sexta-feira, 29 de dezembro de 2006

Aviso à navegação


Devido à incompetência e fraca qualidade pelo acesso à Internet prestado pela Sapo (PT COM), este blogue esteve inactivo.
Na verdade desde 20 de Dezembro até hoje estive sem acesso à Internet, e se já antes o serviço era mau porque nem sequer coincidia com o contratado, assim continua. E é bom que estas coisas se saibam para perceber qua não há tanta diferença entre o sector público e o sector privado quanto à qualidade dos serviços: temos maus serviços porque a mentalidade é má, a massa humana no público ou no privado é igual e o que conta, cada um em seu galho, é tratar de ganhar a vida.
O blogue regressará às publicações regulares para a semana, o que é o mesmo que dizer "Até para o ano!"
Votos que 2007 seja melhor que este ano que finda (excluindo a Banca, claro).
Entretanto, continuaremos com a companhia desta lenda viva que é Tom Jones, com esta canção alegre e mexida, para que possamos espantar tristezas e arrelias.

quarta-feira, 20 de dezembro de 2006

Coisas no tempo

20 de Dezembro de:
- 1894: É criado o Comité Olímpico Português;
- 1999: Portugal entrega Macau à China, nos termos da Declaração Conjunta de 1998.

Canção da Semana

Uma canção alegre, ritmada e cantada pela excelente voz de Tom Jones, ao vivo. Um clássico chamado “It`s Not Unusual”.

O Estado não é pessoa de bem [corrigido]

O mais recente exemplo é o esvaziamento da importância da actividade notarial. Primeiro o Estado compeliu à privatização da actividade, forçando os Notários a assumirem uma carreira liberal com todos os inerentes custos e riscos [além de os transformar em cobradores de impostos], e agora, paulatinamente, está a retirar-lhes trabalho. O argumento de que as pessoas ganham em menos burocracia e encargos, esconde que, em muitos casos, perde-se de sobremaneira segurança jurídica.
Não está em causa que não se promova mecanismos com vista a facilitar, desenvencilhar a vida das pessoas, mas antes de o Estado ter mentido por omissão de verdade, uma vez que deveria ter assumido claramente que a actividade notarial se tornaria residual.
Não é novidade, mas é triste que assim seja: o Estado mente, engana, ilude. Não tem que ser assim, mas por cá é cada vez mais assim, e caminha-se para aquilo que, não há muito tempo, acontecia: a separação do Estado e da sociedade, passando estes últimos a “Nós” e aquele a “Eles”.
j.marioteixeira@sapo.pt

Ai Carolina, ó ai meu bem! [2]

Será erro meu, mas acho que o livro não deveria chamar-se “Eu, Carolina” mas antes “Ele, Pinto da Costa”.
j.marioteixeira@sapo.pt

Alma lusa

Crepúsculo da vida”: velhice

Perspectivas [Miranda do Douro]


Partindo de Miranda, em direcção ao Picote, descobre-se pormenores assim.

sexta-feira, 15 de dezembro de 2006

Bom fim-de-semana!

E não corram às compras de Natal, porque o que conta é o espírito da coisa!

Coisas no tempo

15 de Dezembro de:
- 1832: Nasce Gustave Alexandre Eiffel, em França, autor da Torre Eiffel e com obras marcantes em Portugal como a Ponte D. Maria e o Elevador de Santa Justa;
- 1995: O Tribunal Judicial das Comunidades Europeias aprova o “Acórdão Bosman”, fazendo chegar ao futebol europeu o princípio da livre circulação de pessoas no espaço europeu comunitário.

