terça-feira, 31 de janeiro de 2006

Coisas no tempo

31 de Janeiro de:
- 1915: Na Primeira Guerra Mundial, a Alemanha utiliza pela primeira vez gás venenoso, contra o exército russo;
- 1929: A União Soviética exila Leon Trotsky.

j.marioteixeira@sapo.pt

Auto-estima lusitana

Este último jogo do FC Porto, é um dos melhores exemplos do futebol espectáculo que CoAdriaanse prometeu nas Antas. É curioso como ao fim deste tempo o técnico ainda não conseguiu ter uma equipa estruturada, andando em constantes alterações e improvisos.
Esta coisa da escolha de treinadores estrangeiros é um claro exemplo da nossa fraca auto-estima. Aliás recorde-se que antes de CoAdriaanse houve ainda, Del Neri e Victor Fernandez.
Poderá acontecer que o FC Porto ganhe o campeonato nacional [espero bem que sim], mas entre o vencer e o convencer, vai a diferença do que justifica ou não gastar dinheiro num bilhete de bancada.
O facto é que CoAdriaanse até agora não cumpriu nada daquilo a que se propunha e deixou escapar a Liga dos Campeões Europeus, mas já tem contrato renovado. Não vejo em que é que este treinador tem feito melhor do que faria o próprio José Couceiro. Bem pelo contrário. Mas é holandês…

j.marioteixeira@sapo.pt

Avance-se

A lista de intenções anunciadas pelo Governo na Assembleia da República, com vista à desburocratização, independentemente das fórmulas finais adoptadas, prenuncia um bom caminho.
No seu conjunto, a burocracia é um foco de corrupção em qualquer país. Aliás, a burocracia é um somatório de dificuldades que visam estabelecer o preço das facilidades. Se queremos um mercado que funcione, desburocratizar é essencial. E que se some a isto o reforço efectivo da segurança jurídica, pondo os tribunais a trabalhar em tempo útil e, então, teremos uma economia assente em sã concorrência. O único tipo de economia que permite criar e distribuir riqueza.
A sua articulação com competências e meios será essencial para que haja efectiva mudança e consequente melhoria das condições de mercado. Uma mudança que carece de garantias de que não estamos apenas perante o fim de alguns procedimentos avulsos, mas antes perante uma nova lógica de relação do Estado com os cidadãos: operante, eficaz e justa.
De qualquer modo, um bom sinal deste Governo, que será fundamental que avance, e depressa.

j.marioteixeira@sapo.pt

Alma lusa

Campo santo”: cemitério.

j.marioteixeira@sapo.pt

Perspectivas [viajar no tempo da Régua ao Pinhão]


E assim termina a viagem.

j.marioteixeira@sapo.pt

sexta-feira, 27 de janeiro de 2006

Letras que se decoram [e que poderiam evitar problemas]

Vivir a dos
Es mejor
vivir a dos
que separados
y amargados
tú y yo.
Es mejor
para los dos
el intentarlo nuevamente
¿por qué no?
Si al final
nos pasa igual
tan separados
no podemos continuar...
Es mejor
quererse más
que hacer la guerra
para luego hacer la paz.
Tú que inventaste mi felicidad
yo que te di cuanto yo supe dar
y ahora vivir separados, ya ves,
no nos va.
Sabes que a nadie he querido yo igual
Tú me enseñaste a vivir de verdad
Por qué no dar otra oportunidada ese amor
que se va!
Cada vez
que tú te vas
me vuelvo loco preguntando
¿dónde estás?
Sé que a ti
te pasa igual
me cuentan todos
que te mueres por llamar
Ya lo ves!
Nos pasa igual,
es el orgullo del amor
la enfermedad.
Perdonar
para olvidar
es el remedio que al amor
puede salvar.
Es mejorvivir a dos
oh! vivir a dos
Es mejor
vivir a dos
vivir a dos!
[Manuel De La Calva - Ramón Arcusa/ Julio Iglesias]

Coisas no tempo

27 de Janeiro de:
- 1915: Os EUA ocupam o Haiti;
- 1973: Os Acordos de Paz de Paris põem oficialmente fim à Guerra do Vietname.

j.marioteixeira@sapo.pt

Tempo

É o que tem faltado ultimamente: tempo. Isso mesmo revela dois dias de ausência nestas lides.
E a propósito de tempo: a programação da RTP Memória parece algo desordenada, o modo como a mesma é divulgada parece quase amadora. Há um fascínio por jogos de futebol antigos que apenas servirá para uns quantos aproveitarem para gravar em DVD aqueles jogos do tempo em que não havia sequer vídeo com cassetes de formato “Beta”. Os filmes que repete em arquivo não diferem muito dos que a própria RTP volta meia volta vai passando.
Por entre o acervo, lá surgem pérolas da memória, tantas vezes esquecidas pelas pessoas, como o programa desta última Quarta-feira à noite: um “Raios e Coriscos”, de 1993, apresentado por Manuel Moura Guedes, e com diversos convidados onde, à luz dos dias de hoje, ganham relevo Paulo Portas e Zita Seabra. Ele, descontraído, de roupas desportivas e informais, a afirmar que é geneticamente contra-poder. Ela, de cabelo louro e saia bem curta, a dizer que quase casou com o PSD. E mais, muito mais.
Memórias de ontem, para quem quer perceber um pouco as ilusões e as desilusões de hoje.

j.marioteixeira@sapo.pt

Alma lusa

Tirado das canelas”: pessoa elegante, bem vestida.

j.marioteixeira@sapo.pt

Perspectivas [viajar no tempo da Régua ao Pinhão]


Na estação do Pinhão, diversos painéis de azulejo decoram as suas paredes. Este é um deles.
j.marioteixeira@sapo.pt

terça-feira, 24 de janeiro de 2006

Coisas no tempo

24 de Janeiro de:
- 1908: Robert Baden-Powell inicia o Movimento de Escutismo;
- 1924: S. Petesburgo é rebaptizada de Leninegrado.

j.marioteixeira@sapo.pt

Quando se cospe para o ar…

…. corre-se o risco de se levar com o escarro de volta.
Mário Soares deveria saber isso. Antes, muitos não conseguiram ver isso, mas hoje é fácil de ver que alguém que andou a chamar derrotado a Cavaco Silva durante toda a campanha, recolhe agora a casa com uma segunda derrota política no seu currículo, lembrando as eleições para a presidência do Parlamento Europeu.
Mais do que estilo, é arrogância. Não é feitio, é mesmo defeito.
É o que dá as mistificações.

j.marioteixeira@sapo.pt

O novo inimigo socialista

Lembrando o que “ilustres” apoiantes de Mário Soares disseram na noite de Domingo, e o que se germina por alguma blogoesfera, dá para perceber que o novo inimigo dos socialistas da militância jactante ou das simpatias de aparelho, já não é Cavaco Silva, mas antes Manuel Alegre.
A candidatura de Alegre teria, segundo tão esclarecidas opiniões, prejudicado a candidatura de Mário Soares. Não se percebe, nem se vislumbra, qual a lógica de tal raciocínio, a não ser que queiram acreditar na quimera que Alegre fez com que houvesse mais gente a votar em Cavaco Silva. Muitos que votaram em Alegre não votariam em Soares e muito menos em Cavaco. Por mim falo, e por muita gente que conheço. Se houve valor acrescentado por Alegre aos resultados eleitorais, foi baixar a abstenção ou os votos em branco.
A opção por Mário Soares foi um erro, que jamais será admitido por quem agora acerta baterias contra Alegre. Tanto mais que há todo o interesse em garantir boas relações com um Cavaco Silva em Belém, de modo a ultrapassar as afirmações de Ministros deste Governo que só faltou chamarem de fascista. Cavaco Silva não é mais o inimigo, é o novo parceiro que se quer estratégico, porque estará informado pelo Procurador Geral da República, que se informará acerca dos dossiers, que controlará a produção legislativa e acompanhará de perto a evolução das contas públicas e dos investimentos públicos.
É, pois, fácil de ver, que Manuel Alegre é hoje um inimigo muito mais proveitoso.

j.marioteixeira@sapo.pt

Alma lusa

Política de campanário”: política que se centra em interesses locais.

j.marioteixeira@sapo.pt

Perspectivas [viajar no tempo da Régua ao Pinhão]


E esta é a estação. Singela e, também por isso, linda.

j.marioteixeira@sapo.pt

segunda-feira, 23 de janeiro de 2006

Coisas no tempo

23 de Janeiro de:
- 1943: Duke Ellington actua pela primeira vez no Carnegie Hall, em Nova Iorque.
- 1978: A Suécia torna-se o primeiro país a eliminar o uso de aerossóis, por protecção da camada do ozono.

A vitória de Manuel Alegre…

… não é moral ou abstracta, chama-se cidadania. Uma semente que poderá germinar, se soubermos estar atentos. Oxalá.

j.marioteixeira@sapo.pt

Notas de Segunda

1 - Estas eleições foram uma derrota para a Esquerda, um desafio à identidade do PS e uma vitória inequívoca de Cavaco Silva. Como foram, também, um tónico para quem ainda acredita que há espaço na República para a iniciativa do cidadão, e não se deixa infectar pela lógica castradora e clientelar dos partidos políticos.
2 - Valem também para denunciar a verborreia mentirosa e hipócrita de José Sócrates a separar estas eleições de qualquer castigo ao Governo. Bem como a sua postura ordinariamente baixa em fazer uma declaração em tempo de, propositadamente, interromper a declaração de Manuel Alegre. O poder sobe mais facilmente à cabeça dos mais fracos, é sabido.
3 - Dão, ainda, uma leitura clara do alcance [maldito para muitos] da candidatura de Manuel Alegre, e desfez um mito chamado Mário Soares renegado para um inexpressivo terceiro lugar.
4 – A percentagem de abstenção e os resultados obtidos por Manuel Alegre demonstram, claramente, que há cada vez mais portugueses fartos de partidos políticos. E que a obtenção da vitória à primeira volta por parte de Cavaco Silva é também um sério castigo às políticas deste Governo, feito à custa do esquecimento do que foram as políticas cavaquistas.
5 – Se Manuel Alegre não se tivesse candidatado, a abstenção seria ainda maior, pois muitos que nele votaram, jamais votariam no candidato oficial do partido do Governo ou em Cavaco Silva. Pelo que se houve responsabilidade na derrota da Esquerda, ela deverá começar por ser investigada no rumo que a actual direcção do PS está a delinear.
6 – José Sócrates pode dormir descansado: de todos os cenários, este é menos mau para a linha política que o seu Governo tem vindo a seguir, ainda para mais Cavaco Silva irá exercer o mandato de modo cauteloso rumo a uma reeleição a acontecer só depois das próximas eleições legislativas.
7 – Mas para ter mesmo descanso, no interior do PS, terá de gerir com muito cuidado o erro de “casting” que foi a opção por Mário Soares, face a um Manuel Alegre que arrecadou, sem máquina partidária, um milhão de votos.

j.marioteixeira@sapo.pt

Alma lusa

Apanhar uma camoeca”: embriagar-se.

j.marioteixeira@sapo.pt

Perspectivas [viajar no tempo da Régua ao Pinhão]


O destino é este: Pinhão.

j.marioteixeira@sapo.pt

sexta-feira, 20 de janeiro de 2006

Coisas no tempo

20 de Janeiro de:
- 1975: Michael Ovitz funda a Creative Artists Agency;
- 1996: Yasser Arafat é eleito presidente da Autoridade Palestiniana.

j.marioteixeira@sapo.pt

Letras que se decoram

O Segundo Sol

Quando o segundo sol chegar
Para realinhar as órbitas dos planetas
Derrubando com assombro exemplar
O que os astrónomos diriam se tratar
De um outro cometa
Não digo que não me surpreendi
Antes que eu visse, você disse
E eu não pude acreditar
Mas você pode ter certeza
Que seu telefone irá tocar
Em sua nova casa
Que abriga agora a trilha
Incluída nessa minha conversão
Eu só queria te contar
Que eu fui lá fora e vi dois sóis num dia
E a vida que ardia
Sem explicação
Explicação, não tem explicação
Explicação, sem explicação
Explicação, não tem
Não tem explicação
Explicação, não tem
Explicação, não tem
Não tem
[Cassia Eller, álbum "Com Você... Meu Mundo Ficaria Mais Completo", 1999]

É preciso defender a Constituição

No próximo Domingo estará em causa a eleição do garante da nossa Constituição. Daí que seja fundamental eleger quem esteja de acordo com o espírito em que está imbuída a nossa Constituição.
A nossa Lei fundamental é fruto de um difícil e árduo processo de luta de gerações pela liberdade e pela democracia, pela consagração de direitos sociais que não foram oferecidos mas sim conquistados. Para muita gente isto não terá grande significado, mas quando hoje reclama por melhores serviços de saúde, por melhor justiça ou por melhor Segurança Social, fá-lo porque sabe que isso está previsto na Constituição, fá-lo porque tem consciência de que a Constituição ainda está por cumprir, fá-lo porque reivindica a liberdade crítica que esta Constituição consagra.
Defender a Constituição da nossa República é proteger o nosso estatuto de cidadãos. É obrigar este ou qualquer futuro Governo a respeitar os direitos sociais constitucionalmente consagrados. É forçar o Estado a ser pessoa de bem. É impedir a progressão das políticas que fazem cair o custo da crise sobre os trabalhadores por conta doutrem, sobre as conquistas sociais. É travar a alienação do interesse nacional aos interesses estrangeiros. É, no fundo, defendermo-nos a nós mesmos e um património histórico de oito séculos de história que faz da nossa Pátria uma das mais antigas da Europa.
É isto que estará em causa no próximo domingo, uma causa que ninguém deverá dizer que lhe é estranha ou indiferente: defender a Constituição.
Faça-se essa defesa, elegendo quem sempre esteve do lado dela, quem fez do seu conteúdo a matriz das suas ideias e das suas concepções, quem não esteve no Governo e desaproveitou oportunidades únicas de fundos europeus ou quem nunca meteu o socialismo na gaveta, ou quem não quer instrumentalizar o lugar de Presidente da República para se imiscuir na governação ou fazer de patriarca do Governo.
A melhor garantia de defesa da Constituição chama-se Manuel Alegre.

j.marioteixeira@sapo.pt

Alma lusa

A pulso e canelão”: à força, com violência.

j.marioteixeira@sapo.pt

Perspectivas [viajar no tempo da Régua ao Pinhão]


O Douro acompanha-nos sempre.

j.marioteixeira@sapo.pt

quinta-feira, 19 de janeiro de 2006

Coisas no tempo

19 de Janeiro de:
- 19937: Howard Hughes estabelece um novo recorde de voo entre Los Angeles e Nova Iorque [7h.28m.25s.];
- 1966: Indira Gandhi é eleita Primeira-ministra da Índia.

j.marioteixeira@sapo.pt

Ó meuzz amigozz…


… se estão à espera que eu me demita, é melhor esperarem sentados.
Já com o “Apito Dourado” disse que o Inquérito só seria concluído após as autárquicas, mas não disse quais.
O “Envelope 9” vai ser do mesmo género, conclusões só depois das presidenciais... mas de 2016.

j.marioteixeira@sapo.pt

Alma lusa

Chamar os caniços”: fugir.

j.marioteixeira@sapo.pt

Perspectivas [viajar no tempo da Régua ao Pinhão]


A caminho do Pinhão, com fagulhas pelo ar, que volta meia volta vão parar aos olhos. Divertidíssimo.

j.marioteixeira@sapo.pt

quarta-feira, 18 de janeiro de 2006

Coisas no tempo

18 de Janeiro de:
- 1919: É fundada a Bentley Motors;
- 1964: São apresentados os planos de construção do World Trade Center, em Nova Iorque.

j.marioteixeira@sapo.pt

Votar Alegre


O voto na candidatura de Manuel Alegre é um voto na cidadania, na convicção que os cidadãos são capazes de se mobilizar e de se afirmar sem aparelhos partidários.
A candidatura de Manuel Alegre optou pela independência, pela liberdade e pela autodeterminação, livre de compromissos corporativistas ou de militância.
Votar em Manuel Alegre é ter a certeza que se elege quem tem as melhores condições para defender os princípios e os valores humanistas da nossa Constituição, aliás cujo preâmbulo é autor.
Os mais recentes indicadores de intenção de voto reafirmam a realidade que desde o início se sabe mas que se teima em querer ignorar: Manuel Alegre reúne o maior consenso à Esquerda e está em melhores condições para derrotar Cavaco Silva, em constante queda nas sondagens e por isso agora muito preocupado em falar de questões sociais para não perder mais votos, na segunda volta.
Só há um voto útil nestas eleições, o voto que permite eleger quem melhor garante a defesa intransigente da nossa Constituição, livre de qualquer compromisso com este Governo ou qualquer outro: o voto em Manuel Alegre.

Alma lusa

De faca e calhau” diz-se de pessoa briguenta, violenta.

j.marioteixeira@sapo.pt

Perspectivas [viajar no tempo da Régua ao Pinhão]


Douro acima, a caminho do Pinhão.

j.marioteixeira@sapo.pt

terça-feira, 17 de janeiro de 2006

Coisas no tempo

17 de Janeiro de:
- 1819: Simon Bolívar proclama a República da Colômbia;
- 1929: Estreia a publicação das aventuras do marinheiro Popeye.

j.marioteixeira@sapo.pt

Letras que se decoram

O vento mudou
Oiçam, oiçam: o vento mudou e ela não voltou
As aves partiram, as folhas caíram
Ela quis viver e o mundo correr
Prometeu voltar se o vento mudar
E o vento mudou e ela não voltou
Sei que ela mentiu, p'ra sempre fugiu
Vento, por favor, traz-me o seu amor
Vê que eu vou morrer se não mais a ter
Nuvens, tenham dó que eu estou tão só
Batam-lhe à janela, chorem sobre ela
E as nuvens choraram e quando voltaram
Soube que mentira, p'ra sempre fugira
Nuvens, por favor, cubram minha dor
Já que eu vou morrer se não mais a ter
Oiçam! Oiçam! Oiçam! Oiçam! Oiçam!

[João Magalhães Pereira - Nuno Nazareth Fernandes / Eduardo Nascimento]

Coisas difíceis de perceber…

Pela primeira vez um carro meu reprovou numa vistoria.
Fiquei triste, confesso, pensei que ele melhor preparado para o exame, mas não: chumbou. Anomalias da suspensão que, segundo as maquinetas dos senhores inspectores, estará com valor de deficiência de cerca de 30 %.
Cheguei à oficina para receber a triste notícia e olhei para o carro: ele estava verde. Não que estivesse doente, é a cor dele. Mas naquele verde metalizado não vi qualquer parcela da esperança que se associa àquela cor. A esperança de perceber como é que tal foi possível, como é que com as nossas ruas, primorosamente asfaltadas e de tampas de saneamento niveladas, é possível a suspensão ficar em semelhante estado? Como é que em 2 anos – altura em que foi revista – ela se desgastou daquela forma?
Há coisas mesmo difíceis de entender. Mas ainda bem que há vistorias, para nos lembrarmos dos cuidados a ter com os carros, porque com pisos como os das nossas ruas o mais provável é nem nos lembrarmos de tal…

j.marioteixeira@sapo.pt

Alma lusa

Para as calendas gregas”: nunca, jamais.

j.marioteixeira@sapo.pt

Perspectivas [viajar no tempo da Régua ao Pinhão]


Uma locomotiva Henschel & Sohn, de 1925, prepara-se para nos levar numa viagem no tempo, e da Régua até ao Pinhão.

j.marioteixeira@sapo.pt

segunda-feira, 16 de janeiro de 2006

Notas de Segunda

1 – A Procuradoria Geral da República continua a ser fonte de más notícias. Mas não se pense que a demissão de Souto Moura chegará para eliminar o que está mal. Existe um regime processual penal cheio de alçapões e uma lógica funcional e estatutária do Ministério Público alicerçada no abuso e na altivez.
2 - Se acrescentarmos a ausência de iniciativa governamental em sede das principais reformas processuais [reformas do processo civil e do processo penal] temos o quadro ideal ao aprofundamento da crise na Justiça e no Estado.
3 - Nas presidenciais, assistimos a constantes picardias à Esquerda promovidas pelo Bloco de Esquerda. A atitude destrutiva continua a ser o timbre dominante do discurso dos afeiçoados de Louçã.
4 – As presidenciais levantam outra questão, já clássica: é próprio ver elementos do Governo participarem em acções de campanha? É já tempo de se alterar a lei em vigor e não permitir que os titulares de cargos de governação mantenham o seu estatuto de militantes partidários. Num país onde se quer falar de rentabilidade e produtividade, seria tempo de aproveitar para separar funções governativas de acções de militância partidária.
5 – A propósito de produtividade, seria bom lembrar que em 2004 houve tolerância de ponto em muitos serviços públicos a seguir aos feriados de Natal e de Ano Novo.

j.marioteixeira@sapo.pt

Alma lusa

Entre a cruz e a caldeirinha”: grande perigo ou dilema.

j.marioteixeira@sapo.pt

Perspectivas [viajar no tempo da Régua ao Pinhão]


Quando o espaço e o tempo combinam. Daqui se vai dar a partida.

j.marioteixeira@sapo.pt

quinta-feira, 12 de janeiro de 2006

Coisas no tempo

12 de Janeiro de:
- 1866: É fundada a Royal Aeronautical Society, em Londres;
- 1966: Estreia no canal televisivo norte-americano ABC, as aventuras de Batman.

j.marioteixeira@sapo.pt

Cromos doutrora


O perfil da nova geração operária. Operária porque há uma fábrica ao fundo, sob o céu vermelho e a estrela de cinco pontas.

j.marioteixeira@sapo.pt

A revanche

As eleições presidências tomaram o irreversível rumo de acerto de contas do eleitorado.
O primeiro sinal claro reporta-se às eleições autárquicas. E agora seguem-se as presidenciais.
O Governo vai ter, fatalmente, de prestar contas pela quebra de compromisso para com o eleitorado que lhe deu a maioria absoluta: se Cavaco Silva ganhar, e principalmente se ganhar com folgada vantagem, muitos dos seus votos foram antes de José Sócrates.
Ao contrário do que muitos querem fazer crer, um Governo não é julgado ao fim de 4 anos, mas antes vai sendo julgado pelos sucessivos actos eleitorais de permeio. Pena é que o preço que uma deslocação de votos ao Centro a favor de Cavaco Silva seja apenas de contabilidade política para o PS, pois para o país é sintomático de algo muito mais grave: o definitivo descrédito da população em relação ao Estado e a fragilização da Constituição da República.
Há uma clara insatisfação por parte do eleitorado em relação às políticas deste Governo que em muito pouco, quanto ao âmago das questões, pouco diferem das de Durão Barroso. A violação do pacto de confiança que se iniciou com a subida dos impostos foi apenas o começo, seguindo-se uma via de investimento público na Ota e no TGV que não convence e que faz crescer a desconfiança de conluios secretos com Espanha, agudizados pelas controvérsias da Iberdrola e afins.
As eleições presidenciais serão qualquer coisa menos a defesa da Constituição. É pena.

j.marioteixeira@sapo.pt

Modus operandi

Um Ministro das Finanças que escolhe a televisão para largar a bomba da falência da Segurança Social em 10 anos, assume claramente o método da intimidação para sustentar políticas sem qualquer base objectiva.
Foi o próprio José Sócrates que durante a campanha eleitoral para as legislativas garantiu que não iria aumentar as idades de reforma sem que se soubesse com base em estudo objectivos que tal solução seria a melhor. Agora, sem quaisquer estudo diferentes do que aqueles que foram feitos há anos, o aumento do tempo para a reforma é já apontado como medida necessária e fatal.
Esquecem as ilustres cabeças reinantes, que este modus operandi não só prejudica os índices de confiança dos portugueses como faz adiar reformas sérias, sustentadas e estáveis pela consequente agitação social.

j.marioteixeira@sapo.pt

Alma lusa

Entre a cruz e a caldeirinha”: grande perigo ou dilema.

j.marioteixeira@sapo.pt

Perspectivas [os excluídos]


Do reino animal, passamos para o vegetal. Também entre as couves há exclusão.

j.marioteixeira@sapo.pt

quarta-feira, 11 de janeiro de 2006

Coisas no tempo

11 de Janeiro de:
- 1922: Primeira experiência num doente humano do tratamento da diabetes por insulina;
- 1943: EUA e o Reino Unido desistem dos direitos territoriais na China.

j.marioteixeira@sapo.pt

Cromos doutrora


Os direitos conquistados são para exercer. E o voto é também um dever, agora livre e a partir dos 18 anos.

j.marioteixeira@sapo.pt

Alma lusa

Remédio das caldas”: solução para o que não tem cura.

j.marioteixeira@sapo.pt

Perspectivas [os excluídos]


Há vários tipos de excluídos. No caso de hoje, um pombo que não partilha das honras do poleiro.

j.marioteixeira@sapo.pt

terça-feira, 10 de janeiro de 2006

Coisas no tempo

10 de Janeiro de:
- 1920: A Sociedade das Nações reúne pela primeira vez e ratifica o Tratado de Versalhes;
- 1927: Estreia o filme “Metropolis”, de Fritz Lang.

j.marioteixeira@sapo.pt

Cromos doutrora


A defesa das conquistas da Revolução cumpre às novas gerações.

j.marioteixeira@sapo.pt

Moralidades

Quando Marcelo Rebelo de Sousa deu a entender que tinha sido alvo de censura por parte de uma estação televisiva privada, Jorge Sampaio quis saber o que se passou, dando carácter nacional à questão, obrigando a TVI a tomar posição pública.
Todavia, não se viu qualquer preocupação séria e consequente por parte de Jorge Sampaio quanto a uma questão bem mais grave para a nossa democracia: Garcia Pereira, que tal como os demais candidatos formalizou a sua candidatura com a entrega das necessárias assinaturas, não teve hipótese de participar nos debates televisivos feitos com base na presunção que só os candidatos com apoio partidário, ou uma figura nacional como Manuel Alegre, é que teriam possibilidade de concluir formalmente a candidatura.
Onde estão os valores da democracia, pluralismo e liberdade com que tantas vezes Jorge Sampaio encheu discursos?
Que os demais candidatos fechem os olhos, porque lhe interessa manter restrita a concorrência, é criticável mas em plena luta política até se percebe. Mas a um Presidente da República, que por coisas bem mais pequenas fica todo abespinhado, a quem cumpre respeitar e fazer respeitar a Constituição, não só é criticável como é inaceitável. Como também não se percebe onde andam os nossos mais ilustres constitucionalistas, talvez tão afoitos a fazerem campanha eleitoral que não têm tempo para mais.
Caso ganhe Cavaco Silva [que Deus não ouça!] veremos se durante uma presidência de Direita haverá tanta complacência a este tipo de indulgência presidencial…

j.marioteixeira@sapo.pt

Alma lusa

Cair das calças abaixo”: diz-se de pessoa que usa as calças curtas.

j.marioteixeira@sapo.pt

Perspectivas [breves registos de Ano Novo]


Ao longe, o sino da igreja anuncia a missa de Ano Novo. É oficial.

j.marioteixeira@sapo.pt

segunda-feira, 9 de janeiro de 2006

Coisas no tempo

9 de Janeiro de:
- 1951: Abre oficialmente o Quartel-General das Nações unidas em Nova Iorque;
- 1986: A Kodak desiste do comércio de câmaras instantâneas, após perder a luta pela patente com a Polaroid.

j.marioteixeira@sapo.pt

Cromos doutrora


O apelo à adesão não podia faltar.

j.marioteixeira@sapo.pt

Notas de Segunda

1 – A persistência do Governo quanto ao papel da Iberdrola na EDP aprofunda ainda mais as desconfianças. Tenhamos esperança na audição parlamentar do ministro Manuel Pinho para uma melhor clarificação da matéria.
2 – A quantidade de viagens para o estrangeiro nesta época não põe em causa a existência da crise, antes confirma a crescente predisposição para o endividamento dos portugueses.
3 – O estudo norte-americano que revela que o uso de telemóveis causa conflitos familiares seria bem mais interessante se abordasse antes os conflitos com a saúde.
4 – Se Mário Soares pode, e muito bem, candidatar-se a Presidente da República aos 81 anos, porque há quem fique admirado que Manuel Pires, o famoso “Avô Metralha”, não pode assaltar uma pastelaria aos 72 anos?
5 – A intensidade e extensão da actual campanha eleitoral poderão ter um bom efeito colateral: Francisco Louçã poderá ter de esgotar o stock de “erres” que tanto gosta de carregar, principalmente quando fala da sua “Esquerrda Moderrna”…

j.marioteixeira@sapo.pt

Alma lusa

Homem das calças pardas”: pessoa ou autor desconhecido.

j.marioteixeira@sapo.pt

Perspectivas [breves registos de Ano Novo]


Tomar o ar fresco da manhã de Ano Novo, numa janela com este pano de fundo.

j.marioteixeira@sapo.pt

sexta-feira, 6 de janeiro de 2006

Coisas no tempo

6 de Janeiro de:
- 1858: Samuel Morse consegue o primeiro teste com sucesso do telégrafo eléctrico;
- 1950: O Reino Unido reconhece a República Popular da China.

j.marioteixeira@sapo.pt

Cromos doutrora


Ano novo aclama juventude.
Começamos hoje uma evocação de uma organização juvenil partidária com bastante intervenção durante o PREC, antecessora da JCP: a União da Juventude Comunista [UJC].
É este o primeiro cromo desta série.

j.marioteixeira@sapo.pt

Para esclarecer

Escrevi aqui que se Manuel Alegre se candidatasse, eu votaria nele. Houve já quem me perguntasse por diversas vezes: e agora?
Após o discurso de Viseu, e a sua posterior inflexão, critiquei dois erros crassos por si cometidos: o de não arrancar mal se apercebeu que a actual direcção socialista não estaria interessada em apoiá-lo e antes do anúncio da candidatura de Mário Soares; e ter dito que com ele não haveria divisões no PS quando a sua iniciativa não poderia deixar de as provocar.
Pelo meio, cometeu ainda o erro – esse de apreciação muito mais subjectiva, é certo -, de ter elogiado o modo como Jorge Sampaio exerceu os seus mandatos. Mas essa crítica é colateral ao que aqui se aborda.
Não me recordo de alguma vez ter apoiado e votado em homens perfeitos, imunes a erros e a falhas, pela simples razão que não existem. Sei, isso sim, que a eleição do próximo Presidente da República [PR] é de uma importância fulcral, pela simples razão que lhe cabe cumprir e fazer cumprir a Constituição da República Portuguesa [CRP]. Porque é este último reduto de defesa das garantias sociais que a CRP consagra, que nos permite ainda ter esperança que a evolução da sociedade não tome apenas o rumo dos números e das fórmula, e reserve, ainda, respeito ao cidadão, às conquistas sociais e à língua portuguesa.
Manuel Alegre não meteu o socialismo na gaveta, não amarrotou uma lista de cem medidas, ou não desbaratou oportunidades de ouro de apoios comunitários que foram espargidos sem controlo ou fiscalização, perdidos em carros super-desportivos ou propriedades imobiliárias.
O nome de Manuel Alegre não divide a Esquerda. Aliás, se a actual direcção do PS não tivesse feito de tudo para contornar uma candidatura de Manuel Alegre a PR, este seria um nome muito mais consensual para um eventual entendimento, do que alguma vez será Mário Soares.
Por fim, Manuel Alegre é o candidato que não só afirma, realisticamente, que não será ele a resolver os problemas prementes da Pátria – sim, “Pátria”, o vocábulo que não tem vergonha de usar -, como não discursa como se o país tivesse uma qualquer dívida de gratidão para com ele.
Não abdico das críticas que fiz a Manuel Alegre quanto ao modo como a sua candidatura arrancou. Mas também não abdico de assumir que lhe confiarei o meu voto, porque acredito que não violará a confiança que lhe será depositada como outros já o fizeram no passado; porque fez despertar a iniciativa popular; porque com a sua idade bem que poderia acomodar-se, ao invés de descer a terreiro sem base ou organização partidária e enfrentar um desafio decisivo para o resto da sua carreira política e mesmo da sua longa condição de militante socialista.

j.marioteixeira@sapo.pt

Dúvida

Sendo hoje dia de Reis, não seria próprio termos um descanso dos senhores presidenciáveis?

j.marioteixeira@sapo.pt

Alma lusa

Bater caixa”: revelar, contar, espalhar novidades.

Perspectivas [breves registos de ano novo]


Lá do alto tenta-se vislumbrar a paisagem, através dos contrastes.

j.marioteixira@sapo.pt

quinta-feira, 5 de janeiro de 2006

Coisas no tempo

5 de Janeiro de:
- 1909: A Colombia reconhece a independência do Panamá;
- 1961: Estreia nos EUA a série televisiva "Mr. Ed".

Cromos doutrora

Ainda não é desta. Mas amanhã é garantido.

Mistérios

O anunciado aumento das portagens em 2,8% é, no mínimo, um mistério: até 31 de Dezembro pagava pelo rotineiro percurso de auto-estrada € 1,25, e desde 1 de Janeiro que passei a pagar € 1.30. Ora, pelas minhas contas isto representa um aumento real de 4%, ou será que a matemática doutrora é assim tão diferente da de hoje?
A não ser que numas auto-estradas as portagens subam mais do que em outras, o que seria também outro mistério: qual a razão da desigualdade?
Um último mistério: como é que querem fazer acreditar ao povo que em época de aumento do preço de pão em 10%, os aumentos salariais deverão ficar na ordem dos 1,5% a 2%?

Alma lusa

"Andar em torniquete": atarefado, em buliço.

j.marioteixeira@sapo.pt

Perspectivas [breves registos de ano novo]


Findo os caminhos, chegamos aos gigantes dos ventos. O nevoeiro cerrado faz com que, aos poucos, eles sumam por entre o mistério.

j.marioteixira@sapo.pt

quarta-feira, 4 de janeiro de 2006

Coisas no tempo

4 de Janeiro de:
- 1958: O Sputnik 1 regressa à Terra;
- 1972: Rose Heilbron torna-se a primeira juíza do Tribunal Central Criminal [“The Old Bailey”], em Londres.

Cromos doutrora

Por "motivos técnicos", hoje não é possível dar continuidade a esta rubrica.

Ano novo, coisas velhas

1 - A mensagem de Jorge Sampaio, quanto à matéria de Justiça, faria todo o sentido se fosse num início de mandato. A esta hora é de perguntar por onde andou o homem?
2 – O que se passa com o gasoduto russo e as manobras da EDP é um sinal claro de uma das maiores preocupações futuras: as fontes energéticas. Quem não se preparar seriamente em sede de fontes energéticas e, também, de recursos hídricos, escusa de abanar a bandeira para clamar soberania.
3 – Ainda sobre as manobras da EDP, não se percebe tanta admiração com aquilo que se está a passar: depois do TGV, a entrada da Iberdrola para a direcção da EDP segue a mesma lógica de cedência aos interesses espanhóis. Se alguém quiser perceber um pouco melhor o que se passa, terá de escavar mais fundo entre as relações do PS e do PSOE.
4 - A propósito da Iberdrola, continuo sem perceber como pode o exercício do cargo de deputado da nação, estatutariamente obrigado a defender os interesses nacionais, conciliar-se com a representação de interesses estrangeiros. Tais compatibilidades não parecem preocupar muito a maior parte dos ilustres académicos e doutrinários da coisa pública.
5 – Umas entradas ao som de aumentos salariais mitigados e de aumento do preço dos combustíveis, deve ser a tal fórmula que o PS prometia para fazer os portugueses acreditarem. A questão é saber em que é que conseguiram fazer acreditar.

j.marioteixeira@sapo.pt

Alma lusa

Caixa da fumaça”: o nariz.

j.marioteixeira@sapo.pt

Perspectivas [breves registos de ano novo]


Uma passagem de ano em terras de alvarinho. Mas antes, uma pequena escapada até Espanha, mudando de margem do Rio Minho, para visitar o Parque Eólico de Montouto, integrado no plano eólico da Galiza. Por caminhos assim, até aos gigantes dos ventos.

j.marioteixira@sapo.pt

segunda-feira, 2 de janeiro de 2006

Nota informativa

A quem eventualmente interesse: este blogue retorna ao seu regular funcionamento a 4 de Janeiro corrente.