sexta-feira, 30 de setembro de 2005

Coisas no tempo

30 de Setembro:
- 1935: As aventuras de Dick Tracy estreavam-se na Mutual Rádio Network.
- 1955: morre o actor James Dean.

Letras que se decoram

She

She may be the face I can't forget,
A trace of pleasure or regret,
May be my treasure or the price
I have to pay
She may be the song that summer sings,
May be the chill that autumn brings,
May be a hundred different things
Within the measure of a day.

She may be the beauty or the beast,
May be the famine or the feast,
May turn each day into a heaven
Or a hell
She may be the mirror of my dream,
A smile reflected in a stream,
She may not be what she may seem
Inside her shell.

She who always seems so happy in a crowd,
Whose eyes can be so private and so proud,
No one's allowed to see them when they cry.
She may be the love that cannot hope to last,
May come to me from shadows of the past,
That I'll remember till the day I die.

She may be the reason I survive,
The why and wherefore I'm alive,
The one I'll care for through the rough
And rainy years
Me, I'll take her laughter and her tears
And make them all my souvenirs
For where she goes I've got to be
The meaning of my life is she
She...

[Elvis Costello]

Cromos doutrora

Continuando pela Reforma Agrária.
Também a "Comissão de Trabalhadores do Instituto Português de Cinemas-Produção do Ministério da Comunicação Social" apoia. Toda a solidariedade conta.

Semeada do mal

As opções presidenciais que se perfilham, denotam uma clara incapacidade da República se renovar. E, pior, pelo meio surge um poeta republicano amante da liberdade que começa por dar razões para não se apresentar como candidato [não fracturar a Esquerda ou o eleitorado do PS] para depois apresentar desculpas para se candidatar [a Esquerda e a República afinal precisam dele].
Em pouco tempo este Governo conseguiu diluir o seu estado de graça. O modo como a comunicação social começa a escarafunchar o terreno socialista, até há bem pouco tempo com aparência impoluta, assim o demonstra. Começam a vir ao decima os grandes contributos dessas grandes figuras nacionais a quem a Pátria tanto lhes deve - como António Vitorino e Pina Moura - o papel das sociedades de advogados e os clientes estrangeiros.
O que terá mudado? O que terá acontecido para que as coisas tenham mudado em pouco tempo, em alguns meses?
A época de fogos – algo que existe com a mesma naturalidade como a época balnear ou a época natalícia -, mostrou os primeiros sinais de fragilidade moral e de responsabilidade política do Executivo, as afirmações e as contradições. Começou aí.
Agora, o recente “caso Fátima Felgueiras” torna tudo ainda mais sórdido, e as alegadas implicações do PS no regresso da “Fatinha”, acompanhadas por uma invulgarmente célere e imaginativa jurisprudência, colocam Portugal perante uma dúvida incómoda e maldita: será ainda possível confiar na existência de um efectivo Estado de Direito Democrático de poder tripartido [Legislativo, Executivo e Judicial]?
Não se pense, todavia, que este lamaçal em que a nossa República se afunda é coutada do PS. O caso é bem mais grave: em poucos anos de democracia dá para perceber que o Estado está manietado por interesses que não são públicos, os partidos políticos e respectivos aparelhos regem-se por lógicas alheias ao interesse público e que o fim do Direito Corporativo não pôs fim ao refinamento do corporativismo.
A desconfiança nos órgãos de soberania existe e tem razões para existir. E começa a tornar-se irremediavelmente perigosa à medida que a Justiça começa a ficar sob a alçada da suspeição. Casos como a “Moderna”, “Casa Pia” e “Fátima Felgueiras”, em nada contribuem para a acreditação dos tribunais. E se somarmos a lentidão, ainda pior. Em todos estes casos há um corrosivo e persistente denominador comum: as suspeições de promiscuidade entre o poder político e a Justiça.
E ainda há quem se admire com o crescimento do radicalismo de Direita. Pior: há quem desvalorize.

j.marioteixeira@sapo.pt

Alma lusa

Amigo de Jacob”: aquele que em momento de necessidade dá palavras de conforto mas sem auxílio prático.

j.marioteixeira@sapo.pt

Perspectivas [Quinta de Pentieiros]


À sombra da meda, o rebanho protege-se do sol.

quinta-feira, 29 de setembro de 2005

Coisas no tempo

29 de Setembro:
- 1964: é publicado o primeiro livro da Mafalda, da autoria do cartonista argentino Quino.
- 1996: é lançado no mercado norte-americano a nova consola de jogos da Nintendo: Super Mário 64.

Cromos doutrora

Continuamos com a série dedicada à Reforma Agrária.
Desta feita, temos um ideal socialista e um mito: ambos servem os intentos revolucionários em curso sintetizados numa citação.

Alma lusa

De acarreto”: sem razão ou fundamento.

j.marioteixeira@sapo.pt

Perspectivas [Quinta de Pentieiros]

A Quinta Pedagógica de Pentieiros fica em Ponte de Lima, e insere-se na Zona de paisagem Protegida das Lagoas de Bertiendos. E tem pormenores singularmente bonitos como este.

quarta-feira, 28 de setembro de 2005

Coisas no tempo

28 de Setembro:
- 1958: a França ratifica a nova Constituição, abrindo caminho à Quinta República.
- 1966: morre o poeta francês André Breton.

Cromos doutrora


Continuando a série dedicada à Reforma Agrária.
Na mão, o fruto do trabalho, exibido como troféu. Uma vitória.
A mensagem não deixa dúvidas: a Reforma Agrária é essencial à construção do socialismo.

j.marioteixeira@sapo.pt

Promiscuidade

Chegados à época de campanha eleitoral autárquica, deparamo-nos com uma questão politicamente desconfortável: é próprio que membros do Governo, designadamente Ministros e até o próprio Primeiro-Ministro, gastem o seu tempo e as suas energias em campanhas eleitorais partidárias?
Outrora, durante a governação Cavaquista e Guterrista, esta questão foi aflorada, mas, curiosamente, nunca foi aprofundada. Criou-se uma espécie de pacto de silêncio, e o assunto foi sendo marginalizado.
Em tempos de aparente moralização da vida política portuguesa [sublinha-se “parente”], já seria altura dos membros do Governo suspenderem a condição de militante partidário. A função dos membros do Governo é governar, a tempo inteiro, entregando-se à causa pública. Os partidos políticos é que têm o ónus de assumir o combate eleitoral no terreno.
Ao suspenderem a militância partidária, não davam azo a promiscuidades eleitoralistas, nem se dispersariam por atenções estranhas à prossecução dos interesses da República.
Ver membros do Governo em almoços de campanha, a fazer discursos de apelo inflamado ao voto, qualquer cidadão tem o direito de se interrogar: esta gente não deveria estar a governar?

j.marioteixeira@sapo.pt

Alma lusa

Dar o couro às varas”: morrer.

j.marioteixeira@sapo.pt

Perspectivas [Boa Nova]



O Farol da Boa Nova, em Matosinhos.

j.marioteixeira@sapo.pt

terça-feira, 27 de setembro de 2005

Coisas no tempo

27 de Setembro:
- 1821: O México torna-se independente da Espanha.
- 1964: O relatório da Comissão Warren concluía que Lee Harvey Osvald assassinara sozinho o Presidente J. F. Kennedy.

Cromos doutrora


Iniciamos hoje a série dedicada à Reforma Agrária.
Tema de eleição do PCP durante todo o PREC, foram muitas as iniciativas de apoio, dando-se aqui apenas alguns exemplos.
Começamos com um simples autocolante que retrata um realidade rural então dominante, mas onde se enaltece o trabalho da mulher na lavoura, com rostos escravizados mas sorridentes.

Jurisprudência de recorte

O caso “Fátima Felgueiras”, pelo meio de tanta controvérsia e contradição, tem algumas virtualidades com interesse para o futuro. Desde logo por alguma jurisprudência [que se define como “juízo prudente”] firmada no Despacho que revogou a prisão preventiva decretada há cerca de 2 anos e 3 meses.
A partir de agora convém reter dois novos entendimentos, com especial interesse no âmbito do Direito Criminal:
1 – Ser informado de que vai ser decretada a prisão preventiva e fugir do país, passa a ser entendido como “aparente fuga”;
2 – Residir no Brasil, donde se dá entrevistas à comunicação social, incluindo directos na televisão, reivindicando o estatuto de exilado político ou de vítima de perseguição política, passa a ser entendido como viver “alegadamente no Brasil”.
Recortes daquele Despacho, já devem estar colados em muitos Códigos de Processo Penal.

Alma lusa

Alma de breu”: pessoa perversa.

j.marioteixeira@sapo.pt

Perspectivas [pergola]



A pergola da Foz, no Porto.

j.marioteixeira@sapo.pt

segunda-feira, 26 de setembro de 2005

Coisas no tempo

26 de Setembro:
- 1941: O Presidente norte-americano Franklin Roosevelt estabelecia a quarta Quinta-feira do mês de Novembro como o Dia de Acção de Graças nos EUA.
- 2003: dava-se o último voo do Concorde.

Letras que se decoram

E Depois do Adeus

Quis saber quem sou,
O que faço aqui,
Quem me abandonou,
De quem me esqueci
Perguntei por mim,
Quis saber de nós,
Mas o mar não me traz tua voz.

Em silêncio, amor,
Em tristeza enfim,
Eu te sinto em flor,
Eu te sofro em mim.
Eu te lembro assim,
Partir é morrer,
Como amar é ganhar e perder .

Tu vieste em flor,
Eu te desfolhei,
Tu te deste em amor,
Eu nada te dei.

Em teu corpo, amor,
Eu adormeci,
Morri nele,
E ao morrer renasci .

E depois do amor,
E depois de nós,
O dizer adeus,
O ficarmos sós

Teu lugar a mais,
Tua ausência em mim
Tua paz que perdi,
Minha dor que aprendi
De novo vieste em flor, te desfolhei

E depois do amor,
E depois do nós,
O adeus,
O ficarmos sós.

[José Calvário & José Niza / Paulo de Carvalho]

Cromos doutrora

Por impossibilidade técnica de colocação de imagens, hoje não é possível preencher esta rubrica.

Notas de Segunda

1 – Afinal, Manuel Alegre já conta ser candidato, embora saiba que vai tirar votos a Mário Soares que é a escolha do PS, fraccionando o eleitorado do seu partido, e vai dividir ainda mais a Esquerda. Ou seja: o discurso de finais de Agosto em Viseu, não existiu, ok?
2 – Tudo vale na conquista do voto, do poder, inclusive abraçar quem há pouco tempo nos recusou um cumprimento de mão e a quem, por isso, chamamos de “ordinário”. Uma falta de verticalidade e de auto-respeito, que cada vez mais torna políticos em bonecos de plasticina. Má perda de oportunidade de Carmona dar o devido tratamento a Carrilho: o desprezo.
3 – Ao mesmo tempo que anuncia investimentos na formação profissional, José Sócrates lá vai preparando o povo para um futuro de mais três a quatro anos de crise, de sacrifícios. O que num país de fado, é óbvia a mais-valia em sede de confiança dos agentes económicos e de estímulo à economia nacional.
4 – Acresce, ainda, um peculiar raciocínio de José Sócrates perante a malfadada candidatura de Manuel Alegre: a candidatura apoiada pelo PS é a de Mário Soares porque é a única capaz de unir os portugueses. Se é assim, não se percebe então como é que tal candidatura não consegue sequer unir os socialistas.
5 – A anunciada greve dos magistrados judiciais para finais de Outubro dá-se por mero interesse corporativo e nada mais. Se fosse o estado caótico a que a Justiça está a chegar, há muito que a greve estaria marcada. É, tão só, uma greve sindical, sendo apenas “curioso” o facto de se tratar de titulares de órgãos de soberania.
6 – Recordam-se de quanta gente afirmou que seria um prestígio para Portugal ser um português a presidir à Comissão Europeia? É algo que sempre salta à minha memória quando vejo Durão Barroso a discursar, constantemente, em inglês. E ainda falaram de “God Pine”…

j.marioteixeira@sapo.pt

Alma lusa

Meter agulhas por alfinetes”: usar todos os meios para atingir os fins.

j.marioteixeira@sapo.pt

Perspectivas [por trás da porta]

Primeiro ouve-se ruídos bruscos e prolongados. Sente-se que há movimento. Roda-se a tranca e empurra-se lentamente a porta para ver o que está por trás.

j.marioteixeira@sapo.pt

sexta-feira, 23 de setembro de 2005

Coisas no tempo

23 de Setembro de:
- 1973: Juan Domingo Peron, regressado à Argentina, é eleito Presidente.
- 1973: Morre o poeta chileno Pablo Neruda.

Cromos doutrora



A série dedicada ao movimento cooperativo, termina hoje com este autocolante do "54º Dia Mundial da Cooperação", festejado a 3 de Julho de 1976.
Pelo grafismo pode-se constatar que havia já um certo sentido de globalização. E temos um preciosidade doutrinária: a definição de cooperativismo como "luta organizada dos trabalhadores contra a exploração capitalista".
Para a semana vamos inaugurar a série dedicada às manifestações de apoio à Reforma Agrária.

Dúvidas

Será que Fátima Felgueiras regressaria a Portugal se não tivesse garantias de que iria permanecer em liberdade?
E se houve garantias, elas foram dadas por quem e à luz de que preceito legal?

Fruta da época

Nesta época de eleições é interessante constatar como são aproveitados recursos públicos para fins de campanha partidária. Nada de espantar, absolutamente "normal" no ambiente político português.
Um dos sinais mais curiosos daquele aproveitamento, é o recurso às bases de dados de entidades públicas para se angariar destinatários. É o caso dos endereços electrónicos: preenche-se uma ficha numa qualquer casa municipal de cultura, dando um correio electrónico para ser informado acerca das iniciativas futuras, e eis que em plena pré-campanha eleitoral começa a chegar à caixa propaganda dos partidos políticos que estão à frente do Executivo camarário respectivo.
Há porém uma vantagem: ao contrário das caixas de correio normais, as de correio electrónico podem ser esvaziadas de lixo sem qualquer perigo ou prejuízo ambiental.

Alma lusa

Alma de cântaro”: pessoa simplória.

Perspectivas [fim de tarde]

Um outro contemplado também em Leça da Palmeira, Matosinhos.
Desta vez o sol foi mais rápido. Ou terá sido a Terra?... Foi a Terra, claro, porque ela gira.

j.marioteixeira@sapo.pt

quinta-feira, 22 de setembro de 2005

Coisas no tempo

22 de Setembro de:
- 1960: Mali torna-se independente da França.
- 1980: Iraque invade Irão.

Cromos doutrora

Ao caminhar para o fim, esta série dedicada ao movimento cooperativo, temos hoje a "Cooperativa Agrícola Salvador do Tomar".
Não fosse a frase que surge em rodapé, este cromo não teria qualquer enquadramento histórico ou político.

Ainda há vítimas de perseguição política em Portugal!

Ironias da vida

A Revolução de Abril vista objectivamente, sem pinceladas românticas ou filosóficas, foi uma clara manifestação [no mais radical sentido] de insatisfação militar: as comissões do Ultramar e respectivas carreiras profissionais. Não foi por acaso que se tratou, em grande parte, de uma Revolução de Capitães.
Tal manifestação deu lugar à conquista da liberdade e à democracia.
Hoje, numa sociedade em que democracia está formalmente institucionalizada por consagração constitucional, os militares lutam pela possibilidade de se manifestarem.
A coesão do Estado prevalece, ou deverá prevalecer, sobre os interesses corporativos. E uma manifestação militar de reivindicações poderá pôr em cheque a coesão do Estado. Mas não deixa de ser irónico. Tanto mais que tanto se fala nos militares de Abril e da importância da Revolução de Abril para a instauração da democracia em Portugal, ao mesmo tempo que sistematicamente se tem ignorado reivindicações dos militares.
O problema não está no caso dos militares partilharem com os demais as dificuldades dos tempos de crise, como quer fazer crer o Governo. A questão é mais antiga, e reporta-se aos tempos de fartura em que os militares continuaram a ficar à margem do banquete.

Alma lusa

Magoada de amor”: mulher grávida.

j.marioteixeira@sapo.pt

Perspectivas [fim de tarde]



Mais um contemplado em Leça da Palmeira.
Aqueles pequenos pontos negros no céu, são gaivotas.

j.marioteixeira@sapo.pt

quarta-feira, 21 de setembro de 2005

Coisas no tempo

21 de Setembro de:
- 1964: Malta torna-se independente do Reino Unido.
- 1991: Arménia vê reconhecida a sua independência pela União Soviética.

Cromos doutrora

Hoje temos um autocolante da "Cooperativa Agrícola Estrela Vermelha", uma das mais dinâmicas e interventivas da região do Alentejo.
A inspiração do nome é evidente, e do grafismo ressalta a mecanização da agricultura.

Estava-se mesmo a ver...

... que as magistraturas iriam fazer o cerco ao Ministro da Justiça.
Ao invés de abrir os trabalhos a todos os agentes da Justiça, promovendo o debate, preferiu dar motivos para os discursos começarem a radicalizarem-se.
O mal da Justiça, ao contrário do que o Governo quer fazer pensar, não está nas férias judiciais. Antes fosse, seria sinal que a Reforma da Justiça se resolveria por mero Decreto.
O que é curioso é que nesta matéria, como em outras, ainda está para surgir o Governo que apresente de modo completo e articulado um projecto de reforma. Como se PS ou PSD ainda não tivessem tido oportunidade de estudar as questões que urgem ser resolvidas, desde 1974 até aos presentes dias.
Henry Kissinger dizia que a melhor maneira de esvaziar um assunto ou até de o fazer esquecer, era falar nele até à exaustão. E é curioso que num país que tanto se fala de "reformas estruturais", ninguém apresenta um projecto concreto, articulado, lógico e funcional.

j.marioteixeira@sapo.pt

Alma lusa

Pescar em águas turvas”: tirar proveito de situação confusa.

j.marioteixeira@sapo.pt

Perspectivas [fim de tarde]

Contemplado em Leça da Palmeira, Matosinhos.

j.marioteixeira@sapo.pt

terça-feira, 20 de setembro de 2005

Coisas no tempo

20 de Setembro de:
- 1962: James Meredith [estudante negro] é impedido de entrar na Universidade do Mississipi.
- 1973: Billie Jean King derrota Bobby Riggs num jogo de ténis.

Letras que se decoram

Traz outro amigo também

Amigo
Maior que o pensamento
Por essa estrada amigo vem
Não percas tempo que o vento
É meu amigo também

Em terras
Em todas as fronteiras
Seja benvindo quem vier por bem
Se alguém houver que não queira
Trá-lo contigo também

Aqueles
Aqueles que ficaram
(Em toda a parte todo o mundo tem)
Em sonhos me visitaram
Traz outro amigo também

[José Afonso]

Cromos doutrora

Continuando a série do movimento cooperativo.
Desta vez não surge o homem, o seu trabalho, a sua força transformador. Todavia, o seu nome "Cooperativa Agrícola Humberto Delgado" homenageia um homem.


j.marioteixeira@sapo.pt

Vale a pena

Ler o post de Augusto Freitas, no Briteiros, com o título "Não há festas nem festanças onde não entrem as donas Constanças..."
As sociedades de advogados, suas influências e ligações, têm levantado questões da maior gravidade para os interesses do país.
Será um tema a desenvolver em breve.

