sexta-feira, 30 de dezembro de 2005

Voto para 2006


Um singelo mas gigantesco voto para 2006: que a sapiência não fique agrilhoada ao chão.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2005

Coisas no tempo

29 de Dezembro de:
- 1911: Sun Yat-sem torna-se o primeiro Presidente da República da China.
- 1987: O cosmonauta soviético Yuri Romanenko regressa à Terra após 326 dias no espaço.

j.marioteixeira@sapo.pt

Cromos doutrora


Mais uma convocação do MDM ao 8 de Março.

j.marioteixeira@sapo.pt

Economia sem política

Olhando para trás, e lembrando os bons ensinamentos de Economia Política que tive, apercebo-me que ou os tempos mudaram radicalmente e podemos rasgar a maior parte dos tratados sobre a matéria ou então nada daquilo que outrora se ensinou tem qualquer interesse perante as actuais teses e praxis.
A redução do rendimento disponível é uma prática concertada por toda a Europa. Em Portugal é notório que a perda de poder de compra tem vindo a acentuar-se nos últimos 6 anos. Os aumentos salariais contidos com a constante desculpa da trilogia crise/competitividade/contas públicas, serviram apenas para reduzir a capacidade de compra e a qualidade de vida dos portugueses: de resto nem o país saiu da crise, nem ganhou competitividade, nem resolveu o desequilíbrio das contas públicas.
Chegados ao presente momento, depois de bombardeados com constantes apelos à esperança, ao optimismo, à confiança num futuro melhor, eis que o Governo que diz querer restabelecer a confiança nacional, avança com uma proposta de aumento salarial de 1,5%, dizendo o Ministro das Finanças que não há dinheiro para mais.
Ora, para além do cisma social que já existe e que pode agravar-se de modo mais perigoso, existe ainda algo bem mais macabro: quem é a suma inteligência que acha que uma economia pode sair da crise e entrar em retoma com uma população sem rendimento disponível para consumir?
Há coisas que são básicas: o esganar dos rendimentos leva ao esganar do consumo, e sem consumo não há retoma possível. Tem ainda um efeito colateral perverso: o aumento crescente do endividamento, algo que tem vindo a ser denunciado pelos últimos estudos do Banco de Portugal.
Aprofundar políticas de redução do rendimento disponível, fazer o poder de compra dos trabalhadores perder todos os anos para o aumento generalizado dos preços, reduzir os direitos sociais por mera lógica contabilística e permitir que o mercado continue distorcido a favor de quem não conhece custos sociais e fiscais, inclusive no próprio território nacional [veja-se, por exemplo, o regime fiscal privilegiado das denominadas “lojas dos chineses”], retiram à expressão “economia política” a vertente “política” que deveria ter.
Por estas bandas, a gaveta é um clássico refúgio do socialismo.

j.marioteixeira@sapo.pt

Alma lusa

Com a cabeça à razão de juros”: alheio, despistado, desorientado.

j.marioteixeira@sapo.pt

Perspectivas [rude frescura]


A rude frescura em pleno Gerês. Para respirar fundo.

j.marioteixeira@sapo.pt

quarta-feira, 28 de dezembro de 2005

Coisas no tempo

28 de Dezembro de:
- 1836: A Espanha reconhece a independência do México;
- 1897: Estreia, em Paris, a peça de teatro “Cyrano de Bergerac” de Edmond Rostand.

j.marioteixeira@sapo.pt

Cromos doutrora


A comemoração do Dia Internacional da Mulher deu o mote a diversos cromos do MDM, com os quais iremos terminar esta série.

j.marioteixeira@sapo.pt

Quando vozes de burro chegam ao céu [1]

Um tema diferente, a regressar em breve: a recente alteração do regime jurídico de uso e porte de arma de defesa, aprovada pela Assembleia da República. A acreditar nas alterações que logo foram anunciadas pela comunicação social, temos sinais de clara incompetência do nosso legislador, acompanhada de desonesta intelectualidade.
O aumento do tráfego de armas ilegais, na maioria atinente a armas de fogo de calibre ilegal para defesa, foi a maior motivação para - espantem-se!! – tornar ainda mais difícil a obtenção de uma licença de uso e porte de arma de defesa. Ou seja, perante o crescimento do mercado negro, esgana-se o acesso ao mercado ilegal. Como se alguém que está com intenções de assaltar automobilistas, agências bancárias ou bombas de gasolina esteja interessado em ter uma arma legal, devidamente registada, cujo uso pode ser facilmente comprovado pela balística. Imagine-se a fundamentação necessária para obter licença de uso e porte de arma de defesa: “dedico-me à actividade de furto e roubo e desejo garantir a minha defesa pessoal em caso, por exemplo, de resistência da vítima”.
Os polícias assassinados no cumprimento do dever, os assaltos com uso de armas acompanhados com cada vez maior grau de violência e sofisticação, a utilização criminosa com armas de fogo em geral: acontece com armas ilegais, a esmagadora maioria das vezes com calibres proibidos.
Quem pede licença de uso e porte de arma, quem tem uma arma devidamente registada quer se defender, quer assegurar, por diversas razões, a segurança de que carece, a segurança que o Estado não garante sequer aos próprios agentes policiais.
Quando temos um Parlamento a fazer leis deste tipo, temos bons indicadores acerca da qualidade dos nossos deputados. E não só.

j.marioteixeira@sapo.pt

Alma lusa

Perder mel e cabaça”: sofrer duplo prejuízo.

j.marioteixeira@sapo.pt

Perspectivas [Ponte da Barca]


Um último espelho de água. Até a um regresso àquelas terras.

j.marioteixeira@spo.pt

terça-feira, 27 de dezembro de 2005

Coisas no tempo

26 de Dezembro:
- 1925: É fundado o Partido Comunista da Índia;
- 1975: O Tupolev TU-144 entra ao serviço da União Soviética.

j.marioteixeira@sapo.pt

Cromos doutrora


A Comissão de Mulheres Progressistas investe no mesmo mote: a luta contra a carestia da vida.

j.marioteixeira@sapo.pt

Coisas assim

Se o Natal é uma daquelas “desculpas” institucionalizadas para reunir a família, já a passagem de ano é uma espécie de “diversão obrigatória”.
No primeiro caso há sempre a utilidade de expurgar a consciência da alma por aquelas horas que não investimos em estar com este ou aquele familiar. Porque a vida de hoje [tal como era aquela “de hoje” há 30 anos atrás] é muito rápida, frenética, desgastante. Corre-se muito e quando se corre todo o tempo conta. Conta para correr, claro. Adiamos o telefonema que estamos para fazer há algum tempo, não nos desviamos dos caminhos rotineiros para fazer aquela visita. Com as prendas salvamos as culpas dos momentos importantes a que faltamos na vida dos filhos. E por aí adiante. Porque no Natal podemos redimirmo-nos dessas nossas faltas, fazemos “reseat” ao contador das nossas faltas, tudo volta a zeros e assim sentimo-nos melhor com o nosso próprio peso.
Mas na Passagem de Ano a coisa é um pouco diferente: há a institucionalização de nos divertirmos. Não tem qualquer lógica chegar àquele ponto do calendário e deixarmos passar a perene efeméride. É imperioso que se festeje a entrada do ano novo, que haja diversão, alegria. Porque assim é, porque assim sempre foi. E não tem lógica que assim não o seja. Quem não festeja terá de estar doente, triste ou deprimido.
Se o Natal é a nossa última instância de redenção, a Passagem de Ano é o derradeiro exercício de formatação social.

j.marioteixeira@sapo.pt

Alma lusa

Ensaboar os queixos do burro”: fazer trabalho inútil ; desperdício de tempo e de esforço.

j.marioteixeira@sapo.pt

Perspectivas [Ponte da Barca]


Seguindo ainda um pouco mais para montante, um espelho de água. Mais um.

j.marioteixeira@sapo.pt

quinta-feira, 22 de dezembro de 2005

Mensagem


A presente quadra é, quase sempre, oportunidade e apelo à aproximação. Uma festa de presentes mas também de ausentes, daqueles que já não se encontram fisicamente entre nós. Saibamos honrar as suas memórias, lembrando-os.
A todos, um Natal de paz.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2005

Coisas no tempo

21 de Dezembro de:
- 1958: Charles de Gaulle é eleito Presidente da França, e estabelece-se a Quinta República;
- 1968: Os EUA lançam a Apollo 8.

j.marioteixeira@sapo.pt

Cromos doutrora


O Movimento Democrático das Mulheres foi uma das organizações mais abrangentes e activas do PREC.
Neste cromo, temos a convocação para uma manifestação contra a carestia de vida.

j.marioteixeira@sapo.pt

Mitologia

O debate de ontem teve uma singela utilidade: a de abalar a imagem mítica de Mário Soares como grande democrata e pluralista. Revelou Mário Soares como é: arrogante, petulante e malcriado.
O risco que Mário Soares quis correr com a estratégia para o debate era demasiado alta, e ele deveria saber isso. Conseguiu vitimizar Cavaco Silva e em momento algum cuidou de ter pudor em transformar a questão política em pessoal.
Não acho que tenha ganho o debate, antes o perdeu porque não conseguiu provocar Cavaco Silva, nem arrastá-lo para uma luta que este sabia não levar a melhor. Falhou. E por isso almeja uma desforra a todo o custo, mentindo acerca dos pressupostos da necessidade de haver mais debates: as ideias estão esclarecidas. O objectivo é querer ganhar na segunda vez o que perdeu na primeira.
Faça-se um pouco de exercício de memória para romper a tendência hipócrita de mistificação de Mário Soares neste país, tantas vezes envergonhado de lembrar a verdade dos factos: Se tivesse sido Cavaco Silva a dizer em tempos “Oh Senhor guarda, desapareça!” seria autoritário, indecente, ditador. Mas como foi Mário Soares, foi pitoresco. Lembre-se que o grande democrata e pluralista de Esquerda quando perdeu a eleição para a presidência do Parlamento Europeu para uma mulher, não se coibiu de a rotular de doméstica.
Mário Soares contribuiu claramente para a credibilizar a candidatura de Cavaco Silva, e a Esquerda não lhe pode perdoar tal coisa, desde logo na primeira volta destas eleições, fazendo do voto o merecido castigo.

j.marioteixeira@sapo.pt

Alma lusa

Burro matriculado”: pessoa conhecida pela sua estupidez.

j.marioteixeira@sapo.pt

Perspectivas [Ponte da Barca]


Continuamos por Ponte da Barca, seguindo o Rio Lima para montante.

j.marioteixeira@sapo.pt

terça-feira, 20 de dezembro de 2005

Coisas no tempo

20 de Dezembro de:
- 1968: Morre John Steinbeck, vencedor do Prémio Pulitzer em 1937 e do Nobel da Literatura em 1962;
- 1999: Portugal transfere a para a China a autoridade política e administrativa sobre Macau.

j.marioteixeira@sapo.pt

Cromos doutrora


Temos hoje um cromo do MUM: Movimento Unitário de Mulheres.
Ao gerirem o orçamento doméstico, as mulheres conhecem bem o custo de vida. A reivindicação é assim natural.

j.marioteixeira@sapo.pt

Onde andou ele?

Já não é a primeira vez que Freitas do Amaral espanta com as suas acções. Talvez por isso, por já não ser novidade, não se tenha dado grande importância ao que disse o Ministro acerca dos montantes que Portugal irá receber em sede de apoios comunitários: os portugueses têm o ónus de fazer valer aquele dinheiro produzindo mais, dedicando-se mais, esforçando-se mais, correr riscos apostando em negócios.
Ora, isto dito por alguém que nunca soube o que é ter de andar transportes públicos, que fazer contas ao fim do mês para ver se o salário chega, ou sequer ter de ir para uma fila de espera para uma entrevista para um emprego, é realmente motivador.
Não se lembra o Senhor Ministro que se há alguém responsável pelo mau aproveitamento dos fundos comunitários e pelos seus fracos resultados é a classe política em geral e a governativa em particular?
O Senhor Ministro não se recorda da quantidade de dinheiro que entrou em Portugal durante o reinado de Cavaco Silva [durante o qual chegou a ser o candidato da Direita nas Presidenciais, defrontando Mário Soares] que coincidiu com a aquisição em massa de Ferraris e de grandes propriedades imobiliárias mercê de falta da mais básica e elementar fiscalização?
O Senhor Ministro tem ideia de quanto o rendimento dos portugueses já foi prejudicado pela péssima gestão de sucessivos Governos e o quanto da riqueza nacional é sorvido, sugado, por um Estado que não é eficaz e, ainda por cima, é caloteiro?
É caso, por fim, para perguntar: o Senhor Ministro Freitas do Amaral tem andado por onde nos últimos 15 anos?

j.marioteixeira@sapo.pt

Alma lusa

Contar bulas”: mentir.

j.marioteixeira@sapo.pt

Perspectivas [Ponte da Barca]


De regresso ao Norte. De regresso a Ponte da Barca, por onde estaremos até ao fim desta semana, desta vez com um espelho de água.

j.marioteixeira@sapo.pt

segunda-feira, 19 de dezembro de 2005

Coisas no tempo

19 de Dezembro de:
- 1963: Zanzibar recebe a independência do Reino Unido e torna-se uma monarquia constitucional;
- 1974: O primeiro computador pessoal, o ALTAIR 8800, é posto à venda.

j.marioteixeira@sapo.pt

Cromos doutrora


Esta semana, e até ao final do ano [falta pouco…], esta secção será dedicada à Mulher.
Começamos por um cromo da União das Mulheres Anti-fascistas e Revolucionárias.

j.marioteixeira@sapo.pt

Notas de Segunda

1 – A negociação do Orçamento da União Europeia e respectivo Quadro Comunitário de Apoios, demonstrou que a Política Agrícola Comum enquanto não for revista serve de arma de arremesso negocial onde pouco conta o Projecto Europeu e mandam as vantagens de cada Estado.
2 – Seria bom que o nível de satisfação com os montantes conseguidos para apoios a Portugal tivesse tradução no nível de racionalidade e de controlo quanto ao seu destino.
3 – O PS começa a mostrar desespero de causa, tão cedo em relação ao dia das eleições. Depois do inoportuno apelo de Jorge Coelho, veio o mesmo com a doutrina do aviso chantagista: “depois não digam que não avisei”. A Democracia está-lhes mesmo no sangue.
4 – O anunciado aumento do parqueamento automóvel nas grandes cidades, como medida de combate ao tráfego automóvel e à poluição, é de uma descarada demagogia para esconder o verdadeiro objectivo: ir buscar ao bolso do cidadão aquilo que a administração central não dá.
5 – Usar o argumento de que existe um grande número de armas ilegais para reduzir a emissão de licenças de uso e porte de arma de defesa é um autêntico exercício de estupidez: com o aumento da criminalidade é preferível haver armas legais do que promover a sua procura no mercado negro.
6 - Triste, mesmo muito triste, foi o aproveitamento que fez o Ministro Vieira da Silva em estar presente na entrega de cabazes de Natal a idosos, num almoço na Obra Social Padre Miguel. Já era tempo de estarmos libertos destes oportunismos políticos à volta da miséria e dos velhinhos.

j.marioteixeira@sapo.pt

Alma lusa

Estarem as bruxas a pentearem-se”: diz-se quando chove e brilha o sol ao mesmo tempo.

j.marioteixeira@sapo.pt

Perspectivas [fim de tarde]


A silhueta da Ilha de Toralla, vista das praias de Samil, na Galiza. Alguns portugueses ali se refugiaram a seguir ao 25 de Abril de 1974.

j.marioteixeira@sapo.pt

sexta-feira, 16 de dezembro de 2005

Coisas no tempo

16 de Dezembro:
- 1515: Morre, em Goa, o grande navegador Afonso de Albuquerque;
- 1989: Começa a Revolução Romena que levaria à queda e fuzilamento sumário do ditador Nicolau Ceausesco.

j.marioteixeira@sapo.pt

Cromos doutrora


Com este cromo, terminamos hoje a série dedicada aos sindicatos.
Para a semana teremos outro tema.

j.marioteixeira@sapo.pt

Obrigadinho

Primeiro é o debate, as perguntas e as respostas compassadas, cada uma na sua vez, com uma ou outra réplica de permeio. Findo o debate, temos as entrevistas fora dos estúdios de televisão, em que se fazem perguntas sobre as respostas dadas às perguntas que foram feitas minutos a trás. Noutros canais passam resumos do debate e há uns tantos comentadores [quase sempre membros dos partidos políticos a que pertencem os intervenientes dos debates] a analisarem ao pormenor o que foi dito no debate. No dia seguinte temos a repetição dos alegados melhores momentos do debate.
Mas não é só. Não se pense que só em época eleitoral isto acontece.
Após os jogos de futebol, temos a rubrica das entrevistas curtas aos jogadores e treinadores intervenientes. Aquilo que se chama em bom português de “flash interview”. Depois de responderem a duas ou três perguntas formatadas, o entrevistador faz uma súmula, para que sejamos capazes de perceber e apreender a profundidade do que ali foi dito.
Também os repórteres não resistem a fazer um resumo das curtas entrevistas que fazem a políticos ou transeuntes. O mesmo se diga quando acompanha declarações públicas, conferências de imprensa ou discursos. Tudo como se tivessem de traduzir para português o que foi dito.
Humildemente só me resta agradecer a todos quantos me tratam com uma criancinha ignorante e ingénua a quem tem de se explicar tudo e se apresenta as perspectivas pelas quais deve pensar.

j.marioteixeira@sapo.pt

Alma lusa

Largar a braguilha”: deixar de incomodar ou de maçar.

j.marioteixeira@sapo.pt

Perspectivas [Óbidos]


Despedimo-nos de Óbidos, com este mar de telhados.

j.marioteixeira@sapo.pt

quinta-feira, 15 de dezembro de 2005

Coisas no tempo

15 de Dezembro:
- 1966: Morre Walt Disney;
- 1995: O Tribunal de Justiça das Comunidade Europeia reconhece e decreta a livre circulação de jogadores de futebol entre clubes euroepeus [Lei Bosman].

j.marioteixeira@sapo.pt

Cromos doutrora


A luta também se dá dentro dos sindicatos.

j.marioteixeira@sapo.pt

O breve impulso da tragédia

Enquanto a tragédia não acontece, a vida vai correndo, o tempo passando, as palavras voando. As coisas falam-se, abordam-se, debatem-se, analisam-se.
Tudo vai até que alguém é baleado, ou cai, ou afoga-se, ou é agredido, ou assaltado, ou tem um acidente grave. Então aí as coisas mudam-se: passamos a ter notícia, denúncias, acusações, justificações e promessas. Então aí ainda mais se fala, mais se aborda, mais se debate e mais se analisa. Até cansar o assunto, até nos cansarmos do assunto.
Para trás fica o agente da PSP baleado, o motociclista com as pernas decepadas por uma guilhotina em forma de rail, o automobilista abalroado e assaltado na estrada, o transeunte aleijado pela queda na obra mal assinalada, etc.
Entre o breve impulso da tragédia e o esfumar do assunto, fica algures a responsabilidade e a confiança.

j.marioteixeira@sapo.pt

Alma lusa

Meter as botas em alguém”: criticar ou censurar de modo grave.

j.marioteixeira@sapo.pt

Perspectivas [Óbidos]


Um pouco de cuidado com a cabeça faz sempre bem.

j.marioteixeira@sapo.pt

quarta-feira, 14 de dezembro de 2005

Coisas no tempo

14 de Dezembro:
- 1939: A URSS é expulsa da Liga das Nações;
- 1959: É fundada a Motown em Detroit, Estado do Michigan

j.marioteixeira@sapo.pt

Cromos doutrora


Um momento histórico: a constituição do Sindicato dos trabalhadores da Função Pública – Zona Norte.

j.marioteixeira@sapo.pt

Apitó comboio...


O Ministro Mário Lino tenta justificar o TGV a toda a força. Diz mesmo no telejornal do Canal 2 que o ganho no troço entre Porto e Lisboa é imenso, porque actualmente demora-se 3 horas [?!].
Não sei a que comboio o Ministro se referia, mas se quer fazer um comparativo de melhor concorrência, poderia usar o exemplo da foto: uma locomotiva Henschel & Sohn de 1922.

j.marioteixeira@sapo.pt

O amigo americano...

… é aquele que para salvar alguém, não se importa de mentir.
É aquele que não perde tempo com burocracias legais, para nos proporcionar uma volta de avião pela Europa, até hotéis longe de olhares indiscretos para convívios privados.
É aquele que luta pela paz, nem que seja pela força da guerra.
É aquele que defende a vida nem que seja pela via da morte.
É aquele que combate o terrorismo nem que para isso o semeie.
É aquele que junta alegados terroristas em cadeias meses a fio, para que tenham com quem conversar e conviver.
É aquele que garante aos amigos que não faz aquelas coisas de que há provas de que faz, porque não quer preocupar.
Com amigos assim, alguém precisa de inimigos?

j.marioteixeira@sapo.pt

Alma lusa

Levar um bode”: ser repreendido.

j.marioteixeira@sapo.pt

Perspectivas [Óbidos]


Ainda os encantos de Óbidos.

j.marioteixeira@sapo.pt

terça-feira, 13 de dezembro de 2005

Coisas no tempo

13 de Dezembro:
- 1996: Kofie Annan é eleito secretário geral da ONU;
- 2003: Saddam Hussein é capturado junto da sua terra natal, Tikrit.

j.marioteixeira@sapo.pt

Cromos doutrora


Ainda o humor com veículo da mensagem.

j.marioteixeira@sapo.pt

Coisas assim

Sempre que vejo um talão, uma factura de uma qualquer conta que pago, e vejo lá comissão do Estado sob a designação de IVA, penso para mim no negócio que aquilo é: sem fazer nada, sem ter qualquer custo ou gasto, lá está a comissão do Estado, de 21%, um valor que muita vezes não é a margem de lucro de quem nos factura. Tudo com diversas economias de escala e poupanças consideráveis, incluindo até o papel, uma vez que até o custo do papel e da impressão do talão ou da factura é por conta de quem a passa.
Negócios assim são difíceis de encontrar…

j.marioteixeira@sapo.pt

Alma lusa

Bife de cabeça chata”: sardinha.

j.marioteixeira@sapo.pt

Perspectivas [Óbidos]


Ainda a propósito de encantos, em Óbidos.

j.marioteixeira@sapo.pt

segunda-feira, 12 de dezembro de 2005

Coisas no tempo

12 de Dezembro:
- 1925: Reza Pahlavi assume o poder na Pérsia, hoje Irão;
- 1963: Quénia torna-se independente do reino Unido.

j.marioteixeira@sapo.pt

Cromos doutrora


As reivindicações de então da frente Comum dos Sindicatos da Função Pública.
O humor serve de transporte à mensagem.

j.marioteixeira@sapo.pt

Diferenças para além do estilo

Um método pelo qual se conclui se estamos ou não perante uma República, é o modo em como o Estado se reconcilia com a sociedade após uma qualquer crise.
Em França o Ministro da Justiça pediu desculpa em nome institucional por erros grosseiros cometidos numa investigação criminal e na condução de um certo processo judicial. Mais: prometeu medidas disciplinares exemplares para todos os magistrados que não cumpriram devidamente as suas funções.
Em Portugal temos de aturar a figura caricata do ainda Procurador Geral da República. Isto depois de já termos tido um Cunha Rodrigues.

j.marioteixeira@sapo.pt

Notas de Segunda

1 – Quanto mais debates se vê na televisão mais se percebe que há pouco para falar acerca do papel de Presidente da República e muito a aproveitar para avaliar a governação socialista.
2 – Há mais de um mês que anda a ser noticiada a existência de, pelo menos, um “gang” que rouba carros topo de gama usando a técnica do abalroamento com posterior ameaça sob caçadeiras, na zona norte do país. Já é tempo das autoridades policiais, as mesmas que constantemente indeferem licenças de uso e porte de arma de defesa a quem tem cadastro limpo e idoneidade cívica comprovada, começarem pôr cobro à situação.
3 – Há duas coincidentes hipocrisias na questão dos alegados voos da CIA: os EUA representam os de dama ofendida, como se fossem incapazes de violar espaços aéreos ou de praticar torturas, e os interlocutores europeus fazem de conta que não têm serviços secretos a trocar informações.
4 – Como está mudado José Magalhães desde que é Secretário de Estado da Administração Interna, tão enfatuado agora no poder quanto era acutilante na oposição. O poder tem destas coisas.
5 – O desafio a que Tony Blair se propôs de reformular os privilégios da França em sede de Política Agrícola Comum, assenta num escusável custo a cargo dos países menos desenvolvidos da União.
6 – Seria já tempo de Jorge Coelho saber adaptar o tom de voz às circunstâncias: discursar num restaurante não é a mesma coisa que discursar no Pavilhão Atlântico.

j.marioteixeira@sapo.pt

Alma lusa

Meter o Rossio na Betesga”: tentar juntar muita coisa num espaço exíguo, tentar o que é impossível.

j.marioteixeira@sapo.pt

Perspectivas [Óbidos]


Há recantos de encantos, em Óbidos.

j.marioteixeira@sapo.pt

quarta-feira, 7 de dezembro de 2005

Coisas no tempo

7 de Dezembro:
- 1975: A Indonésia invade Timor;
- 1988: Yasser Arafat reconhece a Israel o direito de existir.

j.marioteixeira@sapo.pt

Coisas que acontecem



Há um ano, Mário Soares dizia de modo inequívoco, com toda a pompa e circunstância, que não voltava à política activa.
Mário Soares faz hoje faz 81 anos.

Cromos doutrora


Se a união faz a força, então a união de forças faz mais força ainda.

j.marioteixeira@sapo.pt

A recuperação do eixo franco-alemão

A redução do Estado Social e dos direitos laborais são opções das actuais políticas da França e da Alemanha, e marcam de modo profundo as opções de outros governos, como o caso português.
Recentemente foram anunciados na Alemanha importantes cortes salariais e de prestações sociais. A matriz das novas soluções políticas assenta na fria lógica da redução de custos, não importa as consequências sociais ou sequer a indisponibilidade de rendimento que faz empancar o funcionamento do mercado. As preocupações de distribuição de riqueza passam a estar subordinadas à lógica do custo contabilístico sem qualquer axioma sociológico.
Acontece que a recuperação de uma economia como a francesa ou a alemã, não se faz sem contribuição alargada dos demais parceiros europeus. Não porque sejam economias abertas dependentes de meras oscilações das demais, mas porque a impossibilidade de recurso a políticas cambiais decorrente dos pressupostos da moeda única, a crise social de que padecem e a inflexibilidade dos critérios do Pacto de Estabilidade e de Crescimento, não permitem que a solução seja meramente interna.
Ora, uma das diferenças do modo em que a retoma se proporciona no eixo franco-alemão à custa das demais economias, reporta-se ao mercado mais importante: o tecnológico. É por via da venda e aplicação da tecnologia, em larga escala, que se faz a verdadeira diferença entre as economias europeias.
Em Portugal, os investimentos do aeroporto da Ota e do TGV, independentemente de quaisquer estudos ou de necessidades, sempre teriam de acontecer. Se o caso da Ota se reconduz apenas à opção de localização, já que a necessidade parece existir, já o caso do TGV é bem diverso. Mas que ambos têm de arrancar por compromisso europeu, que num caso se suporta em fundos europeus e que no outro se rotula de “rede europeia de alta velocidade”, disso ninguém duvide. Outra coisa não seria de esperar, porque o eixo franco-alemão carece de vender a sua tecnologia e de emergir da crise em que se encontra mergulhado. O mesmo eixo que tenta ditar os principais projectos europeus com interesse, de acordo com as valências tecnológicas de que dispõem, porque há que ter retorno dos seus contributos em sede de Orçamento Comunitário.
Não fossem projectos de “interesse europeu” como o TGV, e onde poderia o eixo franco-alemão sustentar a retoma económica, para além da redução do Estado Social? Em que outro mercado, para além do europeu, poderia tal acontecer?
Esta é uma das abismais diferenças entre nações europeias: os que manobram alavancas e os que andam aos “choques”.

j.marioteixeira@sapo.pt

Alma lusa

Puxar pelo bestunto”: fazer esforço por compreender.

j.marioteixeira@sapo.pt

Perspectivas [Óbidos]


Há passagens assim, em Óbidos.

j.marioteixeira@sapo.pt

terça-feira, 6 de dezembro de 2005

Coisas no tempo

6 de Dezembro:
- 1877: É publicado o primeiro exemplar do Washington Post;
- 1978: A Espanha aprova em referendo a sua Constituição.

j.marioteixeira@sapo.pt

Cromos doutrora


Hoje temos um cromo cujo grafismo resulta de contrastes rudes, com que se quer caracterizar o árduo trabalho da terra.

j.marioteixeira@sapo.pt

Trezentos e sessenta graus

Basta olhar à volta e já se vê que, na blogoesfera, não faltam opiniões acerca do debate de ontem. Valerá, então, a pena fazer alguma análise, face a tanta opinião quer generalizada quer qualificada? Julgo que não. Está tudo por aí, é só escolher: aderindo, seleccionando ou repudiando.
Neste momento pouco se poderá extrair de novo dos debates, porque os mesmos acontecem com base em cuidados nos pormenores, nos pesos das palavras. Há muito estudo prévio e treino.
As verdadeiras razões de escolha, de análise, estão cada vez mais no passado, e os argumentos são cada vez mais colaterais. De resto pouco ou nada se pode tirar de proveitoso. É normal que assim seja quando estamos perante personalidades com pretérito [perfeito e imperfeito]. E por muito que queiram evitar, deverão prestar contas do que está para trás, do que fizeram e do que disseram. Porque é essa a lógica do julgamento político, ao qual há quem goste de se furtar, invocando o futuro.
Olhar apenas para o actual momento, com os olhos apenas voltados para a frente omite a importância das razões pelas quais chegamos até aqui [ou pior: até este ponto]. Por muito que custe, sejamos capazes de olhar em volta.

j.marioteixeira@sapo.pt

Alma lusa

Ser o benjamim de alguém”: diz-se do filho predilecto; pessoa querida.

j.marioteixira@sapo.pt

Perspectivas [Óbidos]


Há esquinas assim, em Óbidos.

j.marioteixeira@sapo.pt

segunda-feira, 5 de dezembro de 2005

Coisas no tempo

5 de Dezembro:
- 1936: URSS adopta uma nova Constituição;
- 1978: URSS assina o Tratado de Amizade com o governo comunista do Afeganistão.

j.marioteixeira@sapo.pt

Cromos doutrora


Hoje temos barba e cabelo.

j.marioteixeira@sapo.pt

Notas de Segunda

1 – Se o silêncio favorece Cavaco Silva, o discurso parece começar a prejudicar Mário Soares, começando a cair mal a sua insistência na opção de o estigmatizar. Deste modo, o silêncio de Cavaco Silva começa a ser legítimo com a desculpa de que não vai descer o nível.
2 – O aumento dos casos de SIDA em Portugal, revela o fracasso de políticas, ou de ausência delas, no combate à doença. Como sempre não há responsáveis que respondam pelo fracasso nem faltam discursos políticos redondos acerca da necessidade de reforçar os meios ao dispor.
3 – Curiosa a ausência do Papa no concerto de Natal. Tal como o “desconvite” de Daniela Mercury à última da hora para o mesmo, que se prenderá com o apelo insistente desta cantora ao uso do preservativo. Ventos de mudança sopram bem longe do Vaticano.
4 – Chegou a época de recuperação do sector da restauração: os jantares de natal.

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Alma lusa

Triques à beirinha”: asseado, esmerado, aperaltado.

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Perspectivas [Óbidos]


Há travessas assim, aos degraus, em Óbidos.

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