segunda-feira, 30 de outubro de 2006

Coisas no tempo

30 de Outubro de:
- 1920: É fundado o Partido Comunista da Austrália, em Sidney;
- 1991: Inicia-se a Conferência de Madrid com vista à paz no Médio Oriente.

Canção da semana

Temos Charles Aznavour, a interpretar ao vivo “La Boheme”, com música de Jacques Plante e letra de Aznavour.

Tradição a quanto obrigas

Não é nada fácil ao mirandês conservar as suas tradições. Aqui e além, num restaurante, numa pequena casa de pasto, os enchidos são servidos como se fossem clandestinos: “não podemos ter disto aqui, são feitos cá mas não tenho licença para isso”. É verdade, torna-se difícil manter a tradição da alheira caseira, quando o fabrico da mesma, feita pelas mãos experientes das guardiãs dos segredos, não podem ser comercializadas na própria casa. Podem ser vendidos refrigerantes com ingredientes nocivos como E330, agora alheira artesanal feita na casa...
j.marioteixeira@sapo.pt

Alma lusa

Cheio de nós pelas costas”: pessoa exageradamente meticulosa ou complicada.

Perspectivas [Miranda do Douro]



Começamos hoje um périplo por pormenores mirandeses, dentro de muralhas.

sexta-feira, 27 de outubro de 2006

Bom fim-de-semana!

E que venha o sol, já que afinal continuamos em crise.

Coisas no tempo

27 de Outubro de:
- 1682: É fundada a cidade de Filadélfia;
- 1971: A República Democrática do Congo é rebaptizada de Zaire.

Para a semana

Se tudo correr bem, iremos calcorrear por Miranda do Douro e navegar pelo Douro.
A canção da semana será... em francês.

A ler

O artigo “Perguntar não ofende – 33” de José A. Martins, no
Briteiros.
A interrogação final é concisa, directa e acima de tudo pertinente.

Gostei

O anunciado investimento da Ikea em Portugal parece ser bom agouro, e um trunfo da captação de investimento externo. Um bom trabalho do Ministro da Economia, que seria melhor apreciado não fosse a sua exagerada excitação que o levou a anunciar o fim da crise.
j.marioteixeira@sapo.pt

Mais dois desígnios nacionais

Está visto que o TGV e o aeroporto da Ota são projectos para arrancar. O benefício dos mesmos para Portugal, além de discutível face a outras carências básicas do país, torna-se intrigante quando interligados: o TGV, pelos vistos, não fará baixar o tráfico do aeroporto da Portela, e o aeroporto da Ota estará a abarrotar daqui a 25/30 anos.
j.marioteixeira@sapo.pt

O camelo e a agulha

Recentemente voltei a ouvir em homilia a parábola que, segundo o Evangelho, Cristo teria dito que seria mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no reino dos céus.
Desde a infância, que conheço a parábola, e que penso que o Papa – máximo representante de Deus na Terra eleito pelos homens -, que tem duas “casas”, alfaiate privado (o actual até usa sapatos de uma das marcas mais caras do mundo...) e demais mordomias, quando morre deve ir preparado com alguma gazua...
j.marioteixeira@sapo.pt

Alma lusa

Coração lavado”: pessoa leal, franca.

Perspectivas [Farol]


No Cabo Espichel.

quarta-feira, 25 de outubro de 2006

Coisas no tempo

25 de Outubro de:
- 1147: D. Afonso Henriques, entra em triunfo pelas portas de Lisboa;
- 1951: Em França, morre a última rainha portuguesa, Dª Amélia de Orleães e Bragança, mulher do Rei D. Carlos.

Dúvida

Num Governo que se afirma coeso, porque é que o Ministro das Finanças e o Primeiro Ministro insistem na austeridade e na contenção e o Ministro da Economia afirma que a crise já acabou?
j.marioteixeira@sapo.pt

Quando os políticos mentem [e sabem que mentem]

