções de programação estiveram sujeitas a algumas restrições orçamentais
." [...]
[in Lusa]

Os tais sinais de retoma

"Os clubes portugueses estão a render-se às maravilhas do merchandising. Depois de muitos anos de costas voltadas a esta realidade (enquanto várias formações europeias viam nela uma fonte de lucros), os emblemas nacionais começam finalmente a valorizar as suas marcas. E de que forma só no caso do Benfica, em Maio, os encarnados aumentaram em 300% a facturação da venda dos seus produtos em relação ao mês anterior - frutos da conquista do título, onze anos depois do último triunfo".
[in DN]

Será para levar a sério?

"O ex-ministro da Economia Pina Moura encabeça a lista do PS à Assembleia Municipal de Seia.Natural da freguesia de Loriga, Seia, Joaquim Pina Moura é actualmente deputado na Assembleia da República eleito pelo círculo eleitoral da Guarda.Para a presidência do Município de Seia, o PS recandidata Eduardo Brito".
[in DN]

Alma lusa

"Tocar na fibra de alguém": sensibilizar ou emocionar uma pessoa.

Perspectivas [Ribeira II]


Vagueando pela Ribeira, como aqui na Rua da Fonte Taurina.
j.marioteixeira@sapo.pt

segunda-feira, 27 de junho de 2005

Dúvida

Se durante a campanha eleitoral José Sócrates afirmou que não iria aumentar à idade da reforma, sem que antes fosse feito um estudo sério e objectivo sobre se tal seria ou não solução, e uma vez que acabou por adoptar tal medida, alguém sabe em que estudo, afinal, se baseou?

Lembrando


Há 125 anos nascia Hellen Adams Keller, em Alabama, EUA.
O seu passado de luta desde uma infância marcada pela surdez e pela cegueira até ao movimento activista que fundou e fez crescer em prol da luta pelos direitos dos cegos e dos surdos é absolutamente notável.
Uma grande mulher do Séc. XX, cuja vida e obra pode ser compreendida aqui, aqui, aqui e aqui
Faleceu em 1968.

j.marioteixeira@sapo.pt

A gaffe: os pesos e as medidas

"É um pronunciamento sobre um despacho do governo regional de um tribunal dos Açores, que não é de Lisboa nem respeita à República Portuguesa, portanto não respeita ao nosso sistema".
Errar qualquer um de nós erra. A diferença está, fundamentalmente, em duas coisas: o modo como o erro é asumido e o tratamento que alguns erros têm em relação a outros.
A Ministra da Educação deu a pior argumentação que poderia ter dado: não é jurista e estava sob pressão da comunicação social. Não sendo jurista, é para isso que serve o seu gabinete de apoio que conta com diversos técnicos entre os quais juristas. E quanto à pressão a mesma não colhe: a declaração foi feita num telejornal da Sic Notícias e não à saída do seu Ministério em qualquer turbilhão de jornalistas à sua espera munidos de câmaras e microfones.
Teria sido bem melhor que tivesse assumido a infelicidade das suas declarações. Pois pior do que cometer um erro é querer emendá-lo com outro. Foi isso que Nixon e o resultado é histórico.
Mas terá tal episódio tanta relevância?
Passando os olhos pela blogoesfera, ao fim destes dias, percebe-se que a importância é diminuta, que poucas foram as críticas e as reacções. Mesmo em determinados pontos da blogoesfera onde tal episódio se tivesse ocorrido durante o desastroso principado de Santana Lopes, seria dissecado de fio a pavio.
A relevância da gaffe da Ministra da Educação não passa tanto pela falta de destreza com que a mesma a provocou e a tentou corrigir, mas antes nos diferentes critérios de exigência com que as coisas são tratadas.
Não serve isto nem para branquear o principado de Santana Lopes, nem para dramatizar a gaffe da Ministra. Serve apenas para se constatar diferenças de tratamento, de exigência, de rigor e de tolerância em apenas seis meses.

Alma lusa

"Obra de fachada": diz-se do aparatoso empreendimento de pouca utilidade.

Notas de Segunda [fora de horas]

1 – A candidatura de Carrilho à Câmara de Lisboa começa a denunciar um claro erro de opção. A escolha poderá sossegar algumas sensibilidades do aparelho do PS, ou quaisquer outros interesses, mas parece custar demasiadamente caro em termos de risco político.
2 – Findo o debate parlamentar, e vistas as opções do orçamento rectificativo, que conta já, também ele, com rectificações, conclui-se que certas promessas eleitorais e seus fundamentos não resistiram ao embate de 100 dias de governação. Talvez seja isto que ainda mais assuste o PS quando pensa em eleições autárquicas.
3 - Foguetes, muitos foguetes, e respectivas canas, continuam a ser lançados em aldeias e vilas de Portugal. Acontece à vista de toda a gente, autoridades incluídas, lançando fogachos por onde calha.
4 – No país orgulhosamente europeu da Expo 98 e do Euro 2004, das problemáticas da obesidade e do tabagismo, ainda há aldeias que não têm luz e a rede de saneamento básico ainda é deficitária em todo o Portugal continental e insular. Contrastes indicativos de um “terceiro mundismo” ainda latente entre nós.