Um paradoxo ou o triste fim do “Processo Alegre”

A tortuosa evolução da candidatura virtual de Manuel Alegre à Presidência da República, evidencia um fim indigno. Não só pelo principal intérprete mas, acima de tudo, por muitos que acreditavam que ainda havia uma reserva cívica republicana na qual se poderia rever e que afinal não existe.
Quando Manuel Alegre tomou consciência dos sinais de pressão para uma candidatura de Mário Soares, deveria ter imediatamente vindo a terreiro afirmar a sua candidatura. Obrigaria a direcção do PS a assumir a responsabilidade da escolha e, provavelmente, obrigaria Mário Soares a recuar nas suas ambições.
Não há desculpas de vagas de fundo, que Mário Soares também não conseguiu obter, ou de apoio partidário porque um republicano deve ter como pressuposto que uma candidatura presidencial é eminentemente pessoal.
Quando Salgado Zenha e Mário Soares se confrontaram, houve cisão no eleitorado PS.
Quando Jorge Sampaio se apresentou como candidato presidencial, a então direcção do PS teve nitidamente de engolir em seco.
Quando Manuel Alegre se demonstrou disponível para se candidatar, nada mais fez. Esperou o apoio do PS, quando como republicano deveria assumir o risco da decisão pessoal. Esperou pela vaga de fundo quando a mesma é uma quimera, pois verdadeiramente só houve uma vaga de fundo em eleições presidenciais: quando Mário Soares foi apoiado pelo PS e pelo PSD contra uma candidatura residual de Direita protagonizada por Basílio Horta.
O discurso ambíguo de Viseu deveria ter posto fim à virtual candidatura de Alegre. Teria ficado pelo limiar mínimo da dignidade republicana subalternizada à militância partidária. Insistir na troca de acusações e críticas com Mário Soares deita por terra o compromisso que Manuel Alegre assumiu em Viseu de não fracturar a Esquerda.
A candidatura de Manuel Alegre merecia melhor fim, menos triste.

j.marioteixeira@sapo.pt

Alma lusa

Navegar em duas águas”: Oscilar ambiguamente entre ideias, usar de duplicidade.

Perspectivas [fim de tarde]

Ainda na Foz, do Porto

j.marioteixeira@sapo.pt

segunda-feira, 19 de setembro de 2005

Coisas no tempo

19 de Setembro de:
- 1900: Butch Cassidy e Sundance Kid realizam o seu primeiro assalto em conjunto.
- 1955: Juan Domingo Peron é deposto da chefia do Estado da Argentina.

Letras que se decoram

Et si tu n'existais pas

Et si tu n'existais pas

Dis-moi pourquoi j'existerais?
Pour traîner dans un monde sans toi
Sans espoir et sans regret
Et si tu n'existais pas
J'essayerais d'inventer l'amour
Comme un peintre qui voit sous ses doigts
Naître les couleurs du jour
Et qui n'en revient pas

Et si tu n'existais pas
Dis-moi pour qui j'existerais?
Des passantes endormies dans mes bras
Que je n'aimerais jamais
Et si tu n'existais pas
Je ne serais qu'un point de plus
Dans ce monde qui vient et qui va
Je me sentirais perdu
J'aurais besoin de toi

Et si tu n'existais pas
Dis-moi comment j'existerais?
Je pourrais faire semblant d'être moi
Mais je ne serais pas vrai
Et si tu n'existais pas
Je crois que je l'aurais trouvé
Le secret de la vie, le pourquoi
Simplement pour te créer
Et pour te regarder

Et si tu n'existais pas
Dis-moi pourquoi j'existerais?
Pour traîner dans un monde sans toi
Sans espoir et sans regret
Et si tu n'existais pas
J'essayerais d'inventer l'amour
Comme un peintre qui voit sous ses doigts
Naître les couleurs du jour
Et qui n'en revient pas

[P. Delanoë, C. Lemesle - V. Pallavicini, T. Cutugno, Losito /Joe Dassin]

Cromos doutrora


Prosseguimos a série dedicada ao movimento cooperativo.
O associativismo cooperativo está intimamente ligado à luta política da Reforma Agrária. Exemplo claro este autocolante da "União Cooperativa Seara Vermelha".
O recurso ao desenho de Bordalo Pinheiro faz passar a mensagem de modo intencionalmente jucoso.

j.marioteixeira@sapo.pt

"Esta noite choveu prata"


A não perder esta peça de teatro d autoria de Pedro Bloch e magistralmente interpretada por Nicolau Breyner.
Dividida em dois quadros, a peça assenta em três monólogos de introspecção acerca da vida, das ilusões, dos fantasmas, dos medos e das revoltas, por três personagens ligados pela amizade.
A não perder.