As razões que estão por base na colocação de portagens nas SCUTS são meramente económicas, ou melhor financeiras: arranjar dinheiro.
Ao contrário do que Mário Lino afirma é, por exemplo, falso que haja efectiva alternativa à A28 [ou antigo IC 1] entre Porto e Viana do Castelo. Aliás, que alguém tente – o Senhor Ministro, por exemplo -, fazer o percurso pela A28 e pela Estrada Nacional e que veja a diferença de tempo, ou, sequer, se a Estrada Nacional é alternativa a alguma coisa.
Depois, também não se percebe como é que, com base nos factores que estão por base a colocação de portagens, não se retirem outras que existem. Ou será que o Ministro acha que, por exemplo, a ligação entre Guimarães e Vila Pouca de Aguiar [A7] serve terras com um PIB per capita regional, índice de poder de compra concelhio e um tempo médio da melhora alternativa possível que justificam a existência de portagens?
Por outro lado, está em causa o modo como serão colocadas tais portagens, até mesmo pelo traçado e pelos ramais de acesso que as vias em causa possuem. Recentemente voltou-se a falara no ridículo delas serem cobradas através do sistema Via Verde. Mas então será obrigatório ao utente ter Via Verde? E o parelho passará a ser gratuito?
Seria bem melhor o Governo assumir que, ao contrário do que prometera, afinal o Orçamento do Estado não poderá suportar o custos das SCUTS.
j.marioteixeira@sapo.pt

Alma lusa

Conta salgada”: despesa exorbitante.

Perspectivas [Trás-os-montes]


A caminho de Macedo de Cavaleiros, por Alfândega da Fé.

segunda-feira, 23 de outubro de 2006

Coisas no tempo

23 de Outubro de:
- 1906: Primeiro voo público e oficial de Alberto Santos-Dumond, em Paris;
- 1958: O cartonista belga Peyo apresenta ao público os ”Estrunfes” (“Smurfs”).

Canção da Semana

Desta vez temos Mário Lanza a interpretar “Granada”.
Recorde-se que o tenor faleceu em Outubro há 47 anos, em Roma.

Referendo [1]

Antes de mais, um esclarecimento prévio: sou, e sempre fui, a favor da consultar popular acerca da matéria em questão. Entendo que deve ser dada a oportunidade para o povo se pronunciar, querendo, sobre a interrupção voluntária da gravidez. E, também, que urge encarar de frente aquilo que se anda esconder há muito.
Parece que o PS estará inclinado para, em caso do “sim” ganhar e o referendo não ser vinculativo, o Parlamento assumir a responsabilidade de alterar o actual regime jurídico.
Parece-me bem: se houve aceitação em 1998 a respeitar o “não” num referendo não vinculativo, então, por igualdade de circunstâncias, deverá ser seguido o “sim” ainda que o referendo não seja vinculativo.
Aliás, até vou mais longe: caso o referendo não seja vinculativo, e mesmo que ganhe o “não”, nada me chocaria que o Parlamento alterasse o actual regime. Isto por três razões:
- Primeiro, porque se o referendo não é vinculativo, obviamente, não vincula, não limita, não importa quem ganhe;
- Segundo, porque só não é vinculativo se a votação for inferior a 50%, o que significa, nesse caso, que a maioria dos eleitores se aliena de tomar posição, e, no entanto, o problema social existe e continuará a existir;
- Terceiro, uma alienação do povo, expressa numa participação abaixo do mínimo vinculativo legal, legitima uma acção do Parlamento em resolver um problema do qual a maioria do conjunto dos eleitores obviamente se descarta.
j.marioteixeira@sapo.pt

Apoiado

Ao fim de tantos anos, era tempo de um Governo bater o pé a Alberto João Jardim. Passados alguns dias após a polémica das contas, o Governo parece intransigente e acima da usual indecorosa verborreia do líder madeirense.
Oxalá mantenha o rumo.
j.marioteixeira@sapo.pt

Contas de fazer de conta

Todas as grandes medidas reformistas do Governo têm, como pano de fundo, o combate ao défice. A lógica das reformas é moldada pelo combate à despesa e pelo aumento da receita. Por isso torna-se ridículo, e até insultuoso, ver os ministros a querer afastar semelhante relação, como se fosse possível esconder totalmente um gato com semelhante rabo felpudo.
Pior é que continua a não haver coragem – algo que tem vindo a atravessar todos os Governos desde os de Cavaco Silva - para chamar a banca e a actividade seguradora, para o esforço colectivo. O que só se pode perceber, quando se olha para os principais patrocinadores nacionais do PS, do PSD e do CDS: exactamente a banca.
É este fazer de conta que torna desgastante a vida em Portugal, e mais difícil a decisão de ser e continuar a ser português.
j.marioteixeira@sapo.pt