Demagogia

In Portugal Diário:
A mandatária da Plataforma contra a despenalização do aborto «Não Obrigada» Maria José Nogueira Pinto manifestou hoje a sua oposição ao financiamento público da interrupção voluntária da gravidez (IVG) em clínicas privadas caso o «sim» vença no referendo.
Presente no lançamento de mais um «outdoor» da Plataforma, a mandatária e vereadora do CDS-PP na Câmara Municipal de Lisboa defendeu, citada pela Lusa, que, se a IVG for despenalizada, «haverá um desvio de financiamento do Serviço Nacional de Saúde para o aborto», o que considerou «injusto».
«Contribuir com os meus impostos para financiar clínicas de aborto?» é a pergunta que se lê em letras rosa num fundo negro do «outdoor» colocado hoje frente ao Hospital Santa Maria, em Lisboa

Pena que não se tenha lembrado de pôr cartazes semelhantes contra o gasto dos nossos impostos em outras coisas, como:
- Com a Guerra do Iraque onde já morreram milhares de seres humanos;
- Financiamento dos partidos políticos;
- Estádios de futebol;
- Ajudas financeiras e perdões de dívidas a países africanos quando só servem para perpetuar ditaduras camufladas;
- Uma máquina estadual que consome mais de metade do PIB; etc.
j.marioteixeira@sapo.pt

O Simplex não pára

Ainda na Lusa podia-se ler: “Já foram instauradas seis queixas- crime contra Carolina Salgado, uma das quais por a ex-companheira alegadamente ter reclamado meio milhão de euros em troco do se manter calada, noticiou hoje a Antena Um citando uma fonte ligada ao processo”.
Ainda estamos na fase de queixas-crime e já temos fuga de informação. Depois das empresas e das casas, temos agora a “fuga de informação na hora”.
j.marioteixeira@sapo.pt

Mahmoud Ahmadinejad

O líder iraniano tem tudo para ser sucessor de Hitler: é baixo, maníaco, não é alemão, não tem ponta de sangue ariano e é admirado pelos nazis.
j.marioteixeira@sapo.pt

Ai Carolina, ó ai meu bem!

Segundo a Lusa “Carolina Salgado diz ainda que não escreveu o livro "Eu, Carolina" por vingança e que deseja após esta publicação "encerrar um capítulo e voltar ao anonimato".
Juridicamente isto é designado por “má adequação dos meios em relação aos fins”.
j.marioteixeira@sapo.pt

Alma lusa

No costado”: na consciência.

Perspectivas [Miranda do Douro]


Continuamos a explorar o Douro e suas margens, agora rumo a um beco sem saída ilusório.

segunda-feira, 11 de dezembro de 2006

Canção da semana

Esta semana teremos a companhia de Elvis Costello, com o seu tema “She”, composto para o filme “Notting Hill”.

Coisas no tempo:

11 de Dezembro de:
- 1908: Nasce um dos mais prestigiados cineastas portugueses, Manoel de Oliveira;
- 1941: Alemanha nazi e a Itália fascista declaram guerra aos EUA.

Ensino superior ou não, em Portugal

No próximo dia 14 de Dezembro, no Centro Cultural de Belém, vai ser apresentado o relatório da OCDE, encomendado pelo Governo, acerca da avaliação do ensino superior em Portugal.
Depois da constatação que há um fosso entre o ensino e o mercado de trabalho, as conclusões específicas acerca do ensino superior poderão ser uma boa oportunidade para se corrigir um dos mais graves desequilíbrios da nossa sociedade, e se perceber de que falamos afinal quando se aborda as matérias do financiamento e da inovação.
j.marioteixeira@sapo.pt

A derradeira fuga de Pinochet [corrigido]

Ontem consumou-se a fuga de Pinochet. Com a usa morte, caiu por terra a possibilidade de o levar à justiça. Fica mais um criminoso da humanidade por julgar, mais um sanguinário.
Pena que em relação ao ditador chileno, não tenha havido a mesma perseguição que os falcões norte-americanos e britânicos movem contra outros perigos à democracia.
No caso dos EUA até se entende, pois foi quem preparou o terreno ao triunfo de Pinochet. Mas disso não se fala. Do 11 de Setembro de 1973 pouco importa, o que importa é o 11 de Setembro de 2001. Não se fala que os EUA, através da Companhia ITT pagaram aos camionistas para não abastecerem os mercados de Santiago o Chile. Com a escassez dos bens de primeira necessidade, a classe média/alta, menos protegida pelas políticas sociais do Presidente socialista democraticamente eleito, Salvador Allende, veio para a rua de panelas na mão e de jóias ao pescoço, fazer protestos. As portas ao golpe militar de Pinochet abriram-se, e assim se deu o 11 de Setembro de 1973, culminando com o assassinato de Allende.
Após o golpe, milhares de chilenos foram assassinados. O requinte de malvadez dos seguidores de Pinochet, chegou ao ponto de cortar as mãos ao cantor chileno Vítor Jara para depois lhe ser oferecida uma viola dizendo-lhe “toca e canta!”.
Foi esta bestialidade que os EUA apoiaram de princípio ao fim. E são estas e outras bestialidades que depois causam os outros “11 de Setembro”, esses sim condenados por toda a chamada Comunidade Internacional.
Augusto Pinochet morreu de velho, em liberdade, e por isso nada me agrada o seu fim, que desejaria atrás das grades. Mas convém lembrar que Pinochet não governou sozinho, e muitos sanguinários ainda poderão, e deverão, ser levados à Justiça.
j.marioteixeira@sapo.pt

Alma lusa

Meter-se como piolho em costura”: diz-se de pessoa impertinente, intrometida.

Perspectivas [Miranda do Douro]


Por entre as fendas da encosta rochosa do Douro, a vida.

segunda-feira, 4 de dezembro de 2006

Canção da semana

Esta semana temos a companhia de Tracy Chapman, com o seu tema "Baby Can I Hold You".

Coisas no tempo:

4 de Dezembro de:
- 1952: A cidade de Londres é coberta por um espesso nevoeiro que combina partículas tóxicas e do qual resulta nos meses seguintes a morte de cerca de 12 mil habitantes, ficando conhecido como “Great Smog of 1952”.
- 1980: Morrem, entre outros, o Primeiro-ministro Francisco Sá Carneiro, primeiro ministro, e o Ministro da Defesa Adelino Amaro da Costa, na queda, em Camarate, do Cessna que os transportava, dando origem a um dos mais polémicos e desprestigiantes casos da Justiça portuguesa.

Qual é a geração rasca?

Considerando o estado a que chegaram as contas públicas e o peso do Estado no PIB.
Considerando os milhões que entraram no país provenientes de fundos comunitários.
Considerando o que se gastou, e prevê-se gastar, em obras megalómanas sem retorno de riqueza a distribuir.
Considerando as constantes mudanças de direcção de reformas, mesmo quando o partido político na governação é o mesmo.
Considerando o recente estudo que comprova o que já se desconfia e fala há muito: falta de ligação entre ensino e mercado de trabalho com imensas licenciaturas sem qualquer interesse, e elevadíssimo desemprego de licenciados.
Considerando o lastimosos estado em que se encontra a Justiça.
Considerando isto, e muito mais, seria caso para perguntar a Vicente Jorge Silva, afinal qual é a geração rasca: a de 94 ou a sua?
j.marioteixeira@sapo.pt

Choques

Apesar do Governo insistir no discurso do choque tecnológico, outras coisas vão chocando. Pelo menos a mim.
Não concebo como é possível que se assista à contínua perda de autoridade por parte dos professores, sendo estes agredidos em plena sala de aulas. A Senhora Ministra da Educação, perante o crescendo de violência contra os professores, reagiu dizendo que aqueles chamassem a polícia.
Pouco tempo depois, é o Senhor Ministro das Finanças a dizer que quem era contra as reformas do Governo era contra os portugueses. Algo que faz lembrar, por patente semelhança de fundamento, a máxima salazarista “tudo pela nação, nada contra a nação”.
Pelo meio, a insistência em projectos megalómanos dos quais não se vislumbra benefício efectivo à economia portuguesa ou ao desenvolvimento da tecnologia nacional: o aeroporto da Ota (que estará fisicamente impossibilitado de expandir daqui a 30 anos!) e o TGV (que a ter tanto sucesso como se apregoa não se percebe como é que então o tráfico aéreo do aeroporto da Portela não baixa).
Há choques, há...
j.marioteixeira@sapo.pt

Alma lusa

Medir as costelas a alguém”: espancar.

Perspectivas [Miranda do Douro]


Descendo para junto do Douro.