j.marioteixeira@sapo.pt

Pesos e medidas

Se a vontade dos militares em proceder a uma manifestação tem levantado tanta questão doutrinal, o que fará se os senhores juízes decidirem fazer greve?
Nessa altura, se tal vier a acontecer, será muito interessante avaliar os pesos e medidas que subjazem às soluções legais em vigor.
Há um evidente perigo para a solidez do Estado uma ampla liberdade de associação profissional e de manifestação por banda dos militares. O mesmo se diga, por maioria de razão, quanto a um direito à greve.
Ora, o Estado é composto por três pilares básicos de poder: Legislativo [Parlamento], Executivo [Governo] e Judicial [Tribunais].
Todavia, a lei contempla que titulares de órgãos de soberania possam fazer greve. Os magistrados judiciais além de terem estrutura sindical têm, também, reconhecido o direito à greve.
Se merece cuidados o associativismo profissional dos militares, tal como outrora o mereceu o das forças policiais, é também tempo da nossa República se confrontar com as suas contradições, com as diferenças de pesos e medidas que persistem na estrutura e organização do Estado e respectivas classes profissionais.
Sobre isso ainda não se ouviu falar.

j.marioteixeira@sapo.pt

Notas de Segunda

1 – Se dúvidas houvesse, Manuel Maria Carrilho demonstrou bem o seu carácter democrático, socialista, intelectual e progressista ao não estender a mão a Carmona Rodrigues no fim do debate da SIC Notícias. Ouvir o que o personagem disse no início do debate, afirmando que quem está na luta política tem de estar disposto a ouvir de tudo, justifica-se agora dizendo que não aceita calúnias. A sua candidatura à Câmara de Lisboa, arrisca-se cada vez mais a trazer amargos de boca ao PS, bem como acertos de contas.
2 – Em plena Convenção Autárquica do PS, ouvir Almeida Santos [Presidente do PS] comparar Cavaco Silva a António Oliveira Salazar, faz pensar na falta de acerto que o PS começa a denotar em tempos de poder: não só torna pessoal o combate político dando ainda mais relevância a Cavaco Silva [o que já começara com a soberba de Soares na críticas ao perfil político do social-democrata], como confunde Presidenciais com Autárquicas. Um péssimo serviço do PS para o debate político em Portugal, talvez para fazer concorrência a Marques Mendes.
3 – A administração Bush tem revelado perigosas e trágicas tendências para a incompetência: seja numa intervenção do Iraque que fomentou o terrorismo sanguinário e para o qual não tem resposta, seja para o total desconcerto das operações de salvamento e de apoio em Nova Orleães. Todavia, quando estas coisas são denunciadas e avaliadas ao pormenor, há quem consiga vislumbrar nisto uma atitude anti-americana.
4 – O discurso político das instituições comunitárias da necessidade de reforçar a Europa Social, é acompanhado pelo discurso das forças políticas no poder em diversos Estados-membros da necessidade de redução do Estado Social para que este se salve naquilo que é, segundo os interesses do momento, essencial. Esta patente contradição advém da mesma lógica que sustenta, por exemplo, a abertura do mercado europeu à China como se houvesse igualdade de custos sociais que não distorcessem as regras da concorrências ou fizessem pusessem em causa conquistas sociais…

j.marioteixeira@sapo.pt

Alma lusa

De afogadilho”: de modo rápido ou apressado.

j.marioteixeira@sapo.pt

Perspectivas [fim de tarde]

Continuando pela Foz, no Porto.

j.marioteixeira@sapo.pt

sexta-feira, 16 de setembro de 2005

Coisas no tempo

16 de Setembro de:
- 1908: É fundada a General Motors.
- 1987: É assinado o Protocolo de Montreal pela protecção da camada do ozono.

Letras que se decoram

High
When you’re close to tears remember
Some day it’ll all be over
One day ’we’re gonna get so high
And though it’s darker than december
What’s ahead is a different colour
One day ’we’re gonna get so high
And at
The end of the day
We’ll remember the days
We were close to the edge
And we’ll wonder how we made it through
And at
The end of the day
We’ll remember the way
We stayed so close to till the end
We’ll remember it was me and you
’cause we are gonna be forever you and me
You’ll always keep me flying high in the sky of love
Don’t you think it’s time you started
Doing what we always wanted
One day ’we’re gonna get so high
’cause even the impossible is easy
When we got each other
One day ’we’re gonna get so high
And at
The end of the day
We’ll remember the days
We were close to the edge
And we’ll wonder how we made it through
And at
The end of the day
We’ll remember the way
We stayed so close to till the end
We’ll remember it was me and you
’cause we are gonna be forever you and me
You will always keep me flying high in the sky of love
High, high, high, high...

[Tucker/Lighthouse Family]

Cromos doutrora


Desde a composição gráfica ao nome da cooperativa, tudo é linear e evidente. Não há lugar a dúvidas de inspiração.

Deixem-se de tretas

O êxodo rural da população activa e o envelhecimento da população demonstra que a ideia central do discurso concertado entre o Governo e Jorge Sampaio [que persistem] de obrigar os proprietários florestais [que não se confunde com exploradores florestais!] mantenham limpos os seus terrenos para que assim se evitem incêndios, é uma treta.
Caso José Sócrates e Jorge Sampaio não saibam [porque Portugal ainda continua a ser Lisboa e o resto continua a ser paisagem], o nosso interior está deserto. Se têm dúvidas, comprem um terreno de uns tantos hectares de floresta no interior transmontano ou beirão e arranjem quem limpe as terras!

j.marioteixeira@sapo.pt

Alma lusa

Contar Áfricas”: contar feitos extravagantes.

j.marioteixeira@sapo.pt

Perspectivas [fim de tarde]

Onde a terra acaba e a viagem pelo mar começa. A Foz, no Porto.

quinta-feira, 15 de setembro de 2005

Coisas no tempo

15 de Setembro:
- 1935: A Alemanha nazi adopta a nova bandeira nacional com a cruz suástica.
- 1943: Benito Mussolini forma um Governo fantoche a soldo e mando de Hitler.

Cromos doutrora

Continuamos pelas cooperativas.
A opção estética eleva a luta popular e um sentido de conquista.
O nome também não deixa dúvidas: "A Revolução em marcha".

A mulher de César

A opção do Governo em indicar o nome de Guilherme d`Oliveira Martins para Presidente do Tribunal de Contas não é a melhor. Não pela pessoa, mas porque tratando-se de um destacado deputado do PS, estará sob o signo da suspeita política no exercício daquele cargo.
O Tribunal de Contas controla a actividade do Governo, designadamente em matérias da maior sensibilidade como a gestão do erário público nas suas mais diversas formas. Significa que quem vai presidir àquela instituição que controla os gastos públicos será um deputado do partido político cuja maioria absoluta sustenta o Governo.
Há, claramente, ingredientes de desconfiança e de polémica que o Governo poderia ter evitado nesta sua receita. Tanto mais que à Oposição as oportunidades são sempre de aproveitar, obviamente.
Diz-se que à mulher de César não basta ser séria, é preciso que também pareça.
A questão não é pessoal, é antes, sim, uma questão de oportunidade política. E é em sede de oportunidade política que falta parecença de seriedade: não à pessoa escolhida mas à opção de escolher um destacado deputado do PS.
Tanto mais que a seriedade da pessoa em causa é, tanto quanto o meu conhecimento pode atestar, intocável. E se estou certo que se dedicará àquela função com a competência e a integridade que o cargo exige, também é verdade que sempre estranhei como é que não fora já antes chamado por este Governo para exercer funções de maior relevo.
Resta desejar a Guilherme d`Oliveira Martins a melhor das sortes no exercício do seu cargo, pois os restantes elementos creio que já os possui. E uma pequena nota pessoal de lamento porque possivelmente irá suspender o seu blogue do Parlamento. Dos contos à Constituição Europeia, muito haverá para concordarmos e discordarmos. Que surjam as oportunidades, aqui ou noutro lugar.

j.marioteixeira@sapo.pt
ADENDA: por erro, no fim do quarto parágrafo constava o termo "militante" tendo sido corrigido para "deputado".

Dúvidas

Uma vez que os “suspeitos do costume” [madeireiros e produtores de celulose] começam a livrarem-se da clássica suspeição, seria bom que se esclarecesse duas coisas:
1 – Se há interesses nos fogos postos, porque que é que até hoje a Polícia Judiciária ainda não levou a cabo nenhuma operação específica para clarificar tais meandros? Se há operações vocacionadas para a corrupção no futebol, para a droga, para a pedofilia, etc., não terá a destruição da nossa floresta dignidade suficiente para ser investigada e esclarecida?
2 – Quais os interesses económicos que existem no combate aos fogos, que empresas estão envolvidas e quais são os seus sócios, accionistas ou sociedades de advogados que as representam em Portugal?

j.marioteixeira@sapo.pt

Alma lusa

"Segredo da abelha”: mistério, coisa indecifrável.

j.marioteixeira@sapo.pt

Perspectivas [fim de tarde]

Mirando para montante, o Douro salpicado de gaivotas perdadoras, com a maré baixa e a Ponte da Arrábida em evidência.

quarta-feira, 14 de setembro de 2005

Coisas no tempo

14 de Setembro de:
- 1923: O ditador Miguel Primo de Rivera y Orbanja assume a chefia do Governo Espanhol.
- 1960: É constituída a Organização dos Países Exportadores de Petróleo [OPEP].