Mais um

O julgamento da queda da Ponte Hintze Ribeiro, resultou na já esperada absolvição dos arguidos. Quem acompanhou minimamente o processo judicial, sabe, ou tem a obrigação de saber, que tudo pouco mais foi do que uma manobra de distracção. Os verdadeiros arguidos nunca lá puseram os pés, antes se esconderam por trás da hipócrita máscara das “consequências políticas” para escaparem ao julgamento em sede própria.
Por estas e por outras, a nossa Justiça e os órgãos de investigação criminal e de prossecução dos interesses da sociedade, caem dia-a-dia junto da opinião pública. Ainda que do alto da sua arrogância jamais o admitam.
j.marioteixeira@sapo.pt

Alma lusa

Conta salgada”: despesa exorbitante.

Perspectivas [Montalegre]


O castelo.

quarta-feira, 18 de outubro de 2006

Canção da Semana

Desta vez temos Simone de Oliveira a interpretar “A Desfolhada” no concurso da Eurovisão de 1969. A letra da canção, da autoria do magistral Ary dos Santos, englobava palavras e expressões que, na altura, eram de grande arrojo, tais como: “vermelho” e “quem faz um filho, fá-lo por gosto”.
A música é da autoria de Nuno Nazareth Fernandes.

Tiques

"Culpa do aumento da electricidade é do consumidor"
"O secretário de Estado Adjunto da Indústria e da Inovação declarou que "a culpa" do aumento de 15,7% da electricidade para os consumidores domésticos em 2007 é do consumidor, porque esteve vários anos a pagar menos do que devia".

[Fonte: Jornal de Negócios]

Ai se isto se passasse no tempo de Durão Barroso ou de Santana Lopes...
Da minha parte, repugna-me a mentalidade que está por detrás de semelhante verborreia, não importa que Governo se trate. Curiosamente olhando em redor pela blogoesfera, parece que o grau de exigência já é bem mais flexível.
j.marioteixeira@sapo.pt

A propósito...

... do artigo anterior: para quando a saída do Senhor Pina Moura como deputado da Nação, uma vez que representa interesses espanhóis [Iberdrola] em Portugal?
É absolutamente vergonhoso que Pina Moura acumule funções obviamente incompatíveis, com claro prejuízo para os interesses nacionais. E não há Comissão de Ética da Assembleia da República ou sequer vergonha partidária que ponha cobro ao caso.
Curiosamente sobre esta matéria até a blogoesfera parece andar distraída. Será Coincidência?
j.marioteixeira@sapo.pt

Pudera!

Quase metade dos espanhóis, 45,7%, quer a união entre Portugal e Espanha, com a maioria a defender que o novo país deve chamar-se Espanha, ter Madrid como capital e manter o regime monárquico, de acordo com uma sondagem”.
[Fonte: Diário Digital]
Nunca os espanhóis aceitaram a nossa independência. E se outrora tentaram reconquistar o nosso território pela força, é evidente que hoje tentam fazê-lo pela via económica.
Perante estes números, pode ser que se comece a perceber melhor porque é que os espanhóis estão tão interessados no projecto português para o TGV.
Só é pena que os portugueses que gostariam da união dos dois países [como demonstrou um estudo recente] tenham a ingrata falta de memória de que quando o Escudo era mais forte que a Peseta e éramos reis e senhores a comprar em Vigo ou em Ayamonte [algo que não vai há tantos anos quanto isso!], só uma ninharia de Andeiros defendia a unificação. Agora que as diferenças de qualidade da nossa classe política para a espanhola são notórias na qualidade de vida, é que já pensam de modo diferente. Como se os Governos portugueses não tivessem sido eleitos, escolhidos.
j.marioteixeira@sapo.pt

ADSL a carvão

Num país onde se fala tanto de internet e novas tecnologias, é curioso ver como a maior parte das velocidades anunciadas pelos operadores são falsas. A publicidade das velocidades na ordem dos megas é, na maior parte das vezes, fraudulenta. Qualquer avaliação de velocidade real de navegação demonstra essa fraude. A velocidade a que se navega está longe do que é publicitado, e, assim, está longe daquilo a que se tem direito pelo preço que se paga.
Obviamente que há sempre razões “técnicas” para que isso aconteça: falha de sistema, de linha, acumulação de tráfego, etc. O melhor deste negócio é que dá para cobrar um serviço que, na realidade, não se presta. E a preços dos mais altos da União Europeia.
Acresce que em Portugal basta vir um dia de chuva e – para além de sarjetas entupidas -, temos logo telecomunicações em desalinho, a incluir a internet, claro está.
Curioso é que na era do choque tecnológico, nada disto parece chocar.
j.marioteixeira@sapo.pt

Alma lusa

Ter urtigas na consciência”: sentir remorsos, apreensão.

Perspectivas [Montalegre]


Continuando por Montalegre.

terça-feira, 17 de outubro de 2006

Aviso à navegação

Este blogue regressa às publicações amanhã, 18 de Outubro.

sexta-feira, 13 de outubro de 2006

Bom fim-de-semana!

E observem que aqui e além, já se muda de cor. Refiro-me às folhas, claro.

Coisas no tempo

13 de Outubro de:
- 1792: Inicia-se a construção da Casa Branca, em Washington DC;
- 1962: Estreia na Broadway a peça “Quem tem medo de Virginia Woolf”, de Edward Albee.

Sui generis

A entrevista de ontem na RTP ao Ministro da Saúde, foi no mínimo, sui generis. Pela primeira vez ouvi a seguinte frase do entrevistado ao entrevistador: "temos de avançar para outros assuntos que o nosso tempo é curto”. Parecia que alguém tinha trocado os papéis.
Depois, os tiques autoritários de quem não gosta de prestar contas nem de explicar opções, desde frases como “não vou responder a essa pergunta porque já me pronunciei sobre isso diversas vezes”.
A pérola foi o modo como o Ministro, instintivamente, rebateu o facto de Manuel Alegre ter criticado opções suas: “Eu não votei nele!”.
Este Ministro portageiro – uma vez que inventou as portagens entre a enfermaria e a sala de operações... - até seria cómico, se não fosse grave o facto de se portar desta forma.
j.marioteixeira@sapo.pt

Chega de hipocrisia

A propósito do “jovem” baleado pela GNR, é de apreciar o carrocel de teóricos da proporcionalidade do uso da força, do recurso às armas de fogo, em tom crítico e reprovador.
Neste país os agentes policiais, na grande maioria, têm de pagar do seu bolso o regular exercício de tiro, usando carreiras de tiro privadas, bem como o de procedimentos especiais como o de arrombamento de portas por tiro de fogo que recentemente foi ministrado mas pago pelos próprios agentes.
Junte-se o facto de termos uma comunicação social adepta do adágio: preso por ter cão, preso por não ter. Ou seja fazem alarido da insegurança, contam todas as histórias e mais algumas de populares descontentes com a falta de acção de força por banda das forças policiais, explorando tudo até ao tutano. Como, também, logo que podem, fazem folhetins de tragédia grega quando alguém é baleado pelas forças policiais, tratando de pôr em confronto, polícias e “jovens”, para depois, aos poucos, percebermos que se tratou, sim de algo entre criminosos e agentes de autoridade.
Não está em causa a averiguação do uso devido ou indevido da força e da sua fiscalização. Mas, sim, que há toda a vantagem em afastar a hipocrisia do assunto e encarar o caso sem preconceitos. Sem teóricos que falam do que, concretamente, não sabem, e sem exigências de excelência quando as condições que proporcionam são de desenrasque.
Até lá, continuaremos a ter polícias sem meios, sem formação intensiva e sem dinheiro – veja-se o caso da Polícia Judiciária -, e políticos bem pagos a pregar moralidades.
j.marioteixeira@sapo.pt

Alma lusa

Contas de saco”: gastos não contabilizados.

Perspectivas [a árvore oca]


Em Montalegre, junto à igreja do castelo.

quarta-feira, 11 de outubro de 2006

Coisas no tempo

11 de Outubro de:
- 1850: É estabelecida a Universidade de Sidney, a mais antiga da Austrália, com 3 professores e 24 estudantes;
- 1963: Morre a cantora francesa Edith Piaf (Edith Giovanna Cassion).

Piu!