Perspectivas [Ribeira]


Por entre o casario da Ribeira, há intervalos assim.
j.marioteixeira@sapo.pt

quinta-feira, 23 de junho de 2005

"Romanos "reconquistam" Famalicão"


Durante os dias 24, 25 e 26 de Junho, V.N. de Famalicão servirá de palco ao memorial romano.
O programa está aqui.

j.marioteixeira@sapo.pt

Lembrando


[Foto: Enciklopedia Fazecas Gallery]
[Fonte: Nobel Prize]
Há 61 anos Thomas Mann [Paul Thomas Mann, nascido na Alemanha em 1875] tornava-se cidadão norte-americano, mercê da sua fuga à Alemanha nazi. Antes da sua emigração forçada, escrevera já obras marcantes como “Morte em Veneza” [1912] e “A Montanha Mágica” [1924] e ganhara o Prémio Nobel da Literatura em 1929. Em 1947, nos EUA, escreve a sua última grande obra “Doutor Fausto”.
Os seus conflitos interiores em volta da sexualidade emergem na sua obra, marcada por um notável sentido estético do erotismo.

j.marioteixeira@sapo.pt

Fosse diferente

A manifestação da extrema-direita não deverá ser desprezada pela pouca movimentação que demonstrou. Muito mais gente teria participado se o estigma "extrema-direita" não pairasse sobre as palavras de ordem. E teriam participado porque há um largo número de portugueses que se sentem inseguros nos comboios e nas ruas, que não acreditam nas instituições como os tribunais e que começam a ter asco à classe política.
Fosse aquela uma manifestação sem o timbre "extrema-direita" e teríamos muito mais gente descontente com a falta de segurança pública, descontente com a morosidade e a inoperância da Justiça, descontente com os membros da classe política que mentem e delapidam o interesse público, descontente com os serviços sociais que o Estado presta de modo desigual e injusto.
O perigo não está na movimentação da "extrema-direita", mas antes na existência real dos argumentos que possibilitam a radicalização dos discursos e das palavras de ordem. Esses argumentos existem e só podem ser combatidos pela assunção por parte do Estado das suas obrigações e em igual medida pelo exercício descomplexado da sua autoridade.
O perigo não está no aproveitamento dos argumentos. O perigo existe porque existem argumentos.

Dúvida

Haverá real interesse em abordar questões sociais sem complexos como o caso da etnia cigana, ou o correio da droga e o comércio da contrafacção não permite?

Alma lusa

"Dar na fina": ter sorte ou acertar.

Perspectivas [Amarante VII]


Na despedida de Amarante, a curiosidade de uma "árvore-toca", junto ao passeio fluvial.
j.marioteixeira@sapo.pt

quarta-feira, 22 de junho de 2005

Lembrando


[Fonte: The Internet Movie Database e Reel Classics]
Há 99 anos nascia Samuel Wilder, numa região do antigo Império Austro-Húngaro, hoje da Polónia.
A sua ascendência judaica obriga-o a fugir da Alemanha nazi, emigrando para os EUA, onde continuou a dedicar-se ao cinema como argumentista, realizador e produtor, alcançando uma invejável reputação [6 Óscares da Academia] sob o nome Billy Wilder.
Do seu vasto legado, ficam filmes marcantes como “The Big Carnival” [ou “Ace in the Hole”], “The Apartment” ou “Witness for the Prosecution”.
Faleceu em 2002.

j.marioteixeira@sapo.pt

Alma lusa

"Desmanchar a futrica": denunciar uma trapaça.

j.marioteixeira@sapo.pt

Perspectivas [Amarante VI]


Na margem esquerda do Tâmega, não faltam esplanadas sobre o rio recheadas de doces conventuais.
j.marioteixeira@sapo.pt

terça-feira, 21 de junho de 2005

Lembrando


[Foto: CD Universe]
Há 40 anos, a banda The Byrds lançava o álbum “Mr. Tambourine Man”, nome de uma canção da autoria de Bob Dylan.
Um outro tema famoso desse álbum é a canção “We´ll meet again”, que está disponível [penas um trecho] no blogue Pula Pula Pulga, em jeito de “até um dia” [que tarda a chegar].
j.marioteixeira@sapo.pt

É igual

Conversa entre cliente e empregado, escutada ontem num café:
- Quero umas águas das Pedras, frescas.
- Com ou sem gás?
- Se é das Pedras, é com gás.
Um minuto depois o empregado pousa na mesa uma garrafa de águas de Carvalhelhos. Com gás.
É típico do nosso país pedir-se uma coca-cola e darem-nos uma pepsi, pedir um trinaranjus e darem-nos Sumol. Como se fosse, também, normal pedir uma sande de presunto e darem-nos uma de fiambre ou de paio, pedir uma garafa de vinho maduro do alentejo e darem-nos vinho do Douro. Carne é carne, vinho é vinho, água com gás é água com gás.

Alma lusa

"Sair ao facho": espairecer.

Verão

Começou hoje, às 7 horas e 46 minutos.
j.marioteixeira@sapo.pt

Perspectivas [Amarante V]


A “Casa da Calçada”, na margem esquerda do Tâmega.
j.marioteixeira@sapo.pt

segunda-feira, 20 de junho de 2005

Lembrando


[Fonte: Dossier Jean Moulin e Spartacus Educational]
Há 106 anos nascia Jean Moulin, em Béziers, França.
Depois de se formar em Direito e de seguir a carreira política, optou em 1940 pela luta da Resistência Francesa. Foi o seu primeiro líder, por solicitação do próprio General Charles de Gaulle, presidindo ao Conseil National de la Résistance, apesar das diversas divisões internas que aquele movimento sofria.
Foi capturado, interrogado e torturado pelas forças nazis em meados de 1943, acabando por morrer a caminho do campo de concentração que lhe fora destinado pela Gestapo.
As suas cinzas encontram-se no Panteão Nacional, em Paris.