Letras que se decoram

Stay [so far so close]
Green light, Seven Eleven
You stop in for a pack of cigarettes
You don't smoke, don't even want to
Hey now, check your change
Dressed up like a car crash
Your wheels are turning but you're upside down
You say when he hits you, you don't mind
Because when he hurts you, you feel alive
Hey babe, is that what it is
Red lights, gray morning
You stumble out of a hole in the ground
A vampire or a victim
It depend's on who's around
You used to stay in to watch the adverts
You could lip synch to the talk shows
And if you look, you look through me
And when you talk, you talk at me
And when I touch you, you don't feel a thing
If I could stay...
Then the night would give you up
Stay... and the day would keep its trust
Stay...and the night would be enough
Faraway, so close
Up with the static and the radio
With satelite television
You can go anywhere
Miami, New Orleans
London, Belfast and Berlin
And if you listen I can't call
And if you jump, you just might fall
And if you shout, I'll only hear you
If I could stay...
Then the night would give you up
Stay...then the day would keep its trust
Stay...with the demons you drowned
Stay...with the spirit I found
Stay...and the night would be enough
Three o'clock in the morning
It's quiet and there's no one around
Just the bang and the clatter
As an angel runs to ground
Just the bang
And the clatter
As an angel
Hits the ground
[Paul Hewson/U2]

Cromos doutrora


Tal como foi anunciado, começa hoje a rubrica dedicada a autocolantes que durante o PREC até à década de 80, foram distribuídos por todo o país, resumindo intensos combates políticos e ideológicos do PCP, UDP, MES e outras organizações políticas, publicitando iniciativas diversas, ou ilustrando capacidade de mobilização e de associativismo.
Foram também expressão do intenso movimento associativo desde as comissões e associações de moradores às comissões políticas nas empresas, mas com maior relevo na consolidação do movimento sindical. As suas reivindicações e os seus manifestos de apoio.
Tal como as herdades colectivas, as cooperativas agrícolas e demais movimento cooperativo, foram estandartes do PREC e referências obrigatórias no curso da Reforma Agrária.
Esteticamente prevalecem as referências ao trabalho, ao esforço humano, à transformação, dominam este tipo de autocolantes. Mais relevantes, ainda, os nomes. Esta, a primeira da série dediacada às cooperativas, a "Estrêla da Liberdade".

j.marioteixeira@sapo.pt

Res publica / Res furtiva

A decisão ambígua e camuflada de Manuel Alegre em não se candidatar para não fracturar o PS e a Esquerda, representa um fracasso da doutrina republicana face à lógica jactante do partidarismo da “coisa pública”. Se dúvidas houvessem acerca do peso castrador da lógica partidária, do predomínio das influências dos aparelhos partidários, elas ficaram desfeitas com o recuo de Manuel Alegre.
Respeito a sua decisão, mas lamento-a. Lamento-a porque é uma renúncia clara e evidente a um exercício de cidadania face à lógica militante. Lamento-a porque aprofunda ainda mais a crise de iniciativa cívica de que sofre a República. Lamento-a porque, na prática, significa que, no fundo e em bom rigor, a militância prevalece sobre a cidadania.
Se pessoas como Manuel Alegre não ultrapassam as barreiras disciplinares e não avançam para o combate político por mero compromisso republicano, quem poderá então fazê-lo? Houve já quem o fizesse – Salgado Zenha – mas parece ter acabado a casta. O seu discurso de Viseu esvaziou a credibilidade com que poderia ter contado. Ironicamente [ou não] faltou-lhe firmeza e arrojo, que são características que diz possuir como político republicano que diz ser.
A realidade é facilmente perceptível: não há lugar na política fora da lógica partidária; não há possibilidade sem compromisso.

j.marioteixeira@sapo.pt

Alma lusa

Almoço de assobio”: refeição de apenas café com pão por falta de posses.

j.marioteixeira@sapo.pt

Perspectivas [fim de tarde]

Contemplado do alto de S. Gregório, em Melgaço.

segunda-feira, 12 de setembro de 2005

Pré-aviso [a quem eventualmente interesse]

Este blogue retoma a sua rotina a partir do próximo dia 14.
Este regresso será feito com algumas pequenas alterações.
A rubrica “Lembrando” passará a chamar-se “Coisas no tempo” e terá um formato um pouco diferente.
Serão acrescentadas duas rubricas:
1) “Cromos doutrora”: reprodução de autocolantes da época do PREC até aos anos 80 do PCP e outros partidos de Esquerda, de Comissões de Moradores, Cooperativas agrícolas, de Sindicatos e outras organizações. As palavras de ordem, os grafismos, as opções estéticas, as reivindicações, elementos diversos que marcam uma época política de opções e de discursos e se materializam em pequenos autocolantes ostentados ao peito na camisola ou na lapela do casaco, nas paredes, nos vidros de casas e carros. Registos de uma época recente e ainda latente na política actual.
2) “Letras que se decoram”: letras de canções que lembram um dado momento das nossas vidas ou da vida de outrem, que nos faz recordar algo ou alguém. Ou que, pura e simplesmente, ficaram no ouvido. Quem as ler poderá aproveitar para testar se ainda as sabe cantar.
Por fim, será actualizada a lista de blogues e serão acrescentadas novas ligações com interesse, até ao final deste mês de Setembro.
Depois não digam que ninguém avisou…

j.marioteixeira@sapo.pt