quarta-feira, 31 de janeiro de 2007

Coisas no tempo

31 de Janeiro de:
- 1890: Primeira tentativa de derrube do regime monárquico e implantação de um regime republicano, com a Revolta republicana no Porto, que embora não resultasse, serviu de ensaio à Revolução de 1910;
- 1968: Nauru declara a independência da Austrália.

Canção da semana

Nas próximas semanas, vamos ter a companhia de uma banda britânica que se destacou nos anos 80 por sucessivos êxitos, e que ainda hoje continua activa e criativa: “Duran Duran”.
Começamos por uma dos maiores sucessos e que faz parte do álbum “Rio” de 1982: “Save a prayer”.

Mal vai a coisa

Quando os argumentos de fundo começam a falhar, o recurso à questão do gasto dos imposto é a derradeira alternativa ainda que demagógica.
Um dos argumentos dos defensores do “Não” contra a despenalização do aborto é que recusam contribuir com o dinheiro dos seus impostos os estabelecimentos de saúde onde se realizem os abortos.
Antes de mais, mal vai o argumento, numa matéria destas, quando a questão é dinheiro E mesmo a questão do dinheiro é algo que pelos vistos - por ausência de cartazes no passado no mesmo sentido – já não importou nos gastos na Expo98, ou em estádios de futebol para o Euro2004, ou na participação na sanguinária intervenção militar no Iraque.
j.marioteixeira@sapo.pt

Pôr os pontos nos “is” e nos “jotas” [2]

Ainda quanto ao debate sobre a IVG, esteve mal, muito mal Aguiar Branco: deputado do Parlamento que aprovou sem declaração de emendas a pergunta do referendo para depois a criticar e, assim, tentar tirar proveito a favor do “Não”.
Baixeza política e de princípios que não se pode aceitar num deputado da Nação que, inclusive, foi recentemente Ministro da Justiça.
j.marioteixeira@sapo.pt

Pôr os pontos nos “is” e nos “jotas” [1]

No debate acerca do referendo sobre a IVG, valeu a participação de Vital Moreira para fazer lembrar o que está em discussão: a descriminalização do aborto quando realizado até às 10 semanas, por opção da mulher em estabelecimento de saúde público ou privado adequado.
Porque é isto que está em causa.
Não estão em causa políticas de família, não estão em causa as crianças, nem está em causa a defesa suprema da vida. Quem se preocupa com estas questões, que são obviamente nobres, que trate (e que tivesse já tratado) de se movimentar pela alteração normativa dos incentivos à família e à natalidade, pela alteração da Lei da Adopção que viola o direito dos menores à felicidade com processos burocráticos que amarram os menores às instituições ao invés de os entregar a quem os possa amar e cuidar, ou pelo combate à participação em guerras onde, aí sim, se mata cegamente como a nossa participação vergonhosa na Guerra do Iraque que ainda perdura.
j.marioteixeira@sapo.pt

Alma lusa

Espada de Dâmocles”: perigo iminente que ameaça concretizar-se a qualquer momento.

Perspectivas [O que faz falta...]


... é aquecer a malta, o faz falta.

sexta-feira, 26 de janeiro de 2007

Bom fim-de-semana!

Como já vem sendo (mau) hábito, hoje não há tempo para mais.
Para todos, sejam do "Sim", sejam do "Não", sejam do "Talvez" ou do "Não quero saber".

quarta-feira, 24 de janeiro de 2007

Coisas no tempo

24 de Janeiro de:
- 1943: Franklin D. Roosevelt, Winston Churchill, Charles de Gaulle e Henri Giraud, concluem a Conferência de Casablanca, em Marrocos, fixando a estratégia europeia para a Segunda Guerra Mundial, exigindo a rendição das Forças do Eixo (Alemanha, Itália e Japão);
- 1965: Morre Winston Churchill.

Canção da semana

Na companhia da banda britânica “The human league” com o tema “I`m only human”, que faz parte do álbum “Crash” de 1986.