Dúvida

Afinal de contas quais eram os objectivos do Governo português na discussão do Orçamento da União Europeia?

Alma lusa

"Ao atar das feridas": à ultima da hora ou de modo precipitado.

j.marioteixeira@sapo.pt

Alô

Dantes, quando se telefonava, perguntava-se pela pessoa com quem se queria falar.
Hoje telefona-se e pergunta-se à pessoa onde ela está.

Notas de Segunda

1 - A postura de ameaça afrontosa dos senhores juízes ao Governo é o princípio do preço a pagar pela conduta errante de um Ministro da Justiça inócuo. Tanto mais que é patente que a Justiça não é prioridade deste Executivo, pelo que seria politicamente necessário um Ministro que, pelo menos, soubesse como empatar. Mas nem isso.
2 - As críticas à escolha do momento para greve por banda dos professores, esquece algo que é básico na construção do conceito do direito à greve: será tão ou mais eficaz quanto o impacto que provocam. Se começa a ser voz corrente criticar a convocação de greves para momentos que visam ampliar o seu impacto, então talvez seja hora de eliminar tal direito constitucional.
3 - A manifestação da extrema-direita não revela falta de perigo porque apenas reuniu uns poucos manifestantes. Antes se pronuncia como perigosa atendendo que há social e politicamente razões bastantes para os argumentos radicais, populistas e demagogos se espalharem.
4 - A discussão em torno do Orçamento da União Europeia mostrou que, afinal de contas, a tese da coesão económica e social como preocupação maior do projecto Europeu acima de quaisquer soberanismos se desfaz por completo quando o que se discute é dinheiro. Espanta que os mais radicais defensores do "Sim" à Constituição Europeia, a propósito da PAC e do fracasso das negociações, ainda não tenham classificado Chirac de soberanista.

j.marioteixeira@sapo.pt

Perspectivas [Amarante IV]


Inspirações artísticas e sentidos estéticos singulares. Felizmente.
j.marioteixeira@sapo.pt

sexta-feira, 17 de junho de 2005

Afinal

A guerra foi dada por terminada há muito, e no entanto ainda surgem notícias como esta aqui.

Em que sentido? II

Começa-se a perceber qual é, afinal, o sentido da propalada "pausa para reflexão": ganhar espaço de manobra e tempo para voltar a impingir o mesmo Tratado.
A União Europeia mostra, assim, os sinais da sua maior fraqueza: a incapacidade para debater os rumos e a vontade acérrima de obrigar os povos a seguir o caminho apontado por um directório de interesses escondidos por detrás da lógica convencional.
É interessante ver o percurso de Chirac que, após a profunda reprovação das suas intenções, tenta agora sobreviver à derrota aliando-se às movimentações que, claramente, querem impor o Tratado Constitucional Europeu, fazendo-o vingar nem que seja pelo cansaço.
A "pausa para reflexão" assumiu hoje um claro propósito: uma segunda volta.

Lembrando

Há 77 anos, Amelia Mary Earhart começava a viagem que a tornaria a primeira mulher a voar sobre o Oceano Atlântico, ainda que sem pilotar.
O feito conseguido deu mote a uma grande mudança na sua vida, dedicando-se em exclusivo à aviação, desenvolvendo projectos como piloto.
j.marioteixeira@sapo.pt

Olhem só...


... quem esteve presente no Cortejo Histórico das Festas Antoninas de Vila Nova de Famalicão: o nosso amigo Jumento.

j.marioteixeira@sapo.pt

"Francez Sem Mestre"

O livro é antigo, data de 1941, está embrulhado em papel vegetal grosso, acastanhado e ensebado pelo tempo. Nas suas primeiras páginas, o seu autor informa:
O Francez Sem Mestre, pronuncia, grammatica, conversação, correspondência, literatura, ao alcance de todas as inteligências e de todas as fortunas, adequado ao uso dos portuguezes e dos brasileiros, por Joaquim Gonçalves Pereira, premiado com medalha de ouro na exposição do Rio de Janeiro de 1908” [sic].
Sétima edição, consideravelmente melhorada” [sic].
É daqueles livros que valem quer pelo conteúdo quer pelo que significam.
O conteúdo reporta-se a lições de francês, em que o leitor é orientado na aprendizagem daquela língua, sem necessidade de acompanhamento por um mestre. O título diz tudo.
O que ele significa é muito mais do que isso. Significa que um homem em Janeiro de 1941, aos 41 anos, achou por bem adquiri-lo para apurar os seus conhecimentos de francês. Estivera a trabalhar em França nos anos vinte, em Pas de Callais, durante a reconstrução após a 1ª Guerra Mundial. Trabalhou, aprendeu, aforrou e regressou a Portugal para se lançar na construção civil por sua iniciativa. E assim fez. Quis ir mais longe do que o exame da quarta classe ou as origens proletárias, alguma vez lhe poderiam sugerir.
As anotações estão lá, em forma de breves glosas, datadas, lição após lição, exercício após exercício.
Hoje o livro, depois de passar pelas mãos daquele homem e pelas mãos do seu filho, repousa na estante do escritório do neto. É mais do que um livro, é um ponto de partida para memórias, recordações, que encerra mais de sessenta anos de histórias. Como tantos outros livros. Um livro que dá especial orgulho em cuidar.

Perspectivas [Amarante III]


Calcorreando por Amarante. Ainda.

j.marioteixeira@sapo.pt

quinta-feira, 16 de junho de 2005

Lembrando


[Fonte: IMDB]
Há 45 anos estreava-se em Nova Iorque o filme “Psycho”, com argumento de Joseph Stefano, e produção e realização de Alfred Hitchcock.
O personagem Norman Bates não só marcou muitos dos espectadores, como, principalmente, o actor que o interpretou, Anthony Perkins, que jamais se conseguiu libertar dele.
Aliás o personagem é baseado num assassino real, Ed Gein.
j.marioteixeira@sapo.pt

Em que sentido?

Primeiro foi Freitas do Amaral, a título pessoal, depois Mário soares, depois o PS, por fim parece que a ideia começou já chegar ao PSD e ao CDS, rumando também para S. Bento: acerca do referendo da Constituição Europeia, talvez não fosse mal parar para reflectir.
A questão é saber o que entendem tais ilustres como "pausa para reflectir". Mais concretamente: qual a reflexão que é necessária fazer?
Se for reflectir sobre a Europa, deixando de lado soberbas e arrogâncias, para que se compreenda o que esteve mal em todo este processo, quais os caminhos alternativos e que Europa é esta que os 25 povos querem construir, a "pausa" é de aplaudir.
Se o termo reflectir é um eufemismo para "estratégia" com vista à construção de uma nova manobra que visa dar o mesmo rumo à Europa que visava a Constituição Europeia, então o desacordo é total.
Um pouco mais de clareza de intenções é exigível a quem governa e à classe política em geral. Certamente que obriga a compromissos e a coerências, mas é já tempo de quem tem estatuto de líder assumir opções com a correspondente coragem.
Numa palavra: definam-se.

Grocery Store Wars

Muito interessante e elucidativa esta animação Grocery Store Wars, promovida pela Organic Trade Association.
Uma reflexão com muito humor sobre o rumo da nossa alimentação e do próprio planeta.

j.marioteixeira@sapo.pt

Perspectivas [Amarante II]


Continuando por terras de São Gonçalo.
j.marioteixeira@sapo.pt

quarta-feira, 15 de junho de 2005

Pobreza

O modo como episódios da luta anti-fascista, das torturas e dos cárceres, são abordados como curiosidades pelos repórteres de rua que acompanham o cortejo fúnebre de Álvaro Cunhal.
São sinais da incapacidade que vamos manifestando para lidar com o passado, e do obscurantismo que se levanta em volta da luta do movimento comunista durante o Estado Novo. Falta a concliação com a história, que levará ainda muito tempo a acontecer. Até lá teremos perguntas pobres, que empobrecem as mais ricas das respostas.

Saudades

Recordo com alguma nostalgia os antigos parquímetros, individuais, em que se rodava um manípulo e um ponteiro indicava o tempo que tinhamos para tratar da nossa vida.
Hoje, temos uns tantos matacões espalhados pelas ruas das cidades, como que a dominar os seus caciques que não são mais do que áreas de estacionamento [ruas, praças, etc]. Temos de sair do carro, fechar a porta, ir até à máquina, introduzir as moedas, retirar um reles talão em papel térmico [que vale como comprovativo da despesa paga mas cujas resistência e durabilidade não cumprem as exigências da nossa lei fiscal] com o tempo creditado, voltar a abrir a porta do carro, introduzir o reles talão sobre o tablier do carro, voltar a fechar a porta e ir à vida. Se isto já é chato, imagine-se nos dias de chuva.
Saudades daquele correr de parquímetros, ordenadamente alinhados junto à guia do passeio, logo ali ao lado do nosso carro, como se de esteios se tratassem.
Saudades do conforto que propocionavam, de pagar e logo seguir caminho.
São estas pequenas coisas, pequenas fontes de saudade, que nos indicam as prioridades dos tempos de hoje: primeiro a rentabilidade, depois as pessoas.

Lembrando


Há 411 anos nascia Nicolas Poussin, na Normandia.
Foi um dos mais influentes pintores do Séc. XVII, trabalhando principalmente em Roma, mas também ao serviço de Luís XIII, por ordens do Cardeal Richelieu.
A sua obra traduz realismo, força, e enaltece as formas, as expressões e a luz.
É considerado um dos mestres da pintura mais influentes de sempre.
Para quem o queira descobrir um pouco mais, poderá aceder aqui.

j.marioteixeira@sapo.pt

O sapo II

"Vitorino rejeita apelo de Sócrates"
"José Sócrates voltou a falar, há uma semana, com António Vitorino sobre a hipótese deste ser candidato às eleições presidenciais, mas, segundo o DN apurou, o ex-comissário europeu manteve-se irredutível na recusa dessa possibilidade". [...]
[in DN]
O desespero de José Sócrates é grande e António Vitorino parece estar mesmo disposto a fazê-lo sofrer.
O espectro de que falei aqui, começa a ganhar cada vez mais consistência.

Perspectivas [Amarante]


A Igreja de S. Gonçalo, em Amarante. Vista da outra margem do Rio Tâmega, em dia de festa.

j.marioteixeira@sapo.pt

terça-feira, 14 de junho de 2005

Lembrando


[Fonte: ASCAP]
Há 76 anos nascia Cy Coleman, no Bronx. Depois de criança prodígio ao comando do piano, seguiu-se uma intensa carreira artística como compositor na Broadway durante 4 décadas.
Faleceu em 2004.

j.marioteixeira@sapo.pt

Iluminismo lusitano I

O cidadão “A”, necessita de uma declaração escrita de um entidade oficial acerca da finalidade de um certo sinal de trânsito colocado numa rua de uma certa cidade, a fim de instruir um processo de reclamação junto a uma companhia de seguros.
Dirige-se então à Câmara municipal dessa cidade, onde é informado pelos funcionários “B” e “C” de que tal assunto deverá ser tratado no Departamento de Obras Municipais, que dista daquela Câmara uns 1500 metros, indicando o nome do Sr. “D” como a pessoa indicada para a questão.
O cidadão “A” dirige-se então aquele departamento, onde é interceptado pelo porteiro, o Sr. “E”, que o interroga sobre os seus propósitos. O cidadão conta-lhe tudo o que se passou e o porteiro conclui que o melhor é ir a outro departamento que dista dali uns 3000 metros. Perante a surpresa do cidadão “A”, á mistura com alguma indignação, o Sr. “E” lá resolve então dizer ao cidadão para este ir então falar com o Sr. “D”.
O cidadão “A” tenta, então, falar com o Sr. “D” daquele departamento mas o mesmo não está, encontrando-se em serviço externo. É então informado por um outro funcionário, o Sr. “F”, que o melhor será dirigir-se à Junta de Freguesia onde se encontra o tal sinal de trânsito, que dista daquele local uns 1500 metros.
O cidadão “A” dirige-se então à Junta de Freguesia onde é atendido por um funcionário, o Sr. “G”, que lhe explica que a emissão da tal declaração se trata de uma competência própria da Câmara Municipal, pelo que terá de se dirigir a esta, mais concretamente ao Pelouro do Trânsito, que fica a uns 1000 metros daquela Junta de Freguesia.
O cidadão lá se desloca àquele Pelouro, onde é informado que tal assunto deveria ser tratado pelo Sr. “D” do Departamento de Obras Municipais, mas que também poderia pedir ali no Pelouro a emissão de uma certidão, se tal servisse os seus interesses.
Na próxima vez que o cidadão “A” ouvir falar em greves na função pública ou políticos a pedir sacrifícios para ultrapassar as constantes crises, é fácil adivinhar qual vai ser o seu pensamento: “Ide à merda!”

j.marioteixeira@sapo.pt

Dúvida

O que terão ou teriam feito durante a opressão da ditadura muitos daqueles que apontam o dedo acusador a Álvaro Cunhal?

Notas de Segunda [atrasadas]

1 - Juntamente com Vasco Gonçalves, a morte de Álvaro Cunhal põe um trágico fim a uma linhagem: a dos políticos com convicções e ideais. Levará, por certo, muito tempo, até que se compreenda o significado de tal perda. E até lá, haverá alguma gente a quem custará muito engolir tal realidade.
2 - Também a língua portuguesa está de luto, com a morte de Eugénio de Andrade. Fica a sua obra para nos embalar no que há de mais lusitano.
3 -Os acontecimentos na praia de Carcavelos denunciam uma perigosa dúvida a ter em conta: a mobilização de centenas de assaltantes foi organizada sem qualquer conhecimento por parte da polícia ou esta não agiu devidamente. Ambas as hipóteses são, evidentemente, graves.
4 - Face aos incêndios e ao aumento da actividades dos "gangs", o Ministério da Administração Interna lá vai anunciando medidas de reacção. Mais um Governo reaccionário, portanto.

Perspectivas [Viana do Castelo]


Os barcos, os carros e o comboio. Cada um no seu sentido. Em Viana do Castelo.
j.marioteixeira@sapo.pt

quinta-feira, 9 de junho de 2005

Gerações

Os passeios do centro de Vila Nova de Famalicão estão repletos de gente: pais, avós, tios, amigos, curiosos. Ocupam as portas das lojas, as esplanadas, as varandas e janelas.
Tudo porque decorre neste momento o Cortejo Histórico Infantil, no âmbito das Festas Antoninas que se intensificarão durante os próximos 4 dias.
Hoje, tradição e gerações misturam-se em cor e alegria.