E pronto, entre eleições presidenciais em que se elegeu um candidato da Direita, cortes a prestações sociais, reformas da Justiça e da Segurança Social, e tanta coisa mais, o que é certo é que não mais se falou nessa anunciada catástrofe do H5N1, isto é a Gripe das Aves.
j.marioteixeira@sapo.pt

"Fantastic Life"

Ao momento da nomeação de Pinto Monteiro como novo Procurador-Geral da República, foram enaltecidas, e bem, as suas qualidades técnicas e humanas, dando especial relevo – fruto também da actual conjuntura social – à sua experiência no combate à corrupção.
Isto depois do pacto entre PS e PSD – donde se firmou, também, acordo quanto ao nome de Pinto Monteiro para PGR -, prever que em sede de crimes de corrupção (e de tráfico de influência), e face à sua moldura penal, não possa ser aplicada a medida de coacção de prisão preventiva ao arguido, excepto se houver associação criminosa.
Digamos que o corrupto “free lancer”, quanto à prisão preventiva, fica safo.
Tal como no reclame da TV Cabo, é caso para dizer: “Há coisas fantásticas, não há?”.
j.marioteixeira@sapo.pt

HIV

Esperemos que seja um mal entendido que os anunciados cortes no orçamento da saúde, tenham repercussão no combate à SIDA.
Aliás, face ao crescimento da doença em Portugal, começa a fazer sentido debater-se a possibilidade de se aplicar por cá o modelo norte-americano dos exames obrigatórios. A confidencialidade da informação deve ser garantida, mas a segurança da saúde pública também.
j.marioteixeira@sapo.pt

“Casting”

O desgaste da G.W. Bush e a sua queda nas sondagens, mercê de uma administração errante, com uma guerra no Iraque que perdura e cresce, uma economia que custa acelerar, com uma taxa de emprego a pedir reformas legislativas que tardam e a progressiva diminuição dos cuidados sociais por banda do Estado - para não de rfalar de escândalos humanitários como a prisão de Guantanamo - mostra que a sua vitória nas últimas eleições presidenciais se deve à má escolha do candidato democrata, John Kerry. É que a grande maioria das razões que têm levado Bush a descer consideravelmente nas sondagens, já existia aquando das eleições, só não foram devidamente exploradas.
Um erro de “casting” que fez perdurar um outro erro que tarda a ser corrigido.
j.marioteixeira@sapo.pt

Alma lusa

Convite à valsa”: insinuação tentadora.

Perspectivas [Palmela]


Por fim, o castelo em fim-de-tarde.

segunda-feira, 9 de outubro de 2006

Coisas no tempo

9 de Outubro de:
- 1967: Na Bolívia, é capturado e executado pelos serviços secretos norte-americanos Ernesto Rafael Guevara de la Serna, ou Che Guevara;
- 1978: Morre o cantor, compositor e poeta belga Jacques Brel.

Canção da Semana

Desta vez temos Jacques Brel, a interpretar “Ne Me Quitte Pas”.
Singela homenagem deste blogue, no dia em que se assinala o 28º aniversário da sua morte.

Serviço Público

A RTPN apresenta num dos seu noticiários, uma reportagem feita na terra natal do novo Procurador-Geral da República, Pinto Monteiro, entrevistando populares que o conhecem de menino.
Isto é que é serviço público: deslocar uma equipa de profissionais para uma peça de altíssima importância.
j.marioteixeira@sapo.pt

Finalmente


Lá vai ele embora, sem deixar saudade. Pelo contrário.
Não há alegada falta de apoio institucional [as tais “cascas de banana”] que justifiquem tanta inabilidade.
A culpa não foi só de Souto Moura, foi também de quem o nomeou.
j.marioteixeira@sapo.pt

Trilogia

A clássica divisão tripartida do poder [legislativo, executivo e judicial] é, em rigor prático, uma construção abstracta cada vez mais distante da realidade: o Parlamento legisla, o Governo executa e os Tribunais julgam. Temos assim o poder legislativo, o executivo e o judicial. Tudo se resumindo ao que sustenta uma sociedade politicamente organizada: a Lei.
Sendo assim, porque há tantas queixas que saltam de poder para poder, de que a Lei não chega, ou é má, ou é mal aplicada, ou não é aplicada sequer? Porque se assiste a arremessos de culpa entre os diversos poderes quando se tenta apurar responsabilidades para aquilo que deveria ser o alvo da conciliação dos poderes: a injustiça?
Vejamos o caso português, em termos muito simples:
- A produção legislativa é partilhada. Estando o grosso da coluna sob a alçada do Parlamento [Assembleia da República], existe, no entanto, competência legislativa também por banda do Governo. Além disso, o Governo pode, ainda, apresentar propostas de Lei para serem submetidas à apreciação e votação do Parlamento. Sendo que o Presidente da República, tem sempre um poder fiscalizador acerca da constitucionalidade da legislação produzida quer pelo Parlamento quer pelo Governo, suscitando a apreciação de diplomas legais ou tão só de normas, por banda do Tribunal Constitucional.
Todavia, o Governo advém da maioria parlamentar, dada a base partidária com que se preenche os lugares no Parlamento. Se acrescentarmos a isso a lógica da militância partidária [leia-se disciplina partidária], facilmente podemos perceber a potencialidade de perigosas promiscuidades do sistema, e, assim, confusões de poderes e de competências. Principalmente quando, por exemplo, não é sequer obrigatório, abandonar-se os cargos detidos no aparelho partidário quando se exerce funções governativas.
- Por outro lado, a produção legislativa é da mesma qualidade da dos seus criadores. Não se pode criticar o facto da qualidade dos nossos parlamentares ter vindo a descer nos últimos 10 a 15 anos, e esperar que as leis que redigem tenham o mesmo rigor e a mesma substância com que outrora se redigiam diplomas legais. Um empobrecimento qualitativo do Parlamento obriga, obviamente, a uma perda de qualidade da letra da Lei. Um exemplo disso - para não dizer caricatura -, é a quantidade de rectificações, emendas, revogações e alterações a diplomas publicados [se dúvidas há acerca disso, consulte-se rotineiramente o Diário da República].
- Todavia, os Tribunais não serão apenas caixas de ressonância, aplicando a Lei que os outros fazem. Embora seja um facto que os Tribunais só podem aplicar a Lei que existe, seja ela boa ou má.
Mas acontece que antes de aplicar a Lei, cabe aos Tribunais apreciar os factos, analisar os argumentos, avaliar e valorizar a prova [sejam a fiabilidade de um documento ou a veracidade do depoimento de uma testemunha]. A Lei só é aplicada, ao caso em litígio, depois deste complexo e exigente processo de avaliação e de ponderação. Aliás, o significado de jurisprudência – nome que se dá ao conjunto das decisões dos Tribunais – é o de “juízo prudente”. A prudência [na apreciação, na análise, na valorização] antecede o juízo [a decisão, a sentença].
Ora, tal ponderação exige experiência de vida, abertura de espírito e sobriedade [a mesma que não houve, por exemplo, quanto titulares de um órgão de soberania – magistrados judiciais – resolveram, recentemente, fazer greve]. E algo que todos os titulares de órgãos de soberania devem ter presente, mas que muitos não parecem lembrar: quanto mais alto o cargo mais responsável deve ser a conduta. É que um estatuto vale posição social, mas também obriga a um exemplo que se deve dar.
Os défices qualitativos atravessam, por isso, todos os poderes. Por isso, que não se culpem com exclusividade os sucessivos Governos. Também, as culpas devem ser tripartidas, pelos titulares dos órgãos de soberania, da mesma forma com que dividem o poder.
j.marioteixeira@sapo.pt

Alma lusa

“Conto de ovos”: vinte dúzias de ovos.

Perspectivas [Palmela]


Ainda pelo castelo.

quarta-feira, 4 de outubro de 2006

Bom fim-de-semana!

Por cá temos ponte. Mariage oblige... Sempre são quatro anos!

Coisas no tempo

4 de Outubro de:
- 1883: Primeira viagem do Expresso do Oriente, ligando Paris a Giurgiu, na Roménia, via Munique e Viena.
- 1927: Inicia-se a escultura do Monte Rushmore.

Pouquinho...

"União Europeia decidiu esta quarta-feira impor tarifas à importação de sapatos de couro da China e Vietname durante dois anos, informou a presidência finlandesa da União Europeia."
[Fonte: Diário Digital]
A decisão só peca por tardia e diminuta.
É tempo da Europa perder falsas vergonhas e decidir proteger a sua indústria, num mercado onde a concorrência é desleal.
Entretanto a indústria do vestuário aguarda...

(I)Lógicas

O Estado acha bem que se viaje de auto-estrada gratuitamente, por exemplo, entre a Póvoa de Varzim (ou Viana do Castelo) e o Porto, ou entre a Póvoa de Varzim e Ponte de Lima. Todavia, quem queira andar de auto-estrada de Guimarães a Vila Pouca de Aguiar, tem de pagar portagem.
Temos, pois, melhores condições para o litoral e piores para o interior.
Obviamente que também é legítimo desconfiar que a ligação por auto-estrada gratuita a Ponte de Lima ainda sejam reminiscências do Orçamento Limiano. É que cá se fazem, cá se cobram!
j.marioteixeira@sapo.pt

Alma lusa

Tocar viola sem corda”: dizer coisas sem sentido ou fundamento.

Perspectivas [Palmela]


Deambulando pelo castelo.

segunda-feira, 2 de outubro de 2006

Coisas no tempo

2 de Outubro de:
- 1928: José Maria Escrivá funda a Opus Dei;
- 1935: Itália invade a Abissínia (hoje Etiópia).

O prometido é devido

Tal como prometido, poderão encontrar na margem deste blogue a canção da semana. O vídeo inicia-se directamente quando se clica sobre a pequena seta de "play" na barra inferior do visor (que muda de cor para vermelho quando se sobrepõe o ponteiro do rato), à qual se segue a barra de progressão, o contador, o regulador do volume do som e, por fim, a tecla de opção no caso de querer partilhar com mais alguém.
Inaugura-se este espaço ao som de “Walk On” pela voz de Roy Orbison.
Para a semana há mais, e diferente.
j.marioteixeira@sapo.pt

Taxa moderadora em que sentido?...

Além do nome ser ridículo, pois não visa moderar o que quer que seja mas antes encarecer o acesso aos serviços públicos de saúde, a sua origem remonta ao cavaquismo, e foi criticada por o então PS na oposição.
Aplicar, agora, uma “taxa moderadora” a quem vai ser sujeito a uma intervenção cirúrgica é, além do mais, um exercício de cinismo. O que quer o Ministro da Saúde fazer crer? Que alguém vai pensar duas vezes antes de se sujeitar à operação de que precisa e de que está à espera há meses?
Haja a coragem de assumir que se trata um encargo, puro e simples. Os governantes, esses sim, é que deveriam pagar taxas moderadoras, para ver se refreavam os seus ímpetos de fazerem de nós burros. Aí sim é que se deveria taxar com vista à moderação.
j.marioteixeira@sapo.pt

Orgulho lusitano

Na versão francesa do concurso “Quem quer ser milionário?”, um concorrente (do sexo masculino, na casa dos 50/60 anos), e a maioria do público que assistia no estúdio e que foi chamado a ajudar, afirmaram que o sol (e não a lua) é que gravita à volta da Terra.
É bom que se tenha presente que nem tudo lá fora é melhor do aqui!
j.marioteixeira@sapo.pt

Ainda o público versus privado

Tornou-se evidente que a verdadeira preocupação da alcateia do “Compromisso” é querer transferir para a privada os monopólios do Estado. Não os motiva qualquer preocupação de livre e sã concorrência no mercado, mas antes tentar desenvolver a sua actividade no único meio ambiente em que são capazes de terem sucesso: com ausência de concorrência.
E onde estão os iluminados do “Compromisso” para comentar o facto das empresas privadas portuguesas estarem com pior cotação internacional em relaçção às empresas públicas? Como dá para perceber que havendo empresários tão sábios não se consigam melhores resultados do que os gestores públicos cujos graus de exigência são aqueles que sabemos?
j.marioteixeira@sapo.pt

Iberismo assim, sim!

Enquanto portugueses vão para Espanha ganhar a vida a trabalhar nas obras e nos campos, há espanhóis a pagar bom dinheiro para virem trabalhar nas vindimas do Douro.
j.marioteixeira@sapo.pt

Alma lusa

Sair do corro”: divagar.

Perspectivas [Portinho da Arrábida]


Almoçar com uma vista assim, é um banquete para todos os sentidos.