sexta-feira, 28 de abril de 2006
quarta-feira, 26 de abril de 2006
Coisas no tempo
26 de Abril de:
- 1933: Na Alemanha nazi, é criada a polícia secreta Gestapo;
- 1937:Guernica, em Espanha, em plena guerra civil, é bombardeada pela força aérea alemã, por força do apoio nazi a Franco [tema que viria a inspirar Picasso para uma das suas mais emblemáticas obras].
DGCI
A máquina fiscal está capaz de trocar os sentidos da vida às pessoas. A DGCI emite em duplicado notas de liquidação de imposto, cada uma com a sua referência de pagamento, confundindo autores de sucessão e sucessores, fazendo duplos lançamentos. O incauto arrisca-se a pagar a nota de liquidação errada e, por isso, a constituir-se em mora, ou a pagar a nota de liquidação certa e mais tarde ter de explicar ao Fisco porque foi que o/a falecido/a não liquidou a nota emitida em seu nome.
Acontece que o sistema informático da DGCI ainda não se encontra unificado, perdendo-se nos meandros das informações que constam em Lisboa e nas diversas repartições de finanças. Ou seja, para não variar, a culpa é do sistema...
sexta-feira, 21 de abril de 2006
Aviso à navegação
Este blogue regressa às publicações no rescaldo revolucionário, ou seja a 26 de Abril próximo.
quarta-feira, 19 de abril de 2006
Coisas no tempo
19 de Abril de:
- 1320: Nasce D. Pedro I de Portugal;
- 1961: A invasão da Baía dos Porcos, em Cuba, resulta em agoirento fracasso.
- 1961: A invasão da Baía dos Porcos, em Cuba, resulta em agoirento fracasso.
Fado
O episódio da ausência de deputados do Parlamento, se preciso fosse, dá toda a legitimidade para escarrar no argumento do aumento da produtividade com que sucessivos governos – que emanam do Parlamento – tentam escapar aos resultados da sua incompetência. E ainda aumenta a legitimidade com que se aprofunda o fosso entre cidadãos e parlamentares, principalmente com as desculpas que foram apresentadas em sede de discussão à volta da “ética” parlamentar.
Em claro processo de branqueamento, a falsificação de presenças – materializada em assinaturas no livro de deputados ausentes, feitas com indiscutível dolo – vai sendo arrumada para o fundo da gaveta.
Por outro lado, o Ministro Alberto Costa insiste numa guerra que outrora o levou a demitir-se como governante: as críticas à Polícia Judiciária, além de não terem fundamento, cheiram a baixeza política de retaliação face ao recente episódio de demissão de Santos Cabral.
O que é mais grave é que as infundadas críticas do Ministro da Justiça à PJ – que teve um notável aumento de eficácia no combate ao tráfico de droga e à contrafacção de moeda apesar da falta constante de meios financeiros que limitavam as operações - dá ideia é que andava a trabalhar demais, a incomodar alguém. E isto é de uma gravidade terrível, que só se explica ou pela inabilidade mais do que comprovada do Ministro da Justiça ou por motivações suas, estranhas ao regular funcionamento da Justiça.
Em claro processo de branqueamento, a falsificação de presenças – materializada em assinaturas no livro de deputados ausentes, feitas com indiscutível dolo – vai sendo arrumada para o fundo da gaveta.
Por outro lado, o Ministro Alberto Costa insiste numa guerra que outrora o levou a demitir-se como governante: as críticas à Polícia Judiciária, além de não terem fundamento, cheiram a baixeza política de retaliação face ao recente episódio de demissão de Santos Cabral.
O que é mais grave é que as infundadas críticas do Ministro da Justiça à PJ – que teve um notável aumento de eficácia no combate ao tráfico de droga e à contrafacção de moeda apesar da falta constante de meios financeiros que limitavam as operações - dá ideia é que andava a trabalhar demais, a incomodar alguém. E isto é de uma gravidade terrível, que só se explica ou pela inabilidade mais do que comprovada do Ministro da Justiça ou por motivações suas, estranhas ao regular funcionamento da Justiça.
Diplomacia à americana
Angola é uma democracia, apesar de não ter eleições há 14 anos. Em Angola há liberdade de expressão e de informação, mas pouca informação concreta temos acerca do que lá se passa excepto a que é cuidadosamente filtrada por estruturas como a RDP e a RTP África. A comitiva que foi a Angola, apesar de ser liderada pelo Primeiro Ministro afinal era apenas económica, não tinha carácter político. Daí que os Direitos Humanos, a corrupção, os caciques fratricidas, a miséria, fossem assuntos que não coubessem na ordem de trabalhos.
Há muitos anos que a política externa relativa a Angola é feita de dogmas traumáticos e de hipocrisia, numa mistura em que a solução parece ter sido tirada de uma manual de Kissinger.
Tudo isto faz lembrar a velha máxima da Máfia: “ nothing personal, strictly business…”
Há muitos anos que a política externa relativa a Angola é feita de dogmas traumáticos e de hipocrisia, numa mistura em que a solução parece ter sido tirada de uma manual de Kissinger.
Tudo isto faz lembrar a velha máxima da Máfia: “ nothing personal, strictly business…”
quarta-feira, 12 de abril de 2006
Aviso à navegação
Este blogue regressa às publicações a partir de 19 de Abril. Deste ano, claro.
Entretanto, como faço sem pre na época da Páscoa, vou tentar descobrir porque raio é que foram coelhos a esconder os ovos e não, por exemplo, o galo...
Boa Páscoa enquanto reunião de família e de amigos.
sexta-feira, 7 de abril de 2006
Coisas no tempo
07 de Abril de:
- 1906: Na Conferência de Algeciras é atribuído à França e à Espanha o controlo sobre Marrocos;
- 1939: nos despontar da 2ª Guerra Mundial a Itália invade a Albânia.
- 1906: Na Conferência de Algeciras é atribuído à França e à Espanha o controlo sobre Marrocos;
- 1939: nos despontar da 2ª Guerra Mundial a Itália invade a Albânia.
Ponto de interrogação
Sempre que a PSP, a PJ ou a GNR fazem apreensões, lá estão as notas dispostas em leque ou por tamanho e cores, as munições, as armas de fogo, tudo tão bem composto que faz inveja a qualquer montra de “botique” de prestígio da baixa.
Gostava de saber quem faz a decoração da mesa das apreensões da polícia? E, se são agentes, quanto tempo demora a fazer a composição artística, durante o qual poderia estar a fazer outras coisas, como por exemplo, investigar crimes?
Gostava de saber quem faz a decoração da mesa das apreensões da polícia? E, se são agentes, quanto tempo demora a fazer a composição artística, durante o qual poderia estar a fazer outras coisas, como por exemplo, investigar crimes?
quarta-feira, 5 de abril de 2006
Coisas no tempo
05 de Abril:
- 1923: A Firestone Tire and Rubber Company inicia a produção do pneu de pressão de ar;
- 1951: Ethel and Julius Rosenberg são condenados à morte por espionagem ao serviço da URSS.
- 1923: A Firestone Tire and Rubber Company inicia a produção do pneu de pressão de ar;
- 1951: Ethel and Julius Rosenberg são condenados à morte por espionagem ao serviço da URSS.
Ponto de interrogação
Se há um ano e meio, um Ministro da Justiça cedesse a uma imposição do Ministro da Administração Interna, afastando das competências da Polícia Judiciária a recolha e tratamento dos dados fornecidos pela Interpol, passando para a alçada do Governo; e se um Secretário de Estado da Administração Interna fizesse chantagem sobre um sector económico [produção de vinho] da alçada do Ministério da Agricultura, e o Ministro da Agricultura viesse desdizer aquele Secretário de Estado pronunciando-se sobre matéria da alçada da Administração Interna [não baixar as taxas de alcolémia], isto tudo era, energicamente, rotulado de trapalhadas.
E agora que nome se deve dar? Não será o mesmo?
Borba on the rocks
Agora a culpa dos acidentes provocados por excesso de alcool é dos produtores de vinho. Ao ponto de um Secretário de Estado recorrer à vil técnica da chantagem.
Está-se mesmo a ver que ideia de fazer política esta gente tem. Ainda para mais quando se está a falar de um sector económico de excepcional qualidade reconhecida em todo o mundo.
Agora a culpa é do vinho. Talvez por isso, se estivermos muito atentos, seremos capazse de ver que o pessoal nas festas, nas discotecas, nas casas de alterne, o que pede não é vodka, whisky ou rum, mas sim um borba on the rocks...
O Processo PJ
O modo e os fundamentos da demissão do Director Geral da PJ, que o Governo tenta esconder atrás da desgastada fórmula da “quebra de confiança institucional”, auspicia o pior.
O que está em causa é a crítica fundada e a oposição justa a uma tentativa clara deste Executivo em “governamentalizar” a informação de segurança. Afastar a PJ da Interpol é por o serviço de informação criminal ao serviço do Governo que já conta com o SIS.
Como se não bastasse, foi notório o desconforto sentido por Alberto Costa quando num primeiro momento recuou, para agora avançar. É uma vez mais uma força policial a fazer tremer o seu mandato. Como acontecera antes enquanto ministro de Guterres, quando bateu a porta porque não aguentava a pressão das forças policiais. Um desconforto agravado quando começa a ser latente que o Ministro da Justiça cedeu ao Ministro da Administração Interna, o que politicamente só pode ter uma leitura: a hierarquia partidária dita a lógica dos poderes ministeriais e das suas políticas. É evidente que a vontade de António Costa prevaleceu. O que em nada abona a favor da solução preconizada por este Governo quanto à recolha e processamento da informação criminal oriunda, por exemplo, da Interpol.
O que está em causa é a crítica fundada e a oposição justa a uma tentativa clara deste Executivo em “governamentalizar” a informação de segurança. Afastar a PJ da Interpol é por o serviço de informação criminal ao serviço do Governo que já conta com o SIS.
Como se não bastasse, foi notório o desconforto sentido por Alberto Costa quando num primeiro momento recuou, para agora avançar. É uma vez mais uma força policial a fazer tremer o seu mandato. Como acontecera antes enquanto ministro de Guterres, quando bateu a porta porque não aguentava a pressão das forças policiais. Um desconforto agravado quando começa a ser latente que o Ministro da Justiça cedeu ao Ministro da Administração Interna, o que politicamente só pode ter uma leitura: a hierarquia partidária dita a lógica dos poderes ministeriais e das suas políticas. É evidente que a vontade de António Costa prevaleceu. O que em nada abona a favor da solução preconizada por este Governo quanto à recolha e processamento da informação criminal oriunda, por exemplo, da Interpol.
Moderadora em que sentido?...
Há uns anitos, pela época do reinado cavaquista, criou-se essa coisa da “taxa moderadora”, dizendo que visava incutir moderação no recurso da população aos serviços de saúde, ou seja: se pagassem alguma coisita, pensavam duas vezes antes ir chatear.
Uma grande treta que não escondia a evidência: tratava-se de um modo de financiar o serviço nacional de saúde.
Mas a acreditar naquela treta, e uma vez que esta semana fui a uma consulta marcada há cerca de sete meses, pelo próprio médico que me acompanha, não deveria ser ele a pagar a taxa? Deveria ser ele o estimulado a moderar-se e a marcar consultas com intervalos, sei lá, de sete anos…
Uma grande treta que não escondia a evidência: tratava-se de um modo de financiar o serviço nacional de saúde.
Mas a acreditar naquela treta, e uma vez que esta semana fui a uma consulta marcada há cerca de sete meses, pelo próprio médico que me acompanha, não deveria ser ele a pagar a taxa? Deveria ser ele o estimulado a moderar-se e a marcar consultas com intervalos, sei lá, de sete anos…