Lembrando

[Foto: NNDB]
Há 114 anos, no Estado de Indiana, nascia Cole Porter, uma dos mais notáveis talentos artísticos norte-americanos do Século XX.
Porter compôs e escreveu com tal genialidade que influênciou diversas gerações, desde Ella Fitzgerald, Frank Sinatra e Mel Torme, até Bono e Diana Krall.
Da sua alma vieram canções como "Night and day", "I get a kick out of you" ou "I've Got You Under My Skin":
I’ve got you under my skin
I’ve got you deep in the heart of me
So deep in my heart, that you’re really a part of me
I’ve got you under my skin
I’ve tried so not to give in
I’ve said to myself this affair never will go so well
But why should I try to resist, when baby will I know so well
That I’ve got you under my skin
I’d sacrifice anything come what might
For the sake of having you near
In spite of a warning voice that comes in the night
And repeats, repeats in my ear
Don’t you know you fool, you never can win
Use your mentality, wake up to reality
But each time I do, just the thought of you
Makes me stop before I begin
’Cause I’ve got you under my skin
[Cole Porter, 1936]

Manifesto das Farmácias

A revista "Farmácia Saúde" da Associação Nacional de farmácias, de Maio passado, em edição especial [claro] apresenta diversos estudos e inquéritos, com gráficos, tabelas. Pelo meio surgem conclusões interessantes, como "as farmácias portuguesas são as que menos ganham na Europa".
Mesmo assim é interessante ver os valores pelos quais são alvo de transacção as farmácias.
Quem quiser ler este "Manifesto"poderá obtê-lo numa farmácia. Gratuitamente.

Dúvidas

Porque será que já não me surpreende a quantidade de incêndios que vão consumindo os nossos recusos logo nos primeiros dias quentes?
Será pela repetição vulgar, inconsequente e hipócrita do discurso da prevenção e dos meios?

Perspectivas [Boticas II]


Apreciando Boticas. Aqui, o tapete de pétalas e folhas em celebração do Dia do Corpo de Deus, que termina na Igreja Paroquial construída em 1880.

j.marioteixeira@sapo.pt

quarta-feira, 8 de junho de 2005

Validade

Outrora o Tratado de Nice era bom, imprescindível, um instrumento de vanguarda do Projecto Europeu. Hoje o vanguardismo está na Constituição Europeia, porque o Tratado de Nice é um estorvo e um anacronismo.
Quase todas coisas na vida tem uma validade. Algumas, bem mais breves do que se pensa.

A alguns ilustres defensores do "Sim"

Presunção e água benta...

Perspectivas [Boticas]


Finalmente em Boticas.

j.marioteixeira@sapo.pt

terça-feira, 7 de junho de 2005

É pena

Quem lê o que Vital Moreira escreve hoje no Causa Nossa, nem Jorge Miranda nem Pacheco Pereira saberão bem do que andam a falar quando defendem o "Não" à ratificação da Constituição Europeia, entre outras razões, pela falta de efectiva participação dos parlamentos nacionais na redacção do Tratado em causa.
Só faltou tal observação ter sido dita directamente aos próprios no programa de televisão.

Lembrando


[Fonte: Henry Miller Library]
Há 25 anos falecia um dos mais notáveis e provocadores nomes da literatura norte-americana: Henry Miller.

I believe that today more than ever a book should be sought after even if it has only one great page in it: we must search for fragments, splinters, toenails, anything that has ore in it, anything that is capable of resuscitating the body and soul. It may be that we are doomed, that there is no hope for us, any of us, but if that is so then let us set up a last agonizing, bloodcurdling howl, a screech of defiance, a war whoop! Away with lamentation! Away with elegies and dirges! Away with biographies and histories, and libraries and museums! Let the dead eat the dead. Let us living ones dance about the rim of the crater, a last expiring dance. But a dance!
[Henry Miller, in “Tropic of Cancer”]

j.marioteixeira@sapo.pt

Dúvida

Fará ainda sentido manter o referendo sobre a Constituição Euopeia nas actuais circunstâncias, que nem sequer servirá para debater a Europa porque será em simultâneo com o circo, perdão: o acto, eleitoral das autárquicas?

Oportunidade

"Uma delegação do PCP, chefiada por Jerónimo de Sousa, visita esta semana a China e o Vietname a convite dos respectivos partidos comunistas, em nome das relações de "amizade e cooperação". A delegação, que partiu ontem para Pequim e seguirá no final da semana para o Vietname, inclui Albano Nunes e Rosa Rabiais, da comissão política e Ângelo Alves, do comité-central".
[in DN]
Ora, aqui está um boa oportunidade para se meter uma cunha em defesa do têxtil nacional.

Lula em más águas

O Partido dos Trabalhadores (PT) do Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, terá subornado nos últimos dois anos os deputados da coligação no poder para, em troca, obter o apoio do Congresso. A denúncia partiu do presidente nacional do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), Roberto Jefferson, e caiu ontem como uma bomba no Palácio do Planalto, em Brasília.
Numa entrevista concedida ao jornal brasileiro Folha de São Paulo, Jefferson - que também se encontra sob investigação por corrupção -, explicou como funcionava o chamado "mensalão" mesadas de 30 mil reais (dez mil euros) eram todos os meses atribuídas pelo tesoureiro do PT, Delúbio Soares, a deputados e senadores dos partidos Liberal (PL), do vice-presidente José Alencar e Progressista (PP), do presidente da Câmara de Deputados, Severino Cavalcati que viabilizou no Parlamento as principais reformas do Governo brasileiro”.
[...]
[in DN]

O "Não" pela positiva [I]

