Bom fim-de-semana!

E cuidem de fugir dos terroristas UV.

Os anéis

Qual a razão de se privatizar o que dá lucro, como o caso dos CTT?

Qual a razão do Estado abrir mão de empresas que lhe dão boa receita, em tempos de combate ao défice?

E, no caso dos CTT, não está já provado que pior do que um monopólio estatal é um monopólio privado?

Por muito que o Governo não queira admitir, a privatização, por exemplo, dos CTT é mera receita extraordinária - alienação de património com vista à receita fácil e imediata - sem olhar adiante.

j.marioteixeira@gmail.com

Esse terrorista chamado S. Pedro

Já vão em 4 mil milhões de Euros os prejuízos causados pelas cheias no Reino Unido.
A sorte de S. Pedro é não ter um governo terreno, caso contrário ele ia ver...
Terrorista!
j.marioteixeira@gmail.com

Coisas (muito) giras

Há toupeiras sem sorte...

[I]Lógicas

Olhei para o volume da coisa, e desconfiei. Pensei para mim: “Isto aqui tem coisa....”
E tinha. Isto é não tinha. E por não ter é que tem. Isto é, por não ter coisas é que há coisa.
Explicando: quando olhei para a lista telefónica que acabavam de me entregar, percebi que a mesma estava consideravelmente mais magra. Lembrei, então, as actuais tendências ora estéticas de magreza ora financeiras de corte às despesas, e resolvi explorar a publicação.
Descobri que havia uma nova lógica [?!] na organização da lista: agora, Vila Nova de Famalicão integrava-se no Baixo Minho. Por consequência o assinante de telefone fixo de Famalicão, cujo Concelho pertence ao Distrito de Braga, não tem direito a ter na sua lista telefónica os números... de Braga!
Em compensação tem, por exemplo, os números de Castelo de Paiva ou de Cinfães, que curiosamente se encontram a sul do Rio Douro [sim, porque o Douro também tem margem sul, com a vantagem de não ser desértica].
Ainda estou para perceber o brilhantismo iluminado de quem acha que quem reside em Famalicão não carece dos números de telefone da capital de Distrito do seu Concelho, mas sim de Concelhos da margem Sul do Douro ou de Penfiel, Paços de Ferreira, Baião...
Será para promover o turismo do “vá para fora cá dentro”?
j.marioteixeira@gmail.com

Mistério

No caso Portucale, e segundo percebi pela comunicação social, terá havido, também, crime de tráfico de influências no sentido de ser conseguida a autorização de abate de 2605 sobreiros (espécie, aliás, dita protegida). E quem terá mexido os cordéis, tem agora sobre si uma acusação.
Ora, o propósito da influência só foi conseguido com a autorização do dito abate, o que aconteceu por despachos ministeriais de Costa Neves, Nobre Guedes e Telmo Correia a 4 dias das eleições legislativas. Logo foram decisões resultantes de influências.
Em conclusão: acusa-se quem influencia mas não quem é influenciado.
j.marioteixeira@gmail.com

Alma lusa

"Ai, minhas encomendas!": exclamação que visa interromper conversa desagradável ou inconveniente.

Perspectivas [Apontamentos de Xurés]

Partindo do Alto do Lindoso, uma fugaz passagem por terras galegas, pela Baixa Limia, integrada no Parque Natural da Serra do Xurés, de onde só restaram dois apontamentos:

Canção da semana

Continuamos em tom cubano, desta vez com o Septeto Nacional Ignacio Piñeiro, com quatro temas: "Suavecito", El guanajo relleno", "Esas no son cubanas", e "Echale salsita".

Dúvida

Sonhei, ou afinal fomos amedrontados sem qualquer espécie de razão acerca da vinda de perigosas ondas de calor?...

Coisas giras

Ciclo

Ninguém quer verdadeiramente assumir o posto de Marques Mendes, pois ser líder de transição não é ambição verdadeira de vida.

Daí que os ditos notáveis do PSD parecem andar arredados da situação, como quem assobia para o lado. Neste momento o PSD não é alternativa ao PS não apenas pelo seu líder, mas também porque tem grande dificuldade em mostrar diferenças de fundo, como se viu pelo diferendo entre Manuela Ferreira Leite e Marques Mendes acerca do combate ao défice com a primeira a apoiar o que o segundo critica.

Se somarmos a isso o facto de Cavaco Silva querer assegurar o segundo mandato, dificilmente haverá quem queira ser timoneiro de um barco em navegação à vista. O que vamos assistir será, quando muito, a alguns ajustes de contas e actos preparatórios para num futuro, não muito longínquo, alguém lembrar: "Eu estive contra!"

j.marioteixeira@gmail.com

Elementar

Considerando o discurso quer da União Europeia quer do G8 em geral, em prol da paz e do combate à fome em África, a solução parece ser simples: basta que os países produtores de armamento cortem com os fornecimentos.
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Alma lusa

"De enche-mão": diz-se de coisa perfeita, magistral, primorosa.