Referendo do aborto [1]

Quem defende a manutenção do actual regime jurídico-penal, ou seja os defensores do “não”, acabam por querer impor uma lógica, uma moral e uma concepção aos outros, uma vez que o que a Lei passa a fazer é descriminalizar o aborto em certas circunstâncias, não o torna obrigatório.
Trata-se de um questão de consciência. E este argumento de se tratar de uma questão de consciência é o mesmo que leva os partidos políticos a defenderem a liberdade de voto e de expressão dos seus militantes.
Todavia, aqueles que usam o argumento de se tratar de uma liberdade de opção com base na consciência, ao serem defensores do “não” estão a impedir que essa mesma liberdade de consciência sustente a opção de abortar ou não.
A consciência livre vale para decidir sobre os outros, mas já não sobre nós próprios.
j.marioteixeira@sapo.pt

Referendo do aborto [2]

Ontem Jorge Sampaio afirmou, num debate acerca do referendo que “numa perspectiva de observador, fico um pouco espantado, fico um pouco triste com alguns argumentos”.
Eu compreendo-o, também eu fico um pouco espantado e um pouco triste. Aliás como também fiquei com os argumentos de Jorge Sampaio para empossar o Governo de Santana Lopes e mais tarde com os argumentos para o demitir.
A História tem destas coisas...
j.marioteixeira@sapo.pt

Alma lusa

Quebrar o cuspe”: tomar a primeira refeição do dia.

Perspectivas [haja garganta]

sexta-feira, 19 de janeiro de 2007

Bom fim-de-semana!

Pois é, hoje não há tempo para mais. Só mesmo para desejar a todos [mesmo os que não merecem, mas esses também não acredito que passem por aqui...] um bom fim-de-semana!

quarta-feira, 17 de janeiro de 2007

Coisas no tempo

17 de Janeiro de:
- 1819: Simon Bolívar proclama a República da Colômbia;
- 1973: Ferdinand Marcos torna-se Presidente vitalício das Filipinas.

Canção da semana

Continuamos com a companhia de bandas britânicas de referência nos anos 80. Desta vez temos “The human league” com a canção “Don´t you want me” do álbum “Dare!” de 1981.
Para a semana teremos o tema “I`m Only Human”.

Professor Mestre Doutor


Andamos nós a perder tempo com debates, choques tecnológicos, e afinal há quem, sabiamente, resolva os nossos problemas mais complicados.
Além de que ficamos a saber que, por exemplo, para amarrar uma mulher demora mais tempo do que para amarrar um homem (como se pode constatar pelo texto na imagem), uma diferença de 7 dias. Ora, se falarmos de amarração física, tipo com uma corda, então fica provado que a mulher tem mais habilidade em espernear e a dificultar a vida aos outros quando lhe convém. Se for amarração no plano sentimental, fica provado que os homens são muito menos complicados em questões românticas (aliás uma diferença de sete dias atesta uma maior apetência romântica e sentimental ostracizada ao longo dos séculos).
Depois temos a solução para tudo o que é a base do nosso mal-estar nacional: “mau olhado” (de muita gente que não nos grama pela nossa história); “negócios” porque a economia está complicada; “Justiça” porque os tribunais não se despacham e são caros; e a “inveja” que é um dos grandes males deste povo que o leva a querer, sem poder, ter tudo o que os outros têm.
Além de que consegue ainda saber o passado, o presente e o futuro de cada um, para que todos saibam a resposta a uma trilogia dos maiores mistérios da vida: de onde vimos, quem somos e o que será de nós.
Este texto publicitário é de quem se apresenta, legitimamente face a tais poderes prodigiosos, como “Professor Mestre Doutor”. E é de gente assim que precisamos, e não destes meros letrados que nos têm governado nos últimos 150 anos!
j.marioteixeira@sapo.pt

Alma lusa

Juntar as cuias”: mudar-se

Perspectivas [negócio de família]



A união faz a força.

segunda-feira, 15 de janeiro de 2007

Aviso à navegação


O blogue regressa às publicações nesta Quarta-feira [17/01/2007]. Não antes não só por falta de tempo mas, também, porque ainda estou a avaliar as potencialidades que alguns doutores encarnam para resolverem os nossos males, do que darei a devida conta. A saber, na Quarta-feira. Até lá!

quarta-feira, 10 de janeiro de 2007

Coisas no tempo

10 de Janeiro de:
- 1927: Estreia o filme futurista “Metropolis” de Fritz Lang;
- 1989: As tropas cubanas iniciam a retirada de Angola.

Até na bandeira

Foi hoje publicada a rectificação das dimensões da bandeira a hastear na Assembleia da República, constantes da Resolução da Assembleia da República n.º 73/2006, de 28 de Dezembro. Lá constavam as medidas de “0,3 cm x 0,20 cm” o que a tornava demasiado pequena, convenhamos. Sendo, então corrigida para “0,30 m x 0,20m”, bem mais dignificante.
Exemplo pitoresco do que se sucede constante no Diário da República: rectificações constantes de texto. Nada que dignifique a actividade legislativa que também comporta os cuidados a ter com a publicação que, aliás, oficializa e timbra com eficácia jurídica os próprios actos legislativos.
j.marioteixeira@sapo.pt

O “amigo americano” ainda e sempre

É absolutamente vergonhoso o PS chumbar a proposta do PCP de se criar uma Comissão de Inquérito aos voos ilegais da CIA.
A que se deve esta submissão do PS aos desígnios do Governo e quais são estes? O que se tenta encobrir?
Primeiro tivemos Durão Barroso a apoiar a intervenção militar no Iraque porque viu provas irrefutáveis da existência de armas de destruição maciça que nunca apareceram. Agora temos um Governo que parece fortemente incomodado com qualquer tentativa de indagação sobre os voos da CIA e o uso da Base das Lages.
Na política internacional não se vislumbram diferenças significativas entre o actual Governo e o de Durão Barroso.
j.marioteixeira@sapo.pt

Perspectivas [Vá lá...]


Podia ser bem pior nos tempos de hoje e só admitir notas...

segunda-feira, 8 de janeiro de 2007

Canção da Semana

Com se anunciou a semana passada, estaremos de olhos voltados para uma das grandes bandas britânicas dos anos 80, os “Curiosity killed the cat” . Abrimos assim espaço ao revivalismo da música daquela década.
E como prometido temos “Down To Earth”.

Coisas no tempo

8 de Janeiro de:
- 1913: Tomada de posse do primeiro Governo de Afonso Costa;
- 1958: Aos catorze anos de idade, Bobby Fischer vence o campeonato de xadrez dos EUA.

A acompanhar

A polémica dos voos secretos da CIA e dos testemunhos de açoreanos, levantada por Ana Gomes no
Causa Nossa. E, também, a miserável reacção de sequazes do aparelho socialista.
O assunto é demasiado sério para se resumir a picardia.
Seria bom, por isso, que do próprio Estado viesse um sinal de boa-fé: a questão é pública e de interesse de Estado, daí que o próprio Ministério Público tem a obrigação legal e estatutária de abrir inquérito e de investigar a matéria.
j.marioteixeira@sapo.pt

Alma lusa

Dar o couro às varas”: morrer.

Perspectivas [Picote]


Depois de uns tantos quilómetros, eis que chegamos a Picote. Aqui miramos para montante, a jusante temos a barragem.

sexta-feira, 5 de janeiro de 2007

Bom fim-de-semana!

E não se preocupem em recolher milhares de assinaturas para petições...

Coisas no tempo

5 de Janeiro de:
- 1855: Nasce King Camp Gillet, nos EUA, o inventor da lâmina de barbear;
- 1976: No Cambodja, o Khmer Vermelho (Partido Comunista extremista) estabelece uma nova Constituição e altera a designação do país para Kampuchea, instaurando um regime sanguinário durante cerca de 3 anos.

O enforcamento de Saddam

É acima de tudo um alívio para a “consciência” norte-americana, ver-se livre daquele que outrora financiou e armou para combater o Irão.
Da Administração Bush não seria de esperar outra coisa se não o regozijo, mas já Blair fica, uma vez mais, muito mal. O líder britânico, aquando do anúncio da condenação à morte, teve de refrear a declaração oficial inicial. De modo artificial como se pode constatar pela patente satisfação no enforcamento do ex-líder iraquiano.
j.marioteixeira@sapo.pt

Na terra das oportunidades [e dos Direitos Humanos]

Uma empresa dos Estados Unidos, dedicada a criar figuras de personagens populares, começou a tirar proveito económico da morte de Saddam Hussein, ao comercializar um macabro boneco do ex-ditador iraquiano com a corda ao pescoço”.
[In Diário Digital]

É o que tem de bom o capitalismo: tudo é negócio!
j.marioteixeira@sapo.pt

Mais uma boa razão a favor do voto em branco

Uma vergonha o modo como os senhores deputados tratam o direito de petição dos cidadãos. Mais uma.
Uma vergonha da qual não se livra sequer o próprio Jaime Gama.
A verborreia dos direitos dos cidadãos e da participação cívica na vida política portuguesa, é depois contrariada pelos factos: de 154 petições serão analisada 11 gozando cada uma, para o efeito, de 25 minutos.
É a dignidade dada ao esforço cívico de mobilização e de recolha de milhares de assinaturas. É o espaço que o Estado ao serviço dos partidos políticos dá ao cidadão.
Cada vez dá mais vontade de mandar à merda a classe política.
j.marioteixeira@sapo.pt

Acerca do protesto dos pescadores

Como é curioso ver aqueles que outrora candidatos andavam a trás do povo e que agora, como eleitos, fogem dele.
j.marioteixeira@sapo.pt

Alma lusa

Estar como Pilatos no credo”: estar involuntariamente implicado em algo em que não tem responsabilidade.

Perspectivas [Miranda do Douro]


Pelo caminho, encontra-se um grupo preparado para um retrato de família.

quarta-feira, 3 de janeiro de 2007

Canção da Semana

Este mês de Janeiro vai ser dedicado a um grupo.
Relembrar uma banda britânica que obteve enorme sucesso, mas há anos que anda algo esquecida: os “Curiosity Killed The Cat”, esta semana com um dos seus maiores sucessos “Misfit” lançado como "single" em 1986 fazendo parte do álbum “Keep Your Distance”de 1987.
Para a semana teremos “Down To Earth”.

Coisas no tempo

3 de Janeiro de:
- 1960: Fuga de Álvaro Cunhal do Forte de Peniche, juntamente com Joaquim Gomes, Carlos Costa, Jaime Serra, Francisco Miguel, José Carlos, Guilherme Carvalho, Pedro Soares, Rogério de Carvalho e Francisco Martins Rodrigues, e o sentinela José Alves;
- 1961: O Papa João XXIII excomunga Fidel de Castro.

Calendário

O anúncio anual dos aumentos de bens e serviços é de uma falta de tacto a toda a prova, e não Governo ou Autarquia que cuide de mudar. Depois das festas natalícias e do forró da passagem de ano, mal se chega a Janeiro, Pimba! Lá estão os jornais, rádios e televisões a darem-nos conta dos aumentos dos transportes, da electricidade, do saneamento, etc.
Ora isto é um erro crasso num país onde se quer aumentar a confiança e a própria auto-estima. Primeiro deixava-se o povo acalmar do rodopio festivo, e saciar os seus pequenos sonhos na época de saldos, e depois sim, anunciavam-se os aumentos. Agora desta forma, o pessoal mal entra no Ano Novo, lembra logo as amarguras do Ano Velho.
Está mal!
j.marioteixeira@sapo.pt

Pesos e medidas

Os poderes da Entidade Reguladora da Comunicação Social [ERC] são incompatíveis com a liberdade de expressão e com princípios basilares da nossa Constituição. O poder de interromper uma emissão televisiva é, além de excessivo, impróprio numa democracia. Se algo de errado se passar numa televisão, chama-se ao terrenos os tribunais. Se estes são lentos, tornem-se céleres.
Se fosse um Governo PSD a adoptar semelhante estratégia de censura, cairia o Carmo e a Trindade, seria logo catalogado de fascismo encapotado. Mas aos socialistas sempre se perdoou com mais facilidade as suas tendências de controlar a comunicação social, os mesmos que se arrogam paladinos da liberdade e da democracia como se fossem coutadas privadas.
E a coisa vai para a frente....
j.marioteixeira@sapo.pt

Alma lusa

Apertar a cravelha”: mostrar rigor, exigência, ou insistência.

Perspectivas [Miranda do Douro]

Ainda em direcção a Picote, agora temos as cores do campo.