Dizer "Não" à ratificação da Constituição Europeia é acreditar na pluralidade de escolhas, acreditar na defesa da livre vontade popular, acreditar que o Projecto Europeu tem força para continuar a ser um projecto de nações soberanas, acreditar que é possível construir uma Europa com base no voto e na representatividade.
Dizer "Não" à ratificação da Constituição Europeia é não aceitar a imposição de um modelo de Europa assente exclusivamente nos entendimentos convencionais desprovidos de legitimidade representativa ou sequer política.
Dizer "Não" não é ser do contra, mas sim estar contra a imposição de um modelo de construção europeia. Um modelo que é estranho à esmagadora maioria dos cidadãos porque até hoje o argumento dominante de apresentação das soluções é o da troca. O Projecto Europeu tem vindo a ser apresentado e "explicado" na lógica do deve e haver, de quanto se ganha ou se perder, de quanto se recebe de fundos ou se tem de participar nas despesas. Foi esta a via predominantemente utilizada para fazer marketing a favor ou contra o Projecto Europeu. E, no entanto, não se admite que na discussão em torno da Constituição Europeia se use a mesma lógica, sob condenação de se estar a confundir a Constituição com questões internas, com soberanismos ou egoísmos nacionais.
Dizer "Não" à ratificação à Constituição Europeia é obrigar a debater a Europa e obrigar à lógica de directória que tem presidido nos últimos anos ao Projecto Europeu a explicar aquilo que querem dar como um dado adquirido ou uma inevitabilidade. É obrigar a rever os pressupostos da lógica convencional com que se quer forjar a organização e o funcionamento da Europa.
É tempo de se discutir abertamente o Projecto, fora das paredes institucionais e dos debates à porta fechada. O Projecto Europeu não pode continuar a ser orientado numa lógica de conclave. Tem de resultar da participação popular livre e esclarecida. E aqui cumpre os diversos governos nacionais possibilitar e estimular esse esclarecimento, porque não há decisão responsável sem esclarecimento ou liberdade.
É este tempo que o "Não" permite que haja, contra o unanimismo e o pensamento único, que tanto se criticou às lógicas funcionais dos países de Leste e que agora surgem como um perigoso contorno às conquistas da liberdade de expressão e do respeito pela livre participação popular.

j.marioteixeira@sapo.pt

Perspectivas [a caminho]


Ainda a caminho de Boticas, desfrutando das cores vivas e do ar puro.

j.marioteixeira@sapo.pt

segunda-feira, 6 de junho de 2005

Lembrando

Há 80 anos um génio da indústria automóvel norte-americana chamado Walter Percy Chrysler, após ter exercido o cargo de Presidente da Buick Motor Company, funda a Chrysler Corporation, incorporando mais tarde no seu activo as marcas DeSoto, Plymouth e Dodge.
A Chrysler Corporation dominou durante décadas a produção automóvel nos EUA, sendo fundida com a Daimler-Benz em 1998, dando origem à DaimlerChysler.

j.marioteixeira@sapo.pt

Notas de Segunda

1 - Interessante como o debate à volta dos regimes especiais de pensões, tem deixado de lado a acumulação de cargos. Ser presidente de uma Câmara Municipal, de uma Junta Metropolitana e do Metro, recebendo cumulativamente vencimentos e ajudas de custas por tais funções, além parece não implicar nas contas públicas.
2 - Torna-se óbvio que a "moralização" do Estado vai a reboque da necessidade financeira. Do género: "somos obrigados..."
3 - Não se percebe é muito bem como se vai compatibilizar tal moralização com o facto de presidentes de Institutos Públicos continuarem a ganhar bem mais do que o Presidente da República.
4 - Por iniciativa de António Costa, a PSP vai deixar de intervir nos acidentes de viação. As questões devem ser resolvidas entre os intervenientes e respectivas companhias de seguro, e recorrendo-se à vigilância de câmaras de vídeo. Ora, isto pressupõe comportamento civilizado, existência de apólices de seguro e um investimento megalómano em câmaras de vigilência nas ruas e estradas do país. Ou então é uma anedota que a outros governos jamais seria perdoada.
5 - Poderá não ser conveniente para o PSD [não o é certamente] mas torna-se divertido ouvir falar Marques Mendes a exigir soluções urgentes para os diversos problemas do país, como se tivesse regressado de um prolongado exílio.
6 - Desde que a água é captada até que chega às nossas casas, temos uma perda na ordem dos 15% devido ao mau estado da rede pública. No entanto temos dos melhores estádios de futebol da Europa. Não se pode ter tudo, que diabo!

Perspectivas [caminho]


Deixando para trás a Barragem de Pizões, toma-se caminho para Boticas.

j.marioteixeira@sapo.pt

sexta-feira, 3 de junho de 2005

Na calha


[Fonte: Amazon]
O novo álbum dos Coldplay será lançado no dia 7 do corrente mês, e chama-se “X&Y”.

j.marioteixeira@sapo.pt

Lembrando


[Fonte: Lakewood Public Library]
Há 99 anos nascia Freda McDonald. Aos 12 anos desistiu de estudar e ingressou no mundo do espectáculo. Dançou, cantou e representou, no burlesco, nos teatros, frente às câmaras de cinema, com uma sensualidade única. Tornou-se uma estrela, tornou-se Josephine Backer. Pelo meio de uma carreira com mais de 50 anos, ganhou raízes em França, onde colaborou com a Resistência e mais tarde seria condecorada com a Cruz de Guerra.
Quando faleceu em 1975, foi a primeira mulher norte-americana a receber honras militares.

j.marioteixeira@sapo.pt

Slogan governamental

"NÃO FUME, PELA SUA SAÚDE. FUME PELA SAÚDE DAS NOSSAS CONTAS".

Virtual

Antes do referendo francês, defensores lusitanos do "Sim" alertaram que uma vitória do "Não" seria a catástrofe, o fim, as trevas, etc. Passado o referendo com a vitória do "Não", mais daqueles defensores do "Sim" tornaram ainda mais medonho o futuro próximo da Europa.
Seguiu-se o referendo da Holanda e no seio dos defensores do "Sim" já há quem duvide se vale a pena alterar a nossa Constituição.
Curiosamente, no dia-a-dia, nas ruas, nas lojas, nos empregos, nas empresas, nos serviços, nos tribunais, nas repartições públicas, nos hospitais, etc, há algo muito claro: o que preocupa as pessoas não é a Europa, o referendo, Constituição. É, sim, o IVA a 21%, os combustíveis mais caros e a progressiva perda de poder de compra.
Quem anda de olhos postos no céu, obcecado com os astros, arrisca-se a cair a um poço.

j.marioteixeira@sapo.pt

O método de Europa

No apregoado debate em torno da Constituição Europeia, parece que não há lugar a questionar os métodos, os procedimentos e as opções rumo à sua idealizada Europa. Ou se está a favor ou se está contra, é tudo a preto e branco, os bons e os maus.
Continuar a centrar o debate europeu em torno do que é utópico e ideal, fazendo visto grossa ao que se vai desenrolando na prática, ao mesmo tempo que se rotula e classifica quem pensa de modo diferente, além de desvirtuar aquilo que deveria ser algo esclarecido, participado e, acima de tudo, resultado de vontades expressas e de representatividades efectivas, cria um outro perigo: transformar o Projecto Europeu numa nova espécie dogma político perante o qual se está a favor ou contra. Como se de um processo revolucionário se tratasse, em que se está com ou contra a revolução.Como passou de modo a classificação de "reaccionário" ou "situacionista", temos agora a nova versão do iluminismo vanguardista: "soberanistas", "nacionalistas", "euro-cépticos", etc.
Não é estar contra uma Europa coesa e solidária ou de cidadania. É estar contra, sim, os métodos e procedimentos com que, alegadamente, se visa atingir aquelas metas. E isto não é agitar fantasmas, é falar muito clara e objectivamente, no que está mal na construção do Projecto Europeu, e já foi por demais denunciado. Para quem quer ouvir.

Perspectivas [Pizões]


A albufeira da barragem de Pizões [Montalegre], vista cá de cima, a caminho de Boticas.

j.marioteixeira@sapo.pt

quinta-feira, 2 de junho de 2005

Lembrando


[Fonte: Mergetel]
Há 101 anos nascia John Weissmuller, na Áustria.
Emigrou para os EUA pela mãos de seus pais com sete meses de idade, onde se destacou como nadador nos Jogos Olímpicos de 1920, tendo arrecadado na sua carreira desportiva dezenas de campeonatos e recordes.
Seguiu-se a carreira artística, interpretando o personagem Tarzan em diversos filmes.
Faleceu em 1984.

j.marioteixeira@sapo.pt

Lógicas

Quando o sistema judicial de um país não funciona, é moroso, ineficaz e oneroso, é impossível garantir-se a segurança dos cidadãos, dos seus direitos e garantias. E nem sequer é possível combater eficazmente a corrupção, os tráficos e as economias paralelas e as impunidades.
Tenta-se então compensar com máquinas administrativas pesadas que alegadamente exercem poderes de controlo e de fiscalização. Mas que não resultam porque em última instância tudo desagua nos tribunais.

Dúvida

Alguém se lembrou de fazer um estudo sobre os custos para a economia nacional resultantes das idas aos tribunais de milhares de pessoas todos os dias, para chegarem ao fim da manhã e ouvirem: fica adiado para...?

Perspectivas [Vidago II]


Vislumbrando o Vidago Palace Hotel, por entre as árvores do jardim das termas.

j.marioteixeira@sapo.pt

quarta-feira, 1 de junho de 2005

Lembrando

[Fonte: Superman]
Há 67 anos era publicada a primeira aventura do Super-Homem, o personagem criado pelas mãos da dupla Jerry Siegel e Joe Shuster.
Desde então foram livros, séries de televisão, desenhos animados e filmes. O super-herói atravessou gerações, tendo mesmo morrido e ressuscitado.

O sapo

Primeiro José Sócrates apostava em António Guterres, era o seu candidato presidencial por excelências. Mas outro foi o rumo seguido pelo antigo Primeiro-Ministro, que se encontra agora num daqueles cargos que dá muito prestígio a Portugal [Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados] mas que em nada adianta ao nosso atraso.
Seguiu-se depois António Vitorino, com um grande passado político e prestígio internacional. Mas o mesmo já fez saber que não está para aí virado, descartando-se de qualquer compromisso para Belém.
Parece que José Sócrates arrisca-se a ter de engolir o sapo de uma candidatura de Manuel Alegre.

Link da Constituição Europeia

Na coluna da direita deste blogue estará disponível um link que conduz ao texto da Constituição Europeia, disponibilizado pelo Centro de Informação Europeia Jacques Delors.

O "Não" na Holanda continua à frente nas intenções de voto.

Uma vez mais um bando de extremistas, nacionalistas, radicais, fascistas, e traidores se prepara para assassinar a doce e bela Constituição Europeia.

Perspectivas [Vidago]


O lago do Parque Termal de Vidago.

j.marioteixeira@sapo.pt