Perspectivas [Apontamentos de Lindoso]

Do Alto do Lindoso, tomamos o sentido para Espanha, para uma fugaz passagem por terras galegas.

Bom fim-de-semana!

Hoje não há tempo para mais...

Coisas giras

Cultura

A Cultura tornou-se entre nós o parente pobre dos orçamentos, seja do Governo seja das autarquias.

A cultura é confundida com festa e fotografias de colunas sociais, tal como a celebração da santidade é usualmente embrulhada pelo pagão, como, por exemplo, no Santo António o que vale são as marchas populares, não a doutrina do Santo (quantos que o "celebram" a conhecem?...)

Veja-se as presenças de ilustres autarcas em espectáculos de "estrelas" badaladas pela televisão (principlamente de telenovelas), e as suas não menos ilustres ausências em actividades culturais desenvolvidas pelas gentes da terra.

Além de um sinal de parolismo, é também de uma patente falta de auto-estima de que sofremos cronicamente.

j.marioteixeira@gmail.com

Carvalho da Silva

Com mérito defendeu tese de doutoramento, conseguindo "nota máxima, com distinção e louvor". Defendeu uma tese complexa e profundamente documentada, sendo alvo de elogio.
Olhando para Carvalho da Silva percebe-se bem a diferença entre CGTP e UGT. Basta comparar o seu trajecto ao de Torres Couto, num claro exemplo do que são diferenças abismais.
Aguardo a publicação da sua tese.
j.marioteixeira@gmail.com

Coerências

O PS que criticava quem queria fazer das eleições para a Câmara de Lisboa uma oportunidade de fazer combate político de índole nacional, foi o mesmo que quis celebrar a escassa vitória com gentes de terras remotas.
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Alma lusa

"Fugir aos encartes": desembaraçar-se de situação difícil.

Perspectivas [Apontamentos de Lindoso]

Olhando agora para jusante, não aconselhável a quem sofra de vertigens:

Canção da semana

Continuamos com o tema "Hasta Siempre", desta vez com a versão da cantora e actriz francesa Nathalie Cardone, gravada em 1997, e que lhe valeu um disco de platina.

Sinais

Os resultados finais das eleições lisboetas espelham um patente cansaço da população em relação à classe política. Porque apesar de aqui e além aparecerem os "independentes", são sempre cromos que já estiveram em outras cadernetas, ou que procuram encontrar uma caderneta só para si mesmos.

Não vale olhar apenas para abstenção, é necessário ver, também, os votos nulos e em branco. E uma das leituras a fazer é que cada vez menos a coisa pública diz alguma coisa ao próprio público, algo que é preocupante numa democracia tão jovem quanto a nossa.

j.marioteixeira@gmail.com

Desafio

Fazer um inquérito pelo país – pelo país mesmo, não é por Lisboa e Porto -, por todas as regiões do país, pedindo para definir conceitos gastos à exaustão pela nossa classe política, tais como: desenvolvimento sustentado, equidade fiscal, flexisegurança, globalização e afins.
Assim se poderia começar a estudar até que ponto a população realmente percebe o que lhe diz respeito.
Para tornar a coisa mais interessante, talvez fosse de fazer paralelamente um inquérito sobre assuntos relacionados com futebol.
j.marioteixeira@gmail.com

Alma lusa

"Ir no embrulho": ser enganado, ludibriado.

Perspectivas [Apontamentos de Lindoso]

Da barragem, propriamente dita, olhando para montante, da esquerda para a direita:

Bom fim-de-semana!

E não se esqueçam de assistir aos últimos episódios da novela "CML".

Coisas giras

Pão e circo

“SOS Terra” e as “Sete Maravilhas” são dos melhores exemplos da velha máxima romana. Como o obstinado combate ao défice não deixa muito espaço para o pão, há que compensar com circo.
Só assim se compreende aqueles dois intensos programas de televisão, num país onde se continua despejar esgotos para os rios e para os mares e com uma patente degradação do seu património arquitectónico.
j.marioteixeira@gmail.com

Resvalos

Quando se fala em degradação das cidades, com especial enfoque em Lisboa e Porto, fala-se na degradação de grande parte dos edifícios mais antigos.
Na verdade é fácil encontrar em qualquer uma daquelas cidades edifícios velhos, decadentes, fechados, devolutos, fantasmagóricos.
No decorrer das eleições para a Câmara de Lisboa, o assunto tinha de vir à baila. E, para não variar, o discurso acabou por resvalar para o pior: o da desonestidade.
Caso patente da candidata Helena Roseta que, no costumeiro exercício preguiçoso de fazer política fácil, dizendo aquilo que cai bem na “populaça”, deu a entender que a solução passaria por compelir os proprietários a fazerem obras de restauro.
A Bastonária da Ordem dos Arquitectos deveria saber – e sabe-o mas não lhe interessa mostrar que sabe porque também foi legisladora, e por isso, conivente – que a responsabilidade da degradação do parque imobiliário se deve a sucessivas políticas desastrosas de arrendamento. Fosse o arrendamento um mercado fiável e rentável, soubesse o proprietário/senhorio que facilmente e sem delongas ou encargos proibitivos que poderia pôr no olho da rua o inquilino que não paga a renda e outro galo cantaria.
j.marioteixeira@gmail.com

Sinais

Medicina e ensino parecem não combinar.
Não me refiro á falta de vagas para o curso, dada a nossa patente falta de clínicos, pois parece que sai mais barato importar do que formá-los.
Refiro-me antes ao que se passa regularmente com os atestados médicos para justificar faltas de professores, como acontece aquando da correcção dos exames nacionais, e agora com juntas médicas a obrigar professores que sofrem de cancro a trabalhar. E a este propósito, recorde-se que numa junta médica constituída por três elementos, dois são médicos.
Algo vai muito mal no exercício da medicina, e é tempo da Ordem dos Médicos seguir o exemplo da Ordem dos Advogados e assumir as suas responsabilidades disciplinares, até mesmo pela manutenção do respeito e honorabilidade que a nossa medicina e os seus profissionais merecem.
Penalizar as excepções não só atestam como garantem que não passam disso: excepções. Antes que que se tornem regra.
j.marioteixeira@gmail.com

Alma lusa

"Andar aos emboléus": andar sem destino, vaguear.

Perspectivas [Apontamentos de Lindoso]

O Aproveitamento Hidoreléctrico do Alto Lindoso, tem uma capacidade geradora que lhe permite fornecer energia a uma cidade da dimensão do Porto durante 4 horas.

Nestas duas imagens temos uma das turbinas:

E aqui uma das vávulas de retenção, de proporções gigantescas:

E aqui estamos nós, na profunidade da montanha, à cota zero, ou seja ao nível do mar.

É tempo de voltar ao exterior, onde estaremos durante a próxima semana, tomando a paisagem que envolve a barragem.

Canção da semana

Continuamos em tom cubano.

Desta vez temos a voz de Carlos Puebla, com "Hasta Siempre". O tema foi escrito por Carlos Puebla no dia em que Fidel de Castro leu a carta de despedida de Ernesto "Che" Guevara.

Dúvida

Se atentarmos para o facto que havendo corte, por exemplo das pontes de Esposende ou de Viana do Castelo não há mais outo acesso litoral a não ser pagando, sempre gostaria de saber quais são as alternativas viáveis, por exemplo à A28 [antigo IC1], advogadas pelos defensores à imposição de portagens?...
j.marioteixeira@gmail.com

Essencial

Não pode haver imposto sobre imposto.
Todavia tal princípio básico tem vindo a ser violado durante anos na tributação automóvel ao ser cobrado IVA sobre IA, tendo a Comissão Europeia recomendado por diversas vezes o fim de tal tributação sobreposta. E que representa uma clara e grosseira violação do nosso sistema jurídico-fiscal com que sucessivos governos têm pactuado porque representa muita receita fiscal, ainda que cobrada ilegalmente.
Este é o ponto essencial sobre a matéria.
j.marioteixeira@gmail.com

Pesos e medidas

Neste país assiste-se a manifestações por causa de salários, maternidades, hospitais, postos médicos, escolas, propinas e afins.
Recentemente uma onda de contestação atravessou o país por causa do fecho de maternidades e da centralização daqueles serviços. Nestes casos, há parturientes a dar á luz em Espanha ou em ambulâncias e a coisa vai-se resolvendo.
Acontece que a lógica de centralizar juízos cíveis e criminais - que molda o novo mapa judiciário defendido pelo Governo - e a histórica morosidade e ineficiência da Justiça portuguesa - chacoteada por toda a Europa e já com ecos recentes no Banco Mundial -, não suscita qualquer movimentação/ manifestação social. Como se fosse possível dirimir os conflitos em Espanha ou em rulotes.
j.marioteixeira@gmail.com

Alma lusa

"Lamber embira": passar fome ou privações.

Perspectivas [Apontamentos de Lindoso]

Esta semana iremos explorar o interior da Estação Hidroeléctrica do Alto Lindoso, para ver que uma barragem é muito mais que betão.

Após passar pela barragem, tomamos o túnel de acesso, descendo mais de 300 metros de altura - perfurando a montanha de granito - a uma inclinação de 10%, embora um elevador também fosse opção [mas não tão emocionante...]:

E aqui breves exemplos do que por lá existe...

Na próxima edição continuaremos esta exploração, admirar uma gigantesca válvula de retenção, até chegarmos á cota zero dentro da montanha.

Bom fim-de-semana!

E, agora que o temos, cuidado com o sol!

Fantastic Life

Num noticiário, que não me recordo qual, vi um reporter, algo entusiasmado, a dar conta que no treino de apresentação de equipa do Benfica - durante a tarde de um dia de semana! -, estava uma assistência de 3 mil pessoas que não arredaram pé durante horas. E assim mostravam as imagens, com gente de todas as idades.

Ver esta notícia ao fim do dia, depois de um dia de trabalho, é moralizante.

j.marioteixeira@gmail.com

Lembrete

Um som atravessou a rua e as paredes, e suou a lembrete. Era um som familiar, uma melodia conhecida. Ou fazia lembrar uma melodia conhecida. Mas parecia fora de tempo, cronologicamente falando. Um som do passado, num género de reminiscência.
O som repete-se, sem ordem certa. Melhor, o conjunto de sons. Não se trata de um som só, mas um conjunto de sons que se sucedem rapidamente e terminam num tom mais prolongado. É predominantemente agudo. E a espaços cala-se. E depois retoma, repete-se.
A curiosidade traz-me à rua, e a constatação dá razão à desconfiança que a memória sorrateiramente elaborou: um amolador de facas vagueia pela rua.
j.marioteixeira@gmail.com

Coisas giras

A vitória brasileira

Lula da Silva conseguiu uma importante vitória com a cimeira Brasil-UE.

Aliás tem sido notável o esforço do Brasil, ao longo dos últimos 15 anos, em liderar o Projecto Mercosul, quando se encontra numa importante desvantagem face aos demais membros: pouca gente se recorda que o Brasil é o único país da américa latina que fala português, mas mesmo assim tem assegurado um lugar cimeiro, sabendo jogar com a sua especial ligação à Europa via Portugal.

j.marioteixeira@gmail.com

Alma lusa

"Entrar no embalo": viciar-se em estupefacientes.

Perspectivas [Apontamentos de Lindoso]

Da muralha do castelo, a vista estende-se.

Para a semana, vamos descer às profundezas, e desvendar "segredos" do interior da barragem.

Canção da semana

Continuamos ao som de "Guantanamera", hoje na versão de Compay Segundo.

Coisas giras

Pesos e medidas

É normal serem aplicadas sanções económicas a países cujos regimes violam os Direitos Humanos, ou desrespeitam imposições da ONU, ou por outra razão "qualquer".

Não vai há muitos anos, tivemos em Portugal uma campanha para que não se comprasse produtos feitos na Indonésia porque ocupava ilegitimamente Timor, pela força e pelo sangue.

Curiosamente já não nos importamos que todos os dias sejam executados chineses. Aliás até se dá benefícios fiscais ao comércio chinês. E, acrescentando o facto de venderem de tudo mais barato do que no comércio tradicional, percebe-se como não há terra que não tenha a chamada "loja dos chineses".

Também não nos preocupa que a China, a India, o G8 em geral, sejam os principais poluidores do planeta que habitamos. Queixamo-nos que as radiações estão no auge, que sofremos com isso, mas barato é barato e em tempos de vacas magras há que fazer pela vida.

Também não haverá Estado que não tenha culpas na degradação do ambiente. Nesse sentido um estudo da OMS, divulgado no passado mês, estimava que 15 mil portugueses morriam todos os anos por causas ambientais.

A tal estudo não foi dado grande relevo. Como foi dado, por exemplo, às contas do Infarmed acerca dos custos para o Estado dos malefícios do tabaco. Compreende-se a diferença de divulgação, de atitude: é que quanto ao tabaco está na praça a lei anti-tabaco com evidente escopo económico na obtenção de recitas por via das multas, e quanto ao ambiente se alguém deveria ser castigado teria de ser o Estado. Além de que verdadeiras medidas de protecção ao ambiente exigem investimento ao invés de ajudarem a combater o défice.

Culpe-se pois o tabaco, e continue-se a ignorar o transporte público não poluente, a empestar os rios e os mares com esgotos. É, sem qualquer dúvida, bem mais rentável.

j.marioteixeira@gmail.com

Alma lusa

“Montado na ema”: embriagado.

Perspectivas [Apontamentos de Lindoso]

Às voltas pelo